Inovação, competitividade e empreendedorismo são os conceitos que norteiam os 20 projectos do plano estratégico da Grande Área Metropolitana de Viseu, hoje apresentado, e que os seus responsáveis querem ver enquadrados no Quadro de Referência Estratégico Nacional.
No final de uma reunião, onde o plano estratégico da Grande Área Metropoli tana de Viseu (GAMVIS) foi apresentado a autarcas dos 21 concelhos que a integra m, o presidente da Junta Metropolitana, Álvaro Amaro, lembrou aos jornalistas a coincidência de hoje ter sido também o dia em que o Governo apresentou o Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).
"Gostaríamos que fosse uma feliz coincidência e os projectos que este noss o plano vai contemplar, enquanto Grande Área Metropolitana com espírito metropol itano único no interior do País, viessem a ter seguimento no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) para 2007/2013", afirmou.
Apesar das notícias de que estas entidades territoriais deverão ser extint as, Álvaro Amaro diz ainda ter a esperança de que, "antes de desligarem a máquin a e ditarem a sentença fatal", o Governo perceba que "a agir dessa maneira está a privar um espaço de 21 municípios" de "também meter o pé ao espírito metropoli tano de Lisboa e do Porto".
"Temos direito a isso, temos potencial, como foi hoje demonstrado neste es tudo", sublinhou, acrescentando que o plano director da Grande Área Metropolitan a de Viseu está ao dispor dos autarcas e, a 13 de Fevereiro, será submetido à di scussão final e aprovação.
Além de 17 dos 24 concelhos do Distrito de Viseu, a Grande Área Metropolit ana de Viseu engloba os municípios vizinhos de Aguiar da Beira, Fornos de Algodr es, Gouveia e Seia, do Distrito da Guarda, que totalizam 354.887 habitantes.
Álvaro Amaro lembrou o Governo que a Grande Área Metropolitana de Viseu nã o é constituída "por municípios que estão em junção de NUT III" e apelou a que n ão impeça a constituição de "realidades supra municipais que, em termos de desen volvimento regional, são muito importantes".
"O desenvolvimento regional não pode ser prejudicado por apenas circunscri ções de ordem administrativa ou estatística, como é o caso das NUT III", defende u.
A "valorização do potencial económico", o "desenvolvimento da base de supo rte à inovação, competitividade e empreendedorismo" e a "criação e divulgação de uma identidade regional forte" são as linhas estratégicas do plano da Grande Ár ea Metropolitana de Viseu.
"Contemplam-se projectos no domínio dos acessos, da valorização do patrimó nio e em termos económicos", avançou, dando como exemplo o projecto que gostaria ver mantido, da criação de uma "academia de inovação, onde possam ser elaborado s projectos vários e criadas condições necessárias para pós-graduações, mestrado s e doutoramentos".
A formação de 500 quadros na região, "o que corresponderia ao elevar em ce rca de quatro por cento a população residente empregada com grau de ensino super ior face a 2001" e a criação de um centro de competências, que teria como áreas prioritárias a saúde e o bem-estar, as energias renováveis e o turismo, são outr os projectos do plano.
Álvaro Amaro disse aos jornalistas estar convencido de que, se porventura a Grande Área Metropolitana de Viseu não prosseguir, "alguns municípios usarão e sta bíblia como suporte" das suas acções, mas a nível municipal.
Numa altura em que em Portugal "se fala muito em coesão territorial", o au tarca alerta o Governo de que, sem estas entidades territoriais, "vai haver um P aís a mais de duas velocidades e alguns vão ficar pelo caminho porque não vão co nseguir acompanhar". "Nós teimaremos até ao fim, até nos dizerem que não há mais lei que suport e a Grande Área Metropolitana ou então que a lei que revoga a lei pela qual foi criada não permite a continuação de uma Grande Área Metropolitana que está regis tada notarialmente. No dia em que disserem isso, sentimos que a máquina está des ligada, até lá, deixem-nos trabalhar", apelou.