VISEU CAPITAL DA BEIRA NO CORAÇÃO DE PORTUGAL CIDADE DE GRÃO VASCO COM A SUA CATEDRAL IMPONENTE NO ALTO DO MONTE
Radio Viseu Cidade Viriato
sábado, 14 de agosto de 2010
Fogo em Viseu colocou casas em perigo
Os habitantes de Nesperido, na freguesia de Povolide (Viseu),viveram momentos de pânico e desespero face ao avançar das chamas de um incêndio com quatro frentes cujas chamas se aproximaram de diversas habitações e de uma oficina de reparação de automóveis.
Cerca de meia centena de bombeiros, apoiados por mais de uma dezena de viaturas e três meios aéreos (dois aviões ligeiros e um helicóptero ligeiro), fizeram os possíveis para afastar o fogo das casas, mas o elevado número de frentes obrigou à dispersão dos homens pelo terreno.
No entanto, em alguns casos, os populares acabaram por ter de enfrentar sozinhos as chamas, recorrendo a mangueiras, baldes, pás e enxadas para combaterem o incêndio que em diversas situações esteve a poucos metros das residências.
No local esteve também o presidente da Junta de Povolide, Fernando Florindo, que lamentou o reacendimento de um incêndio que no dia anterior tinha sido dado como extinto. Mostrou-se ainda muito preocupado com a existência de diversas habitações no meio da floresta, que também estavam em perigo e que, depois do alerta do autarca, passaram a ser um dos principais alvos das descargas de água dos meios aéreos.
Ao mesmo tempo ardia também uma área considerável de mato na zona de Santo Estêvão, no norte da cidade de Viseu, mas o fogo foi rapidamente extinto pelos bombeiros. À hora de fecho da nossa edição, o incêndio de Povolide ainda não se encontrava controlado e no combate às chamas estavam mais de 40 homens, apoiados por 13 viaturas e dois meios aéreos.
Linha da Beira Alta cortada
Durante o dia de ontem foram vários os incêndios de grandes dimensões registados no distrito e que à hora de fecho ainda não estavam controlados. Aquele que mais meios mobilizou foi o de Santo Amaro de Tavares, em Mangualde, que obrigou inclusivamente ao corte da Linha da Beira Alta, entre Gouveia-Gare e Fornos de Algodres, às 16h00, e que à hora de fecho do nosso Jornal se mantinha encerrada.
No combate às chamas chegaram a estar mais de uma centena de homens, mas ao fim do dia esse número já tinha sido reduzido para pouco mais de 70, apoiados por 19 viaturas e um meio aéreo.
Em S. Pedro do Sul, um fogo em Aguaneiros também mobilizou mais de 80 bombeiros, além de 22 viaturas e três meios aéreos. Destaque ainda para um incêndio em Quinta dos Caetanos, no concelho de Moimenta da Beira, para onde tinham sido enviados 32 homens, sete viaturas e um meio aéreo.
DV
Criança australiana desaparece do quarto como Maddie
A polícia australiana está à procura de uma menina de seis anos, que desapareceu do próprio quarto, durante a noite. Kiesha Abrahams desapareceu durante a noite de 31 de Julho, do quarto da casa onde morava com a mãe e o padrasto. A mãe estava noutra divisão da casa e só de manhã deu pela falta da filha e alertou a polícia.
O caso de Kiesha traz à memória o caso de Maddie, a menina inglesa desaparecida em Maio de 2007, no Algarve. Tal como aconteceu no caso de Maddie, a mãe e o padrasto de Kiesha estão entre os suspeitos de serem os responsáveis pelo desaparecimento da menina.
As autoridades não encontraram qualquer vestígio estranho no quarto da menina e as buscas em redor da casa não deram em nada. A polícia interrogou amigos e vizinhos da família e deparou-se com algumas contradições: há quem diga que Kiesha não era vista desde 07 de Julho, altura em que nasceu o meio-irmão, mas há também quem diga que a menina tinha sido vista á porta de casa. Um dos testemunhos registados pela polícia dá conta de um avistamento, semanas antes do desaparecimento: Kiesha estava com o padrasto, junto a um supermercado em Mount Druitt, perto de Sydney, e estaria a ser agredida por ele.
