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So faltam meses, dias, horas, minutos, e segundos para o ano 2012

Madeleine

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Radio Viseu Cidade Viriato

sábado, 8 de agosto de 2009

Mulheres e criança seguiam para mercado em Espinho e foram obrigadas a entregar carro com o ouro e o dinheiro...

Duas comerciantes de artigos de ourivesaria e uma menor foram atacadas por encapuzados, ontem de manhã, em plena estrada, quando seguiam para Espinho, para vender artigos. Os ladrões levaram mais de 86 mil euros.


"Foi um susto terrível", recorda a menor, de 11 anos, que viajava no banco da frente com a mãe e a tia, de 49 e 42 anos, numa carrinha comercial, com destino ao mercado de revenda, em Espinho.


Tinham acabado de sair de casa, em Mozelos, Santa Maria da Feira, e pelas 7.30 horas estavam paradas no Lugar do Picoto, ainda em Mozelos, mais exactamente junto aos semáforos de acesso à Estrada Nacional 1 (EN1). Nem sequer viram a aproximação de dois homens, que saíram repentinamente de um Nissan de cor cinzenta que as seguia sem que se tivessem apercebido. Mais dois assaltantes ficaram dentro do automóvel e não tiveram qualquer intervenção directa no assalto.


"Saímos de casa e tudo parecia normal". "A minha tia nem sequer mudou o percurso, porque não nos apercebemos de nada de anormal", conta a menor que, cerca de três quilómetros depois, acabaria por apanhar o maior susto da sua vida.


"Um deles tinha um ferro e partiu o vidro do lado da minha tia, que vinha a conduzir. O outro tinha uma pistola e puxou a minha mãe e a mim para fora do carro e atirou-nos para o chão", afirma a adolescente. Ainda tem na memória os berros dos homens encapuzados. "Gritavam muito para sairmos do carro. Estavam muito nervosos", lembra, com algum constrangimento.


Os assaltantes acabariam por se apoderar da viatura das ourives e fugiram com ela a toda a velocidade em direcção a Espinho, seguidos pelos outros dois indivíduos que estavam no carro que os transportou.


Ao ser empurrada para o chão, a jovem acabaria por sofrer um pequeno ferimento no cotovelo e mãe, que foi calcada, teve uma contusão no pé. Ambas foram assistidas, mais tarde, no Hospital S. Sebastião, em Santa Maria da Feira.


A viatura foi encontrada uma hora depois, num pinhal da Freguesia de Mozelos, a cerca de um quilómetro da habitação das irmãs comerciantes, apenas com o vidro partido.


No interior, foi encontrado um gorro usado pelos assaltantes, relógios de pouco valor, alguns artigos em prata e outros para consertar, assim como diversos documentos.


No pinhal, deixaram espalhadas as caixas que transportavam os artigos valiosos de ourivesaria e relojoaria. Os assaltantes apoderaram-se de 75 mil euros em artigos em ouro, quatro mil euros em numerário e sete mil euros em cheques.


As duas irmãs estão no negócio de revenda de artigos de ourivesaria há cerca de 11 anos, mas nunca viveram nenhuma experiência parecida. Não possuíam seguro dos bens roubados.


Tragédia deixa em sobressalto freguesias de S. Julião e Fontoura, onde a criança residia...

Um menino de dois anos morreu, ao princípio da tarde de ontem, sexta-feira, afogado num tanque da moradia de familiares, situada no lugar de Raso, em S. Julião, Valença. Simão brincava com outras crianças que não se aperceberam do sucedido.


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Menino de dois anos morre afogado em tanque
Tanque de rega onde morreu menino

Segundo familiares, a criança brincava na companhia do irmão e de alguns primos, todos eles menores, quando, de um momento para o outro, deixou de ser visto. Os tios da criança, proprietários da habitação onde ocorreu a tragédia, gritaram, então, pelo Simão. Porém, sem resultado. O corpo do menino viria, depois, a ser encontrado a flutuar no tanque, situado a algumas dezenas de metros do local onde, momentos antes, brincara.


Ao local, situado a curta distancia da estrada que liga o concelho de Valença a Paredes de Coura, acorreram, de imediato, os "Voluntários" de Valença e a VMER de Braga, revelando-se, contudo, infrutíferas as manobras de reanimação levadas a efeito para salvar a criança.


Segundo um familiar da vítima mortal - que completaria três anos em Novembro -, a criança veio a falecer dentro da ambulância do INEM, no exterior do Centro de Saúde de Valença.


"Fizeram tudo por ele mas, infelizmente, parece que tudo não foi suficiente", considerou, sem conseguir conter a emoção, dando conta que foi o primeiro a prestar socorro ao menino.


"Mal deram com a criança, no tanque, tentei reanimá-la. Pouco depois, chegavam os bombeiros e o INEM, que tudo fizeram, transportando-o, de seguida, para Valença, onde o pior acabou por acontecer", acrescentou, assinalando que os menores com quem o menino brincava "não se aperceberam que ele se tinha dirigido ao tanque. Foi um choque para todos nós, para o qual não encontramos palavras".


Com efeito, tanto os pais do Simão, que residem na vizinha freguesia de Fontoura, como alguns familiares do menor, estiveram, durante todo o dia de ontem, a ser acompanhados por psicólogos do INEM, vindo alguns deles mesmo a ser assistidos no centro de saúde concelhio.


Cumpridas as formalidades legais, o corpo da criança foi, ao final da tarde de ontem, conduzido ao Gabinete de Medicina Legal da Unidade Local de Saúde do Alto Minho, em Viana do Castelo, para realização de autópsia.


Uma mulher de 30 anos e um homem de 63 estão internados no Hospital de S. João...

A mulher que está internada no Hospital de S. João, no Porto, com gripe A e prognóstico reservado, recorreu três vezes ao Centro de Saúde de Celorico de Basto, no distrito de Braga. Para os médicos foi sempre só uma gripe sazonal.


Quando ontem, sexta-feira, ao início da tarde, Margarida Tavares, adjunta da direcção clínica pelo plano de contingência da gripe A, no Hospital S. João, fez o ponto da situação dos dois únicos doentes - um homem, transferido de Famalicão, e uma mulher, transferida de Guimarães - ali internados por estarem infectados com o vírus H1N1, ambos os prognósticos eram reservados. "Estão internados na unidade de cuidados intensivos do serviço de doenças infecciosas." Antes, durante a manhã, o secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro, já dissera que ambos "correm risco de vida".


