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Madeleine

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Radio Viseu Cidade Viriato

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Todos juntos no dia 1 de Maio...

Em vésperas de entrarem em "lay-off", entre Maio e Novembro, os operários da Peugeot-Citroen, em Mangualde, concentram-se esta sexta-feira no centro da cidade, a partir das 14.30 horas, para mostrarem o seu descontentamento.


A comissão de trabalhadores da empresa, liderada por Jorge Abreu, espera que a maioria dos 900 colegas, ainda ao serviço, marque presença na iniciativa em sinal de desagrado pelas mais recentes medidas propostas pela administração e para concertar posições quanto ao futuro.


O plano de "lay-off" anunciado no início de Abril preconiza, para já, a paragem de um dia por semana, entre Maio e Novembro, facto que resultará na perda de 25 por cento no salário dos trabalhadores.


Desde o início do ano, a Citroen já dispensou cerca de 500 pessoas, entre contratados e temporários (cerca de 400), e efectivos que rescindiram de forma amigável o vínculo que os ligava à fábrica de automóveis.


Na última quarta-feira, alegadamente para atenuar os efeitos negativos do "lay-off" sobre a massa salarial dos operários, a administração anunciou que irá suportar 50 por cento do salário a partir do 11º dia de paragem. O pagamento reverterá para uma nova bolsa de horas que a empresa poderá utilizar até Abril de 2011.


A decisão foi comunicada à comissão de trabalhadores da Citroen que duvida da bondade da proposta e considera insuficientes as medidas anunciadas para atenuar os danos que o "lay-off" irá provocar. "A empresa propõe-se suportar os 70 cêntimos que pagamos pelas refeições e admite antecipar o pagamento de subsídios de Natal e de férias a que temos direito. Não é portanto um benefício, mas um adiantamento", critica Jorge Abreu.


O dirigente sindical considera que as medidas propostas representam "pouco" para os operários e são até "nalguns casos perigosas", ao vincularem os trabalhadores a bolsas de horas que poderão ser utilizadas até 2011.


Ontem, em comunicado, também a Célula do PCP na PSA/Peugeot-Citroen denunciou o que diz ser o "clima de chantagem psicológica exercido sobre os trabalhadores para o auto-despedimento e o ataque descarado contra o direito ao salário por inteiro desencadeado pela administração".


O PCP condena o facto de a empresa "não ter metido os trabalhadores em formação, valorizando as suas competências profissionais e capacitando-os para um mais qualificado desempenho nas suas tarefas na área da produção".


No mesmo comunicado, os comunistas consideram que o governo "não pode lavar as mãos como Pilatos" e tem de "ser responsabilizado" em todo o processo em curso na multinacional.


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