De acordo com o portal australiano «ABC News», perante as suspeitas e os julgamentos da opinião pública, a mãe e o padrasto de Kiesha já vieram a público refutar as acusações e pedir para não serem julgados publicamente. A família da menina pede ainda a quem tiver pistas que possam levar a Kiesha para não hesitar em as apresentar.
A internet já foi posta ao serviço da causa para encontrar Kiesha. Há várias páginas criadas no Facebook para sensibilizar e alertar os ultilizadores desta rede social. Algumas têm quase 12 mil seguidores.
TVi24
Descobertos 60 esqueletos de pessoas desaparecidas
Investigadores que procuram pessoas desaparecidas na guerra da Bósnia encontraram hoje 60 esqueletos humanos nas margens do lago Perucac, na fronteira entre a Bósnia-Herzegovina e a Sérvia.
O coordenador da Comissão Internacional para as Pessoas Desaparecidas, Amor Masovic, citado pela agência AP, referiu que as vítimas em questão foram mortas no início da guerra (1992-1995) e atiradas para o rio Drina, que divide a Bósnia da Sérvia.
Os corpos acabaram por ser arrastados para as margens do lago Perucac, a poucos quilómetros.
Mais de mil bósnios muçulmanos desapareceram dos arredores de Visegrad, quando as forças sérvias tomaram o controlo da cidade em 1992.
Em 2009, dois líderes militares sérvios na Bósnia, os primos Milan e Sredoje Lukic, foram considerados culpados de crimes de guerra.
Eram acusados de perseguição, extermínio e outros actos desumanos, como a queima de mulheres, crianças e idosos vivos, na região de Visegrad entre 1992 e 1994.
Segundo a BBC News, nas margens do lago Perucac já tinha sido descoberta uma vala comum com 60 esqueletos humanos, mas de albaneses mortos no conflito do Kosovo, em 1999.
DN
Raça humana só sobrevive se colonizar o espaço
O astrofísico Stephen Hawking garante que a raça humana só vai sobreviver se colonizar o espaço nos próximos 200 anos, em entrevista publicada no site «Big think» .
«Penso que o futuro a longo prazo da raça humana está no espaço. Será difícil evitar uma catástrofe no planeta Terra nos próximos cem anos, sem falar dos próximos mil anos ou dos próximos milhões de anos», escreveu.
Segundo o britânico, «se pudermos evitar uma catástrofe nos próximos dois séculos, a nossa espécie vai salvar-se se nos lançamos ao espaço».
«Se somos os únicos seres inteligentes da galáxia, temos que garantir nossa sobrevivência. Por isso, sou favorável a fazer voos tripulados ao espaço», reforçou.TVi24
Polícias suspensos por participarem em trio sexual na floresta
Dois polícias de Washington, nos Estados Unidos, foram suspensos, depois de terem sido apanhados todos nus, completamente bêbados e a praticarem actos sexuais com um outro homeme, no meio da floresta. De acordo com a acusação, citada pelo site «knoxnews.com», o casal de polícias e o homem foram apanhados por um agente da guarda florestal, enquanto fazia o patrulhamento da zona.
O terceiro elemento do trio, de acordo com a acusação, é um estudante. Os dois agentes, de nomes Scarlett e Chris, foram afastados, sem vencimento, enquanto o caso é analisado. Os polícias são acusados de embriaguês, posse de álcool e nudez pública. O agente Chris Adkins ainda enfrenta uma acusação adicional porque tinha o filho de dois anos a dormir numa tenda ao lado.
TVi24
Nova superbactéria resiste a quase todos os antibióticos
Cientistas alertam, na quarta-feira, no jornal médico «The Lancet» , para a existência de uma nova superbacatéria que resiste a quase todos os antibióticos.
A bactéria que produz uma enzima chamada NDM-1 já chegou aos hospitais do Reino Unido, tendo viajado desde a Índia e do Paquistão.