É a primeira vez, desde que foi diagnosticado o primeiro caso de gripe A em Portugal - e já há 477 -, que os infectados desenvolvem complicações graves. "Cerca de 98% dos casos de gripe A sem patologia associada têm evolução benigna. Nos outros 2%, não é provável, mas é possível haver complicações ", afirmou Filipe Fróes, pneumologista do Hospital Pulido Valente, Lisboa.


Carla, internada desde anteontem no S. João, será um dos casos a figurar nas minorias improváveis. Tem 30 anos e uma bebé de quatro meses. Está desempregada e "raras vezes sai de casa", assegurou o marido, Artur. Na sua versão, ela começou a sentir-se mal na quarta-feira da semana passada. Tosse, febre altas e dores musculares, eram as queixas. Dirigiu-se ao Centro de Saúde de Celorico de Basto nesse mesmo dia. "Deram-lhe um antibiótico e mandaram-na para casa". Incapaz de melhorar, regressou no sábado. "Deram-lhe uma injecção e mandaram-na para casa". Quase melhorou, "conseguiu passear um bocadinho à noite", e no dia seguinte baptizou a filha. Na segunda-feira, voltou a piorar. Tentou resistir, mas no dia seguinte, "com arrepios e náuseas", voltou ao Centro de Saúde de Celorico. Era já terceira vez. "O médico mandou-a de urgência para Guimarães. Tinha pneumonia grave".


A possibilidade de gripe A nunca foi mencionada por nenhum dos médicos. Oito dias depois dos primeiros sintomas, quarta-feira desta semana, foi uma médica do Hospital de Guimarães quem levantou pela primeira vez essa hipótese. Isolou a doente e pediu as análises que acabariam por confirmar a gripe A. "Ainda cheguei a falar com ela, mas ela já quase não conseguia falar, tinha muita falta de ar", recorda Artur. Carla foi transferida para o Hospital de S. João anteontem à noite. O marido já não conseguiu falar-lhe. "Estava toda entubada".


Margarida Tavares explicou: "A senhora, sem patologia prévia conhecida, foi transferida já num quadro de insuficiência respiratória com necessidade de ventilação invasiva. A situação clínica é estável, embora grave, e com prognóstico reservado."


Carla, garante o marido, "não viajou nem esteve em contacto com emigrantes", pelo que é difícil detectar a origem do contágio. Mas o atraso no diagnóstico não favorece uma evolução positiva. "As situações de diagnóstico tardio estão sempre associadas à pior resolução", diz Filipe Fróes.


O outro doente internado no S. João tem 63 anos e "patologia crónica subjacente, nomeadamente cardiovascular. Sofreu um evento cardiovascular agudo. Está numa situação clínica estável".



sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Convite a todos os visienses...

Xutos e Susana Félix nas Festas da Cidade...

Amanhã, Susana Félix sobe ao palco do Estádio Municipal Dr. Orlando Mendes, dia 14 é a vez dos Xutos e Pontapés, onde são esperadas 10 mil pessoas e, no dia seguinte, actua o grupo Xaile. Para além dos concertos, o evento conta ainda com a presença das empresas da região, na Expocolumba, e com a participação de várias associações do concelho, distribuídas pelas tasquinhas do recinto.


Este ano, a Expocolumba terá mais tendas, o que, para João Lourenço, "foi uma surpresa porque, como estamos em crise, pensei que houvesse menor adesão por parte das empresas". Questionado sobre a importância deste evento, considerou que "é sempre bom haver iniciativas que ajudem a divulgar e a desenvolver o que de melhor tem a região".


João Lourenço defende que o Estádio é o melhor local para realizar as festas, mas confessou que tem um sonho que gostaria de ver concretizado: "Gostava de fazer o parque da cidade, ou quem me suceder, com dimensão que pudesse integrar as Festas da Cidade". A construção do parque seria feita desde a ribeira que passa junta aos bombeiros até ao Couto do Mosteiro, local que iria possibilitar fazer uma festa "ainda maior".


A organização que, segundo o autarca, "está a correr muito bem" é da responsabilidade da Câmara e da empresa municipal Combanima, o que não aconteceu em alguns anos anteriores. O autarca adiantou que, este ano, vão haver "várias surpresas, as festas vão estar mais bonitas e vai haver mais oferta de eventos e variedades para as pessoas passarem um bom bocado, assim o tempo ajude".


Entradas mais baratas
"Este ano são mais dias de festa e compreendemos que as pessoas não tenham possibilidade de ir todos os dias", justificou, assim, João Lourenço o facto de o preço das entradas ter sido reduzido para metade em relação ao ano passado. Acrescentou que a redução também se deve à diminuição da despesa e à angariação de outras receitas, nomeadamente em patrocínios.
"Esperamos que o saldo negativo seja menor do que no ano passado, em que tivemos 50 mil euros de prejuízo", lembrou. Apesar de não considerar um valor muito elevado, Lourenço espera ter, no máximo, 30 a 40 mil euros de saldo negativo nesta edição.


Há alguns anos, a entrada era gratuita mas, neste momento, "é impossível". "Se eu fosse eleitoralista fazia-o, como não sou, não posso ser irresponsável a esse ponto", frisou.


Aeródromo de Viseu é dos melhores...

Viseu está a formar muitos pilotos portugueses. No aeródromo Gonçalves Lobato, apesar de só haver uma escola que também faz formação, são muitas as outras escolas do país que "obrigam" os estudantes a ter aulas em Viseu. A razão é simples: é um aeródromo com boas condições, tem sistema de radar e um desafio para os pilotos que é o de descolar ou aterrar na pista com ventos cruzados. "Muitos pilotos que querem seguir linha (carreira comercial) preferem vir a Viseu fazer horas de voo", confirmou Miguel Dias, ele que faz parte do Aero Clube local e está neste momento a tirar o curso.


Pelo aeródromo passam diariamente várias aeronaves. Na quarta-feira de manhã esteve ali a abastecer um avião com capacidade para 22 pessoas e que tem vindo a ser utilizado, no estrangeiro, como uma aeronave de médio percurso. Ao chegar, para abastecer, o pensamento dos que estavam no aeródromo quase que foi unânime. Viseu também poderia ter voos charter, nem que fossem sanzonais.


"Temos capacidade para receber este tipo de aviões e até de maior porte", explicou Miguel Dias, lembrando que Viseu poderia muito bem dinamizar uma rota, especialmente nesta altura do ano em que há muitos emigrantes. "Era também uma forma de animar as linhas comerciais", salientou.


Pista com
muito tráfego


Esta é uma ideia que tem vindo a ser falada há, pelo menos dois anos, mas que ainda não teve forma. Várias entidades, nomeadamente o presidente da Câmara, afirmou na altura que tinha a intenção de ver o aeródromo ser utilizado por companhias internacionais e nacionais e que se iriam formalizar contactos.


Até agora nada há de concreto, embora o futuro piloto admita que o tráfego no aeródromo é bastante positivo. "A maior parte das aeronaves que aqui aterram, vêm a Viseu por recriação. Ou aproveitam para almoçar por cá ou para visitar a cidade", contou.


O Aeródromo tem sido alvo de melhorias, possuindo condições para utilização nocturna, uma torre de controlo e uma aerogare que foram recentemente requalificadas.


Ao longo do ano, o Aero Clube de Viseu é a face mais visível desta infra-estrutura, a quem lhe pertence a limpeza e a manutenção. A Associação tem neste momento a decorrer um curso de pilotagem de ultra-ligeiros (3.000 euros para quem se quiser aventurar) e recentemente terminou o de PPLA (Piloto Privado de Avião Ligeiro) que é a base da aviação e que contou com nove alunos, a sua maioria oriunda de Viseu. É também responsável por outras iniciativas que se desenrolam no aeródromo, nomeadamente os festivais aéreos que têm levado até à freguesia do Campo milhares de pessoas.


Actualmente, o Aeródromo é também a base do Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS) com a sua brigada heli-transportada. Na época dos incêndios, esta infra-estrutura recebe ainda outros meios de combate a incêndios, como por exemplo os dois dromaderes que estão estacionados na pista.


Raptou para forçar ex-namorada a voltar ...

Depois de se evadir da cadeia, em 2006, arranjou uma namorada em Coimbra, mas esta trocá-lo-ia por outro. Enciumado, raptou o sobrinho daquela mulher, para exigir o seu regresso. Anteontem, quarta-feira, regressou à prisão.


A detenção aconteceu em Castelo Branco. Quarta-feira de manhã, a PSP local avistou um automóvel cujas características coincidiam com as que o fugitivo andaria a utilizar, segundo as informações transmitidas pela Directoria do Centro da Polícia Judiciária (PJ). Alertada pela PSP, a PJ deslocou-se de imediato àquela cidade e esperou pelo regresso do suspeito ao carro. Chegou depois do almoço e trazia consigo uma pistola de calibre de 7,65 milímetros, municiada, mas os inspectores da PJ caíram-lhe em cima, sem dar tempo de reacção.


O suspeito, de 33 anos, aguarda pelo interrogatório de um juiz. Já não experimentava o sabor da reclusão há três anos, quando se evadiu da cadeia de Vale de Judeus, três anos de pena por cumprir, por tráfico de droga. Essa condição de evadido não o impediu de se instalar na zona de Coimbra, nem de arranjar namorada. Esta, porém, não aguentou a relação muito tempo. Acabou com o namoro e iniciou uma relação com outro homem e partiu com ele para a América do Sul.


Atacado por ciúmes, o evadido tentou várias vezes marcar um encontro com um universitário, sobrinho da ex-namorada e que mantinha com ela uma relação muito próxima. O rapaz, desconfiado, ia recusando, mas, perante a insistência, acabou por aceder. Foi ter com ele a um posto de combustível de Coimbra, numa noite do passado mês de Junho, e levou um amigo. Mas o ex-namorado da tia disse que conversaria com ele a sós e, com a ameaça de uma pistola, meteu-o num carro.


Andaram a circular pelas Beiras, Alentejo e Espanha, enquanto o raptor punha o universitário a falar com a tia ao telefone. Durante o telefonema, bateu no rapaz e avisou a ex-namorada de que o matava, se ela não regressasse a Portugal. A mulher prometeu regressar, logo que arranjasse avião.


Ao terceiro dia, em Alvaiázere, o raptor meteu-se por um terreno agrícola e obrigou a vítima a entrar numa fossa séptica, vazia. A fossa foi fechada com uma tampa de ferro, sobre a qual foram colocados blocos de cimento. Mas o rapaz encontrou um ferro, conseguiu levantar a tampa, e fugiu.


A PJ, avisada do rapto no primeiro dia, continuou a perseguição e foi detectando pistas da sua passagem pelos concelhos da Figueira da Foz, Coimbra e Castelo Branco. O arguido "não é parvo nenhum", observou uma fonte policial, e trocava de carro, telemóvel e identidade. Esta quarta-feira, contudo, a colaboração entre PJ e a PSP acabou bem.


Sindicatos consideram que ME deveria ter assegurado formação dos docentes antes da entrada em vigor da lei ...

Não será disciplina mas será obrigatória a partir de Setembro nas escolas do 1º ciclo ao Secundário: o novo regime da Educação Sexual foi publicado em "Diário da República". Os sindicatos estão preocupados com a falta de formação dos docentes.


A partir do próximo ano lectivo a Educação Sexual "é objecto de inclusão obrigatória nos projectos educativos dos agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas". De acordo com a lei nº60/2009, que hoje entra em vigor, cada director de turma com o docente da área e os das disciplinas abrangidas pela transversalidade da matéria devem elaborar, "no início do ano lectivo, o projecto de educação sexual da turma".


Todas as turmas terão um responsável pela área e cada agrupamento ou escola não agrupada terá de designar um professor-coordenador para a área da Educação para a Saúde e Educação Sexual; assim como uma equipa interdisciplinar, que terá, entre outras funções, a de gerir o gabinete de apoio aos alunos. Esse atendimento, lê-se no diploma, terá de ser assegurado "por profissionais com formação nas áreas da Educação para a Saúde e Educação Sexual".


As habilitações necessárias para o desempenho das novas funções será alvo de despacho governamental. O ME assegura que irá garantir a formação aos docentes. Os sindicatos, no entanto, estão preocupados com o número "escasso" de professores com formação ou especialização nessa área e defendem que essa qualificação deveria ter sido assegurada antes da entrada em vigor da lei para as escolas puderem aplicar o diploma.


"O sistema não está preparado para responder em larga escala, ou na sua generalidade à lei nos termos que o Governo propõe. É mais um diploma condenado a ficar refém do próximo Governo", argumentou o presidente do Fenei/Sindep. Carlos Chagas garante que são "pouquíssimos" os professores com formação na área da Educação para a Saúde e Sexual.