Apesar de apenas terem sido detectados 50 casos entre os britânicos, os cientistas temem que se possa espalhar e avisam que é necessário aumentar a vigilância e arranjar novos antibióticos.TVi24
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Um milhão de casos e 124 mortes em Portugal
Segundo o director geral da Saúde, Francisco George, a actividade do vírus em Portugal verificou-se sobretudo entre Agosto de 2009 e Fevereiro de 2010, tendo tido a sua expressão máxima em Novembro.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou hoje o fim da primeira pandemia de gripe do século XXI.
A gripe A (H1N1) causou 18 500 mortos em todo o mundo desde que foi descoberta em Abril de 2009, disse a directora-geral da OMS, Margaret Chan.
Em Portugal foram registados cerca de um milhão de casos de gripe A, levando 1436 pessoas a ser internadas e causando 124 mortes, segundo dados da Direcção Geral da Saúde hoje divulgados à agência Lusa.
Estes são os principais números do relatório da actividade epidémica gripal em Portugal em 2009, documento que será apresentado em Outubro no 2.º Congresso Nacional de Saúde Pública.
Segundo o director geral da Saúde, Francisco George, a actividade do vírus da gripe A em Portugal verificou-se sobretudo entre Agosto de 2009 e Fevereiro de 2010, tendo tido a sua expressão máxima em Novembro do ano passado.
A esmagadora maioria dos casos foram ligeiros e moderados, mas ainda assim houve 193 doentes admitidos em cuidados intensivos e 124 mortes.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou hoje o fim da primeira pandemia de gripe do século XXI. Francisco George referiu que esta declaração da passagem à fase pós pandémica já era esperada, realçando que a actividade viral em Portugal começou o seu declínio a partir de Janeiro, não tendo sido diagnosticados casos nos últimos meses.
No entanto, o responsável sublinha que o vírus que provocou a pandemia vai continuar a circular sobretudo nas semanas frias do ano.
'Por isso faz todo o sentido apelar para os portugueses se protegerem através dos serviços de vacinação. Para quem tem mais de 65 anos ou doenças crónicas devem fazer vacina sazonal trivalente, que inclui também este vírus. Os restantes cidadãos podem também ser imunizados em relação ao H1N1', declarou.
'Naturalmente que a situação epidemiológica não reflecte a situação global, uma vez que o vírus continuou a circular no hemisfério sul. Sabemos que o vírus que provocou a pandemia em 2009 vai continuar a circular sobretudo nas semanas frias do ano e por isso faz todo o sentido fazer um apelo para os portugueses se protegerem através dos serviços de vacinação', acrescentou Francisco George.
DN
Resolvido o mistério do Triângulo das Bermudas
A ciência não pára de encontrar as respostas para os maiores mistérios da humanidade. Esta semana, dois cientistas australianos anunciaram que descobriram porque navios e aviões desapareceram na região designada 'Triângulo das Bermudas'.
E a resposta não se encontra em magnetismo, túneis do tempo, extra-terrestres ou qualquer outro tipo de fenómeno metafísico. Na realidade, os fenómenos estranhos relatados na famosa região entre Porto Rico, Florida e as ilhas Bermudas resumem-se a um problema de... gás. Concretamente, gás metano.
Esta a conclusão do trabalho do professor Joseph Monaghan e do seu pupilo David May, da Universidade Monash de Melbourne, Austrália, publicado no American Journal of Physics.
Segundo estes investigadores, grandes bolhas de gás metano que se desprendem do solo do oceano são capazes de fazer naufragar navios e despenhar aviões. Um fenómeno que poderá mesmo explicar outros desaparecimentos noutros locais do mundo.
Já nos anos 60 o investigador Ivan T. Sanderson tinha identificado regiões do planeta onde se encontram grandes concentrações de metano. Além do famoso 'Triângulo das Bermudas', também o Mar do Japão e o Mar do Norte tem áreas onde se detectam estas 'bolsas' de gás.
O metano, formado após intensa actividade vulcânica submarina, está normalmente contido no interior das rochas, sob a alta pressão oceânica. Mas pode soltar-se naturalmente.