A falta de formação dos docentes é também motivo de "grande preocupação" para a Federação Nacional dos Sindicatos de Educação (FNE). "Não conhecemos especialização nessa área. Se algum professor a fez, pagou-a do seu bolso e deve ser uma gotinha num oceano" de necessidades, uma vez que todas as escolas vão precisar desses docentes, defendeu Lucinda Manuela Dâmaso. "Também não é uma formação que se dê em meia dúzia de horas e o Ministério da Educação ainda não anunciou qualquer plano de formação", insistiu.


Já o presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) considera que a obrigatoriedade é decisiva para a aplicação generalizada da matéria. Albino Almeida defende que para a constituição das equipas pluridisciplinares deverão ser feitos protocolos com entidades, como os centros de saúde ou o instituto de apoio à criança, "com provas dadas no terreno".


Mulher de 66 anos líder de grupo especialista em notas falsas, tráfico de droga, roubos e burlas...

Uma mulher de 66 anos conhecida como "Espalha-Brasas" está acusada pelo Ministério Público de Famalicão de ser líder de uma rede de 26 indivíduos envolvidos nos mais variados crimes: notas falsas, drogas, roubo e burlas.


A chefe desta presumível associação criminosa ficou conhecida por, nos anos 90, ter sido também líder de um grupo dedicado ao tráfico de droga e com sede em Famalicão, tendo sido desmantelado numa operação denominada "Malha Branca". Em 1995, a mulher foi condenada a 15 anos de cadeia, tendo sido considerado provado também o crime de associação criminosa - algo raro em Portugal.


Porém, volvidos 14 anos, as autoridades - o Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Santo Tirso - encontraram provas de que a Maria da Natividade voltou mesmo ao mundo do crime. Escutas telefónicas efectuadas à mulher e outros suspeitos entretanto descobertos revelam passagem de moeda falsa e mesmo fabrico de euros falsos, além de tráfico de droga e receptação de objectos roubados, entre outros ilícitos.


Em concreto, de acordo com a acusação do MP - sustentada em intercepções telefónicas e vigilâncias -, há casos de passagem de moeda falsa, em conjugação com vários indivíduos recrutados pela organização da "Espalha-Brasas", que acabou acusada de 10 crimes. Os mais signficativos negócios são a tentativa de transacção, junto de um empresário de Braga, de 15 milhões de dólares falsos, bem como um milhão de dólares falsos envolvendo outro indivíduo.


Efectivamente transaccionados foram 280 mil dólares e ainda várias dezenas de milhares de euros. As cópias da nota europeia foram fabricadas por elementos do grupo, que inclusivamente foram surpreendidos com impressoras e notas falsas numa das casas alvo de buscas. O número de acusados atinge os 26 indivíduos no total, porque inclui os responsáveis pela distribuição de drogas e também das notas falsas.


Imputada a esta organização está, também, um caso de roubo que envolveu a simulação de uma operação da Polícia Judiciária junto de um ourives da Trofa, a 3 de Março passado. Identificando-se como inspectores e circulando num carro com pirilampo, dois colaboradores de Natividade abordaram a vítima na rua e obrigaram-na a ceder o ouro que tinha em casa por suspeitas de ser "roubado". Se não fosse, seria devolvido, através de "aviso da GNR"...


Acusada de "ciberbulling" pode usar a Web...

Uma mãe norte-americana, Lori Drew, de 50 anos, acusada de ter atormentado uma colega da filha via Internet, levando ao suicídio da jovem, vai poder voltar a aceder à rede.


De acordo com o advogado de Lori, a nova decisão judicial surge porque esta passou a ter um emprego que exige o uso de computador e o acesso à Net.


A norte-americana criou, na rede social My Space, uma conta falsa em nome de Josh Evans, "rapaz de 16 anos" que estabeleceu uma ligação afectiva virtual com Megan Meier, uma adolescente depressiva de 13 anos.


A atitude de Lori Drew, do Missouri, terá sido um acto de vingança por Megan Meier ter terminado a relação de amizade com a sua filha Sarah.


Após várias semanas de contactos, "Josh Evans" cortou relações com Megan, dizendo-lhe coisas como "o mundo seria um lugar melhor sem ti", o que causou o desespero da adolescente, que se enforcou no quarto.


O ano passado, Lori Drew foi acusada de "ciberbulling", ou seja, de intimidação ou coacção virtual, em moldes de associação criminosa (pois agia em parceria com uma empregada e com a própria filha) e por ter criado uma conta falsa no My Space, na sequência da qual acedeu aos dados da jovem que se suicidou.


Drew foi considerada culpada por ter violado os termos de utilização do My Space, que proibem a criação de uma conta falsa, mas foi ilibada do crime de associação criminosa.


A defesa alegou que considerava estranha a aplicação, neste caso, da lei contra o crime informático e o próprio juiz, George Wu, reconheceu que milhares de pessoas podiam ser acusadas de incumprimento dos termos de uso das redes sociais e de outros espaços, pelo que aplicar a justiça apenas a uma delas não faria sentido.


Cobertura da população aumentou, sobretudo nos idosos, mas houve sobras nas farmácias...

Desde há dez anos vem aumentando em Portugal o número de pessoas vacinadas contra a gripe. Apesar de no ano passado terem sobrado mais de 250 mil doses, a reserva para a próxima época mantém-se num milhão e 600 mil.


A vacina contra a gripe sazonal, aquela que se instala entre Outubro e Abril e cujas características tem ligeiras variações em relação a anos anteriores, vai chegar na época de sempre. As autoridades de saúde afirmam que ela deve ser tomada pelas pessoas que se inscrevem nos grupos de risco (idosos e doentes crónicos, entre outros). E que o facto de uma nova gripe, a pandémica, estar também a chegar não desaconselha, pelo contrário, a sua toma. Ou seja, sobretudo os grupos de risco deverão vir a ser vacinados contra a gripe sazonal e também contra a nova gripe. Esta última esta já em testes.


Segundo Mário Carreira, médico de Saúde Pública e assessor do director-geral de Saúde, ainda é desconhecido se as duas vacinas podem ou não ser tomadas no mesmo dia.


Cabe todos os anos aos governos indicar um cálculo das necessidades em vacinas aos produtores. Estes não têm capacidade para garantir uma cobertura de toda a população mundial que carece de prevenção, mesmo só os de todos quantos a possam pagar. Isto deve--se ao facto, lembra Mário Carreira, de se recorrer à técnica de incubação de ovos de galinhas criadas em total assépsia (higiene total contra contaminações possíveis).