Quando tal acontece, transforma-se numa bolha gigante que cresce exponencialmente enquanto sobe até à superfície. Mesmo depois de entrar na atmosfera, o gás continua a subir, expandindo-se lateralmente.
Segundo as simulações de computador dos cientistas australianos, qualquer navio apanhado nesta bolha perde imediatamente a sua capacidade de flutuação e, simplesmente, naufraga.
Se a bolha for suficientemente densa, é mesmo capaz de fazer despenhar um avião (especialmente se este voar a baixa altitude) - o metano faz o aparelho perder a sustentação e provoca danos nos motores. Nestas circunstâncias, a aeronave cai no oceano e afunda-se rapidamente.
DN
"Há já grande manifestação das alterações climáticas"
Em seis semanas terão morrido 17 533 pessoas devido a fenómenos extremos como a onda de calor na Rússia, as cheias na Europa Central e de Leste, no Paquistão, Índia e China. São "manifestações das alterações climáticas", dizem alguns especialistas. 2010 foi, até agora, o ano em que o planeta esteve mais quente. Onda de calor russa só é comparável à de 2003. Em Portugal, temperaturas elevadas já mataram mil pessoas este ano.
Onda de calor histórica, seca severa e incêndios na Rússia. Chuvas intensas num curto espaço de tempo na Europa Central e de Leste, cheias invulgares no Paquistão e na Índia, chuvadas acompanhadas de deslizamentos de terras na China.
As catástrofes que assolam estas zonas do globo nos últimos tempos poderão não estar ligadas entre si, mas são fenómenos extremos, cada vez mais frequentes e intensos, que constituem uma manifestação das alterações climáticas.
"São acontecimentos que se reproduzem e intensificam num clima perturbado pela poluição de gases com efeito de estufa", declarou à AFP Jean-Pascal Van Ypersele. "Os acontecimentos extremos são uma das maneiras pelas quais as mudanças climáticas se tornam dramaticamente perceptíveis", acrescentou o vice-presidente do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC).
"Acredito que há já uma grande manifestação das alterações climáticas. O clima define-se através de observações meteorológicas de 30 anos. E o que se tem observado é uma maior frequência e intensidade de fenómenos extremos", afirmou ao DN Filipe Duarte Santos, professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
No caso da Rússia, há um anticiclone instalado que, "ao ficar muito tempo no mesmo sítio, causa secas. Tudo indica que o anticiclone fica mais tempo do que deve por causa das alterações climáticas", acrescentou o especialista português, que vai ser um dos editores do próximo relatório do IPCC em 2013.
Quanto ao Paquistão, as chuvadas de 400 mililitros [em poucas horas] nas zonas montanhosas provocaram cheias nos rios. "É um recorde", disse Qamar-uz-Zaman Chaudhry, director-geral do Departamento de Meteorologia do Paquistão. "A única explicação pode ser uma ligação às alterações climáticas, pois esta área muito normalmente não tem monções", explicou, citado pela Reuters. Também na região turística himalaia de Ladakh as cheias são um fenómeno pouco usual.
DN
Apanhado a fazer sexo com manequim de plástico
Um norte-americano de 61 anos foi detido, no passado domingo, em Malden, nos EUA, quando foi apanhado a fazer sexo com um manequim de plástico, conta o G1.
Segundo a polícia local, Eddie M. Campbell foi encontrado nu, no banco de um parque, com um manequim no colo. Enquanto o segurava, fazia movimentos sexuais.
«Só estou a tentar ter um pouco de diversão», terá dito quando os agentes o mandaram parar.
O homem foi acusado de exposição indecente e ficou preso.
'New York Times' destaca aposta portuguesa nas renováveis
Cerca de 45% da electricidade produzida em Portugal provém de energias renováveis, destaca hoje o jornal 'The New York Times' que enaltece a aposta do Governo português nesta matéria.
"Quase 45 por cento da electricidade em Portugal deriva de fontes renováveis, um aumento de 17 por cento face aos últimos cinco anos" escreve o jornal norte-americano que dedica hoje três páginas a esta matéria e faz destaque na primeira página.