No que se refere à gripe "normal" da época passada, um inquérito da Comissão Especializada de Vacinas da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma) indica que o mercado português receberá este ano cerca de um milhão e 600 mil unidades.


Desta quantidade, ficaram sem venda quase 263 mil. Estas sobras poderão ser explicadas, de acordo com Mário Carreira, por esquecimento ou desleixo dos potenciais beneficiários ou ainda pela não-insistência dos médicos assistentes. Uma questão de iniciativa, apenas.


A faixa etária menos vacinada é a das crianças e adolescentes (5,7%). Na verdade, a Direcção-Geral de Saúde não inclui este grupo nas suas recomendações. Apenas serão justificadas vacinas se houver alguma doença crónica que possa ser agravada pela gripe. É isso que acontece em relação também aos adultos. As pessoas com mais de 65 anos têm recomendação generalizada para a imunização anual, mesmo que não tenham doenças crónicas, como problemas respiratórios e cardíacos ou ainda a diabetes.


Ainda estão por conhecer todas as linhas de recomendação das futuras vacinas contra a nova gripe no que se refere à cobertura da população infantil e juvenil. Até agora, as autoridades de saúde têm afirmado que para os grupos mais jovens só será recomendável caso haja outros problemas de saúde. E o facto de a nova variante do vírus A(H1N1) atingir sobretudo gente jovem não irá mudar muito este critério. Até porque, mais tarde ou mais cedo, as pessoas nascidas depois da década de 50 do século passado, ainda que estejam mais vulneráveis que as outras, terão alguma vez de "conviver" com o vírus. A OMS calcula que um terço da humanidade irá ser contagiada. Muitos dos que não tiverem a nova gripe na próxima época, tê-la-ão na de 2010-2011.


As duas gripes circulam em simultâneo e, quando elas se impuserem mais com a chegada do frio, vai ser difícil dizer qual é a culpada.


quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Cândido Barbosa triunfou na primeira etapa...

Prólogo decorreu no “coração de Lisboa”
e foi conquistado pelo ciclista da Palmeiras Resort-Prio-Tavira


Cândido Barbosa este ano ao serviço do Palmeiras Resort-Prio-Tavira, venceu ontem o prólogo da 71.a Volta a Portugal Lagos Sports, disputado na Avenida da Liberdade, em Lisboa, na distância de 2,4 quilómetros. O corredor pedalou à média de 49,091 Km/h, conquistando a camisola amarela, com a qual vai partir de Caldas da Rainha para a primeira etapa que termina em Castelo Branco na extensão de 228,7 Km.


Esta foi a décima vitória de Cândido Barbosa na actual temporada. À pergunta se entrou com o pé direito respondeu a gracejar que entrou com os dois ao mesmo tempo e que conseguiu surpreender-se. «Tinha intenção de fazer um bom tempo e fique bastante satisfeito. Aos 34 anos tenho de dar os parabéns ao meu motor e ao meu relógio porque afinal têm correspondido bem».
Foi em ambiente de caloroso entusiasmo que Cândido Barbosa envergou a camisola, símbolo do primeiro lugar, sob o olhar atento do Marquês de Pombal, que do alto do seu pedestal, com leonina companhia, acompanhou a corrida durante toda a tarde.


Na cerimónia do pódio, o apelidado “ciclista do povo” teve a companhia de Tiago Machado, líder da juventude, e a formação da Liberty Seguros, vencedora por equipas.


Filipe Cardoso (Liberty-Seguros) foi o segundo o classificado do prólogo com a diferença escassa de dez centésimos de segundo, enquanto o alemão Danilo Hondo (PSK) foi o terceiro com mais um segundo.


1.ª Etapa leva pelotão à Beira Interior
Após a primeira definição de valores no prólogo lisboeta, a caravana da Volta fará uma neutralização até Caldas da Rainha de onde partirá, esta quinta-feira, às 11h25, em direcção a Castelo Branco. Esta primeira etapa com chegada prevista para as 17h15 será a mais longa desta edição da 71.a Volta a Portugal Lagos Sports. Da região Oeste à capital da Beira Interior serão percorridos 228,7 Km considerados de média dificuldade.


Ciclista da Palmeiras Resort-Prio
Barbosa surpreendido
com triunfo no prólogo


O ciclista Cândido Barbosa (Palmeiras Resort-Prio) ficou surpreendido por ter conseguido entrar com “o pé direito” na 71.a Volta a Portugal em bicicleta, ao vencer o prólogo realizado em Lisboa.


«Não há melhor forma de iniciar a Volta a Portugal», admitiu o primeiro líder da prova, após somar a 23.ª vitória em etapas da prova, admitindo que a presente temporada lhe tem corrido na “perfeição”. Mesmo assim, o “Foguete da Rebordosa” mostrou-se surpreendido com a sua prestação, ao concluir o prólogo de 2,4 quilómetros, na Avenida da Liberdade, em 2.56 minutos, com «a direita a carregar e a esquerda a puxar», salientando que «não tinha como objectivo vencer o prólogo», apenas «tentar entrar com o pé direito». «Foi o suficiente para ser o mais rápido e para vencer... estou surpreendido comigo», frisou o corredor, justificando o esforço num “prólogo difícil” com a preparação das «primeiras dificuldades quando chegar a montanha».
Com o mesmo tempo de Barbosa (perdeu por escassos 10 centésimos de segundo), na segunda posição, concluiu a tirada Filipe Cardoso (Liberty Seguros), que ainda acreditou no triunfo, assegurando que o traçado lhe era favorável.


«Eu sabia que este tipo de corrida assentava muito bem às minhas características. Deixei todas as minhas forças em dois quilómetros e pouco, entretanto esperei para ver chegar os principais candidatos. A partir de certa altura comecei a ver o tempo de grandes ciclistas, que não conseguiam bater o que tinha feito, comecei a acreditar, mas, a certa altura, veio o Cândido Barbosa estragar-me a festa», referiu o corredor da formação da Charneca do Milharado.
O espanhol Hector Guerra, chefe de fila da Liberty Seguros, conseguiu o sétimo melhor tempo, a dois segundos do líder e a um de Danilo Hondo (PSK Whirlpool-Author), David Herrero (Xacobeo Galicia) e dos companheiros de equipa Manuel Cardoso e Ruben Plaza.


Classificações
Etapa e Geral individual
Cândido Barbosa (Palmeiras Resort-Prio) 2.56 minutos
Filipe Cardoso (Liberty Seguros) m.t.
Danilo Hondo (PSK Whirpool-Author) a 1 segundo
David Herrero (Xacobeo-Galicia) m.t.
Manuel Cardoso (Liberty Seguros) m.t.
Ruben Plaza (Liberty Seguros) m.t.
Hector Guerra (Liberty Seguros) a 2 segundos
Tiago Machado (Madeinox-Boavista) m.t.
Eloy Teruel (Contentpolis-AMPO) a 3 segundos
Hugo Sabido (LA-Rota dos Móveis) m.t.


Geral por equipas
Liberty Seguros 8.50 minutos
Palmeiras Resort-Prio a 7 segundos
PSK Whirlpool-Author a 12
LPR-Farnese a 14
Madeinox-Boavista a 17


Pontos
Cândido Barbosa (Palmeiras Resort-Prio) 10 pontos
Filipe Cardoso (Liberty Seguros) 8
Danilo Hondo (PSK Whirpool-Author) 6


Juventude
Tiago Machado (Madeinox-Boavista)
Samuel Caldeira (Palmerias Resort-Prio)
Mário Costa (Barbot-Siper)


Oficina de Viseu suspeita de falsificação...

Uma oficina de automóveis de Viseu foi ontem
fiscalizada pela Esquadra de Investigação Criminal da PSP por suspeita
de falsificação e viciação de viaturas. Ontem à tarde, uma dezena de agentes esteve na oficina onde recolheu diversas peças que se supõem ser fruto de carros roubados


A descoberta de um carro que tinha sido dado como roubado em Tomar e que acabou às peças numa oficina em Viseu levou a PSP a desmantelar o que se supõe ser uma oficina que se dedicava à falsificação e viciação de viaturas.


A polícia, após várias diligências efectuadas, conseguiu localizar o carro roubado na respectiva oficina e quando chegou ao local deparou-se já com a viatura em fase de desmantelamento.
"Estava desmanchada e cortadinha", contou ao nosso Jornal fonte policial.


Para o local foram enviados agentes da Esquadra de Investigação Criminal que recolheram toneladas de peças que pertencem a viaturas supostamente roubadas. Desde motores, a portas e até chapas de matrículas.


Fonte policial confirmou ao nosso Jornal que a oficina já estava há algum tempo sob suspeita.
A oficina localiza-se junto a uma estrada nacional, numa das entradas de Viseu, e o aparato policial não foi indiferente a quem passou por aquela via durante a tarde de ontem., já que vários elementos da Esquadra estavam armados a fazer segurança ao perímetro.


Disparou três tiros,,,

Um homem disparou uma caçadeira sobre um vizinho, sem motivo aparente, ontem, quarta-feira à tarde, no Torrão do Lameiro (Ovar). O incidente terminou com dois feridos ligeiros. Os moradores estão revoltados com o autor dos tiros.


"Vieste aqui para desgraçar a minha vida, andas metido com a minha mulher!" António Santos, 36 anos, comerciante, pais de três filhos menores, a morar há pouco mais de meio ano no Torrão do Lameiro (Ovar), nem queria acreditar no que ouvia. E nem teve tempo de responder. Ouviu logo um disparo de caçadeira quando ia a entrar no carro com a família.


Junto a um muro, um vizinho desempregado, de 34 anos, tentou alvejá-lo. António Santos conseguiu chegar a casa e deitar a mão a um pau, saindo de novo para junto dos filhos e a mulher. Ouviu mais dois tiros antes de se envolver em luta com o vizinho armado. Por sorte não foi atingido por nenhum deles.


O autor dos disparos, que a GNR identificou e cuja arma apreendeu por estar ilegal, foi ao Hospital da Feira receber tratamento a uma orelha ferida. António Santos foi mais tarde ao hospital de Ovar tratar-se a ferimentos ligeiros num braço.


"Ainda estou em choque com tudo isto". "Eu não conheço o senhor, nunca falei com ele, ia com a família para entrar no carro e ele estava atrás de um muro com uma caçadeira e disparou", disse ao JN. "A GNR até me disse que eu tive muita sorte em não ser atingido".


António Santos confessou o seu receio de amanhã a cena voltar a repetir-se. "As pessoas aqui estão revoltadas, porque parece que ele já teve problemas deste com muita gente, já não é a primeira vez".


Vinte e nove queixas apresentadas de uma vez só por uma bomba da área de serviço de Antuã...

Nos ultimos quatro meses, um posto de combustível da área de serviço de Antuã, na A1, em Estarreja, foi vítima de 29 condutores que abasteceram e não pagaram. Para o líder da ANAREC, o fénomeno já é um flagelo nacional.


As 29 queixas foram agora apresentadas de uma assentada na GNR, pelo responsável da Repsol na área de serviço do Antuã, que contabilizou o total dos prejuízos em cerca de mil euros. As situações reportadas pela gasolineira dizem respeito a abastecimentos cujo valor oscila entre os 15 e os 115 euros


"Para não estar a apresentar queixa sempre que acontece um caso, eles agora juntam uma série delas", explicou uma fonte da GNR. Por outro lado, prossegue, "enquanto antes não era apresentada queixa quando o montante dos abastecimentos era inferir a 25 euros, agora apresentam queixa de tudo", explica a mesma fonte da GNR.


Para o presidente da Associação Nacional dos Revendedores de Combustíveis (ANAREC), Virgílio Constantino, o caso da área de serviço do Antuã é uma mero exemplo do "flagelo" com que aqueles profissionais vivem.


"É uma praga que se acentua mais na Primavera e no Verão, quando há um maior tráfego", acrescentou. Apesar de não existir um levantamento do número de casos, o responsável pensa que "não há nenhum posto de combustível espalhado pelo país que não tenha tido já uma situação destas". "Eu próprio tenho ali um saco de plástico com 70 ou 80 casos desses", lembrou Virgílio Constantino.


As maiores vítimas do fenómeno, segundo o presidente da ANAREC, são os postos de combustíveis das áreas de serviço. "Oitenta por cento dos casos são viaturas que usam matrículas falsas, uma vezes carros roubados, outras vezes adquiridos em standes e depois alteradas para o efeito", afirma.


Para Constantino, não pagar um abastecimento de dez ou 20 euros "implica vender milhares de litros para se recuperar o que se perdeu". "É uma situação desgastante e que perturba", adiantou, frisando que há "um esforço crescente das forças de segurança para pôr cobro a estas situações,". "O Ministério da Administração Interna conhece as preocupações da ANAREC e temos reunidos várias vezes com o secretário de Estado José Magalhães. "As matrículas com chips poderiam ser uma solução, mas tem havido muitas resistências", esclarece.