Cinco anos depois de o Governo português liderado por José Sócrates ter "embarcado em projectos ambiciosos relacionados com as energias renováveis", 'The New York Times' refere também "que Portugal espera ser o primeiro país a inaugurar uma rede nacional de carregamento de carros eléctricos" já em 2011.
"Ouvi todo o tipo de comentários: é um bom sonho, é incomportável, é muito caro", disse a propósito o primeiro ministro, José Sócrates, citado pelo jornal, acrescentando que "a experiência portuguesa mostra que é possível mudar num curto período de tempo".
O jornal menciona que "actualmente, os melhores bares de Lisboa, as fábricas do Porto e os 'resorts' mais 'glamourosos' do Algarve são alimentados substancialmente por energia limpa".
No entanto, e apesar de a Agência Internacional de Energia ter classificado de "sucesso notável" a transição energética em Portugal, esta refere que "não é ainda claro que os custos financeiros, bem como o impacto no preço final ao consumidor, sejam compreendidos e bem aceites".
"Não imaginam as pressões que sofremos no primeiro ano", disse ao mesmo jornal o antigo ministro da Economia Manuel Pinho, um dos grandes impulsionadores da aposta portuguesa nas energias renováveis: ondas, sol e vento.
Apesar de alguns obstáculos, "as políticas agressivas tomadas pelo Governo português para acelerar o recurso às energias renováveis estão a ser bem sucedidas", escreve o jornal, que cita um estudo sobre energias alternativas da Universidade de Cambridge, Estados Unidos.
De acordo com este último (estudo), estima-se que em 2025 a electricidade em países como a Irlanda, Dinamarca e Reino Unido seja proveniente de fontes renováveis. Também o Canadá e o Brasil deverão integrar este grupo
DN
Cliente do McDonald's parte para a agressão
Uma cliente descontente por o funcionário do McDonald's não lhe vender uma caixa de McNuggets partiu para a violência.
O caso aconteceu no início do ano, mas as imagens só agora foram divulgadas.
A cliente acabou por ser detida e acusada de vandalismo.
DN
Mês sagrado do Islão leva milhões ao jejum
Da aurora ao pôr do Sol sem comer nem beber: é um dos cinco pilares da prática dos muçulmanos. O Ramadão começa hoje, quarta-feira, e os crentes devem juntar às cinco orações diárias habituais mais uma, especial, em casa ou na mesquita.
Com uma data móvel, que recua todos os anos no calendário e que é anunciada com precisão à roda do mundo consoante a hora do primeiro avistamento da Lua após a Lua Nova, chega para os crentes do Islão o mês sagrado.
Em todo o mundo, serão actualmente 1, 57 mil milhões (cerca de 23% da humanidade). Portugal tem uma comunidade de cerca de 40 mil pessoas integradas nesta fé, a maior parte vivendo na região da Grande Lisboa.
Por estes dias, até 9 de Setembro, aumenta a afluência à Mesquita de Lisboa: não são apenas as cinco orações diárias que ali levam os praticantes do Islão, é também uma oração especial que àquelas é acrescentada e que consiste na recitação, de cor, de uma das 30 partes do Alcorão.
Antes dessa oração especial, os crentes podem quebrar o jejum com uma tâmara. Só mais tarde, com o ocaso, será tempo de uma refeição. A Mesquita de Lisboa está preparada para servir 800 refeições gratuitas.
O mês sagrado coincidindo com tempo de férias laborais ou escolares permite maior afluência às orações, que podem também ser feitas em casa ou noutro lugar conveniente.
No próximo ano, o Ramadão vai começar recuando cerca de dez dias no calendário e assim será sempre, obedecendo ao ano lunar, que tem a duração de 355 ou 356 dias, menos dez que o calendário gregoriano.
Das cinco horas da manhã até às 20.39, assim será hoje a duração do jejum, a decrescer conforme Setembro venha chegando. Estas cerca de 16 horas de privação voluntária de comida ou bebida são encurtadas quando o mês do Ramadão recai nos meses de Inverno das regiões mais afastadas dos trópicos.