Fechada na mala do carro...

Ana (nome fictício) foi abordada por cinco homens à porta de casa, em Sobreda, Almada, na madrugada de anteontem, terça-feira.


Tinha acabado de estacionar o carro e foi obrigada a entrar na bagageira da viatura dos estranhos. Pela sua percepção, esteve mais de meia hora presa na mala do automóvel que esteve sempre a circular.


Quando o carro finalmente parou, os indivíduos abriram a bagageira, revistaram-na, retiraram-lhe o cartão multibanco da carteira e obrigaram-na a divulgar o código secreto.


Entretanto, enquanto um dos suspeitos ficou com ela, molestando-a fisicamente e intimidando-a com uma arma de fogo, os outros dirigiram-se a uma caixa multibanco e realizaram levantamentos no valor total de 200 euros. Após o roubo, acabaram por abandonar Ana num local descampado, perto da Fonte da Telha, já no concelho do Seixal.


A jovem deu o alerta e em poucos minutos a PSP do Seixal estava à procura do automóvel suspeito no qual os cinco indivíduos se faziam transportar. Os agentes acabaram por localizar o veículo e encetaram uma perseguição. A alta velocidade o carro dos suspeitos acabou por se despistar. Os indivíduos tentaram fugir a pé e um deles ainda disparou contra os polícias. Em resposta, um dos suspeitos acabou por ser atingido numa perna, mas segundo fonte da PSP, tal não representou "risco de vida".


Três dos suspeitos, um dos quais com apenas 14 anos, foram detidos e serão hoje presentes a tribunal. Este grupo estaria já referenciado pelas autoridades e serão suspeitos de outros roubos do género na margem Sul do Tejo. Ao fecho desta edição prosseguiam as diligências para interceptar os restantes elementos do mesmo grupo.


Livro de Leonor Figueiredo publica lista inédita com mais de duas centenas de nomes ...

Quando buscava respostas para o desaparecimento do pai, em Angola, antes da independência, em 1975, Leonor Figueiredo descobriu que o mesmo tinha acontecido a mais de 250 portugueses e que outras centenas passaram por prisões clandestinas.


Queria respostas e mergulhou num rol de informações tidas como classificadas. "Não foi fácil", diz. Muitos documentos estavam selados, outros eram de consulta proibida e outros já nem existiam. Mas Leonor Figueiredo persistiu e dois anos de investigação culminaram agora com a publicação do livro "Ficheiros secretos da descolonização de Angola", com a chancela da Aletheia Editores. Um livro ouvido na primeira pessoa, onde se salientam os relatos vivos daqueles que passaram por prisões clandestinas em Angola, durante a descolonização e também de familiares que nunca mais puderam abraçar um ente querido, desaparecido.


A autora e jornalista apresenta ainda um documento inédito, obtido através do Ministério dos Negócios Estrangeiros, onde figuram 263 nomes de portugueses desaparecidos antes de Angola ser independente e outros 368 de portugueses raptados e presos durante esse período. "Como é que uma lista destas pode ser abafada durante tantos anos?", questiona, quem tentou chegar à fala com muitos daqueles que viveram encarcerados, presos pelo MPLA, mesmo antes de o país ser independente: "Muitos não conseguem falar do que se passou".


Leonor Figueiredo diz que o seu livro poderá ser a "ponta do iceberg" sobre um período da história contemporânea "muito mal contado". "Ainda há muitos ficheiros secretos para descobrir sobre a descolonização", afirma. Por isso, a investigação vai prosseguir, promete, até porque continua a buscar respostas para esclarecer o que terá, verdadeiramente, acontecido ao pai. E para isso pede ajuda a todos aqueles que quiserem partilhar as suas vivências naquele tempo e naquele lugar.


Estudo revela que pelo menos um em cada cinco computadores apresenta vulnerabilidades ...

O nível de segurança da Internet portuguesa é "perigoso", revela um estudo apresentado, ontem, quarta-feira, em Coimbra. Isso significa que, no mínimo, um em cada cinco computadores está vulnerável; e, no máximo, um em cada dois.


"Neste momento, estamos mais perto do máximo do que do mínimo", alerta o investigador Francisco Rente. Estes dados, tidos como "preocupantes", foram fornecidos pelo sistema informático NONIUS, desenvolvido pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, em conjunto com o Instituto Pedro Nunes.


O NONIUS - ao que se sabe, único no mundo - começou a ser pensado há cerca de dois anos. Com um duplo objectivo: produzir dados fidedignos, reveladores do nível de segurança da Internet portuguesa; e sensibilizar para a importância desta problemática. "O português comum não tem noção de que o seu computador pode ser usado para cometer crimes", exemplificou Francisco Rente, mentor do projecto e coordenador da equipa, ontem, em conferência de Imprensa.


O nível de segurança denominado "perigoso" - o segundo numa escala de quatro, só superado pelo "muito perigoso" e pelo "caótico" - é geral. Os sectores público e privado registam o mesmo grau de vulnerabilidade. Francisco Rente não tem dúvidas: "A Internet portuguesa tem grandes falhas", que podem afectar tanto o cidadão comum como as grandes instituições. Os últimos dados provam a existência de quase 66 mil vulnerabilidades.


"Se algo de verdadeiramente grave ainda não aconteceu, foi por uma questão de sorte", sustenta o investigador. E dá o exemplo da Geórgia, alvo de um ataque, em larga escala, às redes principais, que obrigou o país a desligar-se, totalmente, da Internet. "É fácil isso acontecer cá, se houver alguém com intenções de o fazer", conclui.


Mas que cenário "devastador" seria esse? Francisco Rente arrisca: "Cada vez há mais serviços do Estado totalmente assentes na Internet, como a Saúde ou a Justiça. Todos ficariam indisponíveis, se houvesse um ataque de dimensão semelhante ao da Geórgia". De acordo com o investigador, Portugal assistiu a uma expansão tecnológica assinalável, no último ano, e possui alguns sistemas de segurança; ainda assim, "precisa de muito mais do que existe actualmente".


Para chegar a estas conclusões, o NONIUS percorreu 4,5 milhões de endereços da Internet (IP) e domínios ".pt" de toda a rede nacional. "Em cada uma dessas moradas, fez testes não intrusivos, de acordo com a Lei", salvaguarda o mentor do projecto, Francisco Rente. Os testes incidem sobre dois tipos de vulnerabilidades: técnicas (ligadas, por exemplo, a problemas de configuração e a erros de implementação de "software") e de "malware" (os chamados "vírus" e "worms").


As fugas de informação estão entre os problemas mais comuns. "Se há uns cinco anos a pirataria informática era feita por jovens, para se afirmarem, hoje não. A criminalidade informática é altamente gratificante, financeiramente", sublinha Francisco Rente. Daí o número crescente de interessados em dedicar-se a estes crimes. E a necessidade reforçada de proteger a informação.


Existem, todavia, estratégias de defesa. O mentor do NONIUS, apostado em criar uma "onda de consciencialização" - mesmo reconhecendo o objectivo como algo "utópico" - aconselha, por exemplo, as empresas e instituições a apostar no recrutamento de quadros com conhecimentos de segurança da informação. "É preciso começar a ver isso como um requisito, e não como um extra supérfluo".


quarta-feira, 5 de agosto de 2009

A espera de decisões...

O percurso da 71.a edição da Volta a Portugal em bicicleta, que começa hoje em Lisboa, reserva as decisões para os dois últimos dias, com uma subida à Torre e um contra-relógio em Viseu.
Com 28,5 quilómetros de extensão e cinco por cento de inclinação média, a única ascensão verdadeiramente selectiva da corrida, entre Seia e o ponto mais alto de Portugal continental, vai eleger à nona etapa, e em definitivo, os candidatos à vitória na Volta, que este ano relega a Senhora da Graça para a primeira metade (5.a etapa).


A capacidade de recuperação do desgaste acumulado ao longo dos dias anteriores terá então um papel determinante para os pretendentes à sucessão do espanhol David Blanco, vencedor de 2006 e 2008, que depois do grande maciço terão ainda pela frente um “crono” de 30,8 quilómetros, a 16 de Agosto.


À semelhança do que sucedeu em 2007, com Xavier Tondo, e em 2003, com Nuno Ribeiro, o vencedor, que por vir anunciado de véspera, será confirmado nas ruas de Viseu, num percurso plano polvilhado de rotundas (30).


Embora os momentos decisivos dos 11 dias de corrida estejam previstos para o final, a Volta a Portugal apresenta um percurso de 1.601 quilómetros com diversos outros pontos de interesse, a começar pelo prólogo em Lisboa.


No regresso da capital ao mapa da prova rainha do ciclismo português, um original contra-relógio de 2,4 quilómetros desenhando na Av. da Liberdade vai estabelecer a primeira hierarquia. E além dos especialistas também os sprinters terão a palavra neste curto traçado, que desce e sobe a principal artéria da cidade.


Sem passar pelo Sul do país, os corredores enfrentam depois duas tiradas “planas”, a primeira a ligar Caldas da Rainha a Castelo Branco - a mais longa, com 228,7 quilómetros - e a segunda entre Idanha-a-Nova e a Guarda (175 km), com um final em circuito a prometer o registo de algumas diferenças na chegada (3.a categoria), onde haverá uma primeira passagem.
Na primeira abordagem à Serra da Estrela, a terceira etapa, entre o Fundão e Gouveia (164,3 km), oferece um teste aos trepadores, com a contagem de primeira categoria nas Penhas Douradas (16,8 km a 3,7%), mas, com os favoritos previsivelmente resguardados, as atenções concentram-se na chegada nas ruas empedradas de Gouveia (3.a categoria), igualmente com duas passagens na meta.


Emoções mais fortes esperam-se para a quinta etapa, que vai obrigar os favoritos a mostrar-se, entre Trancoso e o Alto de Nossa Senhora da Graça, em Mondim de Basto (158,1 km), com contagens de montanha de primeira categoria na Barragem no Alvão (9,3 km a 6,8 %) e na meta instalada no topo do incontornável Monte Farinha (8,3 km a 7,7 %).


Com os candidatos ao triunfo já concentrados no cimo da classificação, o pelotão goza um dia de descanso antes de enfrentar a segunda metade da corrida, com três etapas consagradas aos sprinters, a quinta (Felgueiras-Fafe, 184,6 km), a sétima (Póvoa de Varzim-São João da Madeira, 161,8 km) e a oitava (Gondomar-Aveiro, 166,1 km).


Pelo meio, a sexta etapa, com início em Barcelos e final no alto de Nossa Senhora da Assunção, em Santo Tirso (174,6 km), vai estabelecer as derradeiras diferenças na frente, antes de os candidatos enfrentarem a decisiva fase final.


Na penúltima tirada, a mais curta (154,6 km), regressam os terrenos mais acidentados. Partindo de Oliveira do Bairro, os ciclistas, já na Serra da Estrela, sobem ao alto do Carrazedo (9,7 km, a 6,8 %) antes da “escalada” à Torre, onde a meta coincide com contagem de montanha de categoria especial.


Quem falhar no maciço serrano dificilmente poderá recuperar no dia seguinte, em Viseu, na luta solitária contra o tempo.


Cápsula do tempo guarda "memórias"...

Tire uma fotografia, por exemplo, aos seus passos na rua que todos os dias percorre. Coloque a imagem numa cápsula do tempo e espere cinco anos. Depois abra a cápsula. Que memórias vai encontrar, que leitura vai fazer daquele preciso momento e daquele espaço cinco anos depois? Este é o desafio que a Projecto Património-Empório e a Associação Cultural Amarelo Silvestre lançam aos viseenses.


A partir de sábado e até dia 29 deste mês, as pessoas são convidadas a depositar no "baú das memórias" - que está na Empório - documentos de ou sobre Viseu actual. Pode ser um menu de restaurante, um bilhete de espectáculo, um panfleto, uma fotografia. Pode também ser um desenho, uma carta ou até mesmo uma lista de compras. Deve inscrever uma legenda sobre quem é e o que diz o documento de si. Deixe o seu objecto na cápsula do tempo para "maturação". Cinco anos depois, o baú será aberto e o conteúdo tornado público através de uma plataforma on- -line.


"Esta é uma iniciativa que pretende salvaguardar a existência de um determinado momento", explicou Rui Macário, da Empório. "Era uma ideia que andávamos a pensar há já algum tempo: ter a memória do quotidiano", disse, sublinhando que a iniciativa se justifica porque "as pequenas coisas estão- -se a perder".


"Queremos chamar a atenção para estas pequenas coisas, estes pequenos nadas que podem construir a memória", sublinhou.


Rui Macário, formado em História da Arte, pretende