Em cada ano, a Mesquita de Lisboa passou a facultar aos crentes pela Internet os horários de fazer jejum, tendo como ponto de orientação as principais cidades do país. Para o crente tem significado a orientação mesmo ao minuto e o pormenor do nascer e pôr do sol varia não só de dia para dia, como consoante a zona do país.
Na Alemanha, que já conta com quatro milhões de muçulmanos, um canal de televisão anunciou que todos os dias vai anunciar a hora do começo e fim do jejum.
Segundo explicou ao JN o imã, no Ramadão “há uma intensidade maior” nas práticas por parte dos fiéis. Afirma o “sheik” David Munir que “este é o único mês em que é possível praticar quatro dos cinco pilares”. A crença, as cinco orações diárias, a caridade e o jejum. A peregrinação a Meca, ao menos uma vez na vida, deve ser feita no 12º mês do calendário muçulmano.
Diz o imã Munir que, no que toca ao exercício obrigatório da caridade, ele se concentra no mês do Ramadão em 99% das opções tomadas pelos muçulmanos.
Se este mês é assumido como sagrado isso deve-se “ao início da revelação do Alcorão ao Profeta Maomé”. Daí a espiritualidade que deve ser conferida à vivência desse tempo, refere também o mesmo teólogo, há já 25 anos na Mesquita de Lisboa.
A comunidade muçulmana em Portugal tem sobretudo como raízes os crentes vindos de Moçambique, a que se juntaram outros da Guiné-Bissau e de pessoas trazidas por outras origens da corrente migratória.
“A prática do Islão”, assegura o teólogo, “é muito pessoal. Vir à mesquita não é sinónimo de ser muçulmano”.
JN
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Poder de compra: Lisboa tem seis dos 15 concelhos mais ricos
A Região de Lisboa congrega seis dos quinze concelhos portugueses com maior poder de compra do país, sendo que apenas quatro dos 18 municípios da região estão abaixo da média nacional, indicam dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados pela Lusa.
Lisboa (1.º lugar), Oeiras (2.º), Cascais (4.º), Alcochete (5.º), Montijo (9.º) e Almada (15.º) são os municípios da Região de Lisboa que incorporam a tabela dos quinze concelhos com maior poder de compra por habitante, notam os dados mais recentes do INE referentes ao poder de compra concelhio, datados de 2007.
Do conjunto de 18 municípios da Região de Lisboa, sub-região estatística que compreende aproximadamente a metade sul do distrito de Lisboa e a metade norte do de Setúbal, os mesmos da Área Metropolitana de Lisboa, apenas em quatro não é superado o poder de compra médio nacional: Odivelas (98,7), Sintra (98,2), Seixal (96,1) e Moita (84,0).
Na lista dos concelhos com maior poder de compra, destacam-se também, no território metropolitano do Porto, os municípios do Porto (3.º), São João da Madeira (12.º) e Matosinhos (13.º).
Faro, Porto Santo, Coimbra, Funchal, Aveiro e Sines completam a lista dos quinze concelhos de Portugal com maior poder de compra por concelho.
O indicador pretende caracterizar os municípios «sob o ponto de vista do poder de compra, numa acepção ampla, a partir de um conjunto de variáveis», esclareceu o INE à agência Lusa.
O vencimento salarial, contratos imobiliários e o número de automóveis são algumas das variáveis em questão.
TVi24
Padre Rui vai ser pai
Casal que esteve fugido em Espanha já regressou à Caniçada, em Vieira do Minho, onde a população começa a aceitar a decisão
Fátima, a namorada do padre Rui Pedro, o pároco que abandonou o sacerdócio e fugiu para Espanha, está grávida, noticia na edição o jornal 'Correio da Manhã'.
Rui Pedro e Fátima fugiram para Espanha na altura em que o caso rebentou, mas há cerca de dois meses voltaram para a Caniçada, em Vieira do Minho, pois o desejo do ex-padre é que o filho nasça na sua terra natal.
Ainda de acordo com o 'Correio da Manhã', os moradores da Caniçada já começam a aceitar a decisão do padre Rui. E a família da jovem de 18 anos também.
Fátima está no final da gravidez, o que indicia que o bebé terá sido concebido por altura da fuga do casal para Espanha, em Novembro.
DN
Yoshida fez 16 mil quilómetros a pé de Xangai até Lisboa
Japonês de 29 anos fez caminhada de 581 dias, começando na China e terminando no cabo da Roca, o ponto mais ocidental da Europa. Objectivo: conhecer cidades e pessoas.
É japonês, tem 29 anos e veio a pé de Xangai até Lisboa. Cerca de 16 000 quilómetros percorridos em 581 dias, que o deixam mais perto do objectivo: dar a volta ao mundo. Masahito Yoshida poderia ser um qualquer turista, não fosse a carroça de inox que traz consigo e as botas de caminhada, já gastas.
Apresenta-se com um largo sorriso e estende a mão para entregar o cartão onde se lê o nome, email e o blogue onde vai registando a viagem, documentando-a com fotografias. Usa calções, uma camisola salpicada de nódoas, um chapéu de explorador e óculos de sol. Onde quer que vá os olhos viram-se na sua direcção, mas não se importa. Encolhe os ombros e sorri.
Na carroça traz só o essencial: "tenda, fogão, roupa, computador e máquina fotográfica". Veio em busca de novas experiências e de uma forma diferente de viajar. E pagando tudo do seu bolso: 3500 a 4000€ euros para comida, água e dormidas em alguns hotéis para recuperar o fôlego e escapar às intempéries.
Saiu do Japão a 1 de Janeiro de 2009, percorrendo de barco a distância que o separava de Shangai, onde iniciou o trajecto rumo ao cabo da Roca, o ponto mais ocidental do continente europeu.
Chegou ao destino no dia 3, depois de ter atravessado 20 países, desde as areias do deserto, aos declives acentuados das montanhas e ao gelo traiçoeiro de Invernos rigorosos. Mas nunca teve vontade de desistir. "Quando era mais difícil, pensava 'cabo da Roca' e 'Lisboa'" e ganhava forças redobradas."
Prefere as pequenas vilas à confusão da cidade porque aí "é mais fácil de caminhar". Em Portugal gostou de todas as terras onde passou. "É muito bonito, um dos melhores países". Encantou-se com os prédios em Coimbra, o vinho e o peixe, uma iguaria que teve poucas oportunidades de saborear. Farto de noodles e arroz, a dieta base, diz que toda a comida que provou era deliciosa. "Mas quero comer comida japonesa", remata, depressa.
Nada diz sobre as saudades de casa. Prefere não pensar muito nisso. Em Tottori, terra natal, era engenheiro mecânico. Partiu em busca de uma nova vida. Em 2003 esteve na Ásia, África e Europa, deslocando-se de autocarro e comboio. "Mas não era interessante. Queria visitar cidades, conhecer pessoas."
A família teve um choque quando Masahito anunciou os seus planos. "Chamaram-me maluco", conta entre risos, "mas hoje apoiam a minha viagem".
Só esteve prestes a interromper a sua volta ao mundo uma vez, para ver o avô que morreu há dez dias. "Tinha um cancro. Estava a pensar se de Lisboa devia voltar ao Japão ou ir para a América. Mas o meu avô morreu." Vai por isso continuar a viagem. "Vou para os EUA." De Lisboa voará para Filadélfia, onde iniciará uma nova caminhada, que espera acabar em dez meses.
Percorreu cerca de 16 000 quilómetros num ano, sete meses e três dias, numa viagem marcada por várias paragens. A mais trágica aconteceu na Bulgária, onde se viu mergulhado numa tempestade de neve, com uma temperatura de 20 graus negativos. Os dedos das mãos congelaram e acabou por permanecer no país um mês, entre o hospital e o descanso forçado.
Gostou da maior parte dos países, mas é do Cazaquistão que tem saudades. "Não havia nada", conta. "Andava 200 ou 300 quilómetros por um café. Às vezes passavam carros e davam-me comida e água. Foi difícil, mas a experiência mais interessante", remata Masahito Yoshida.
DN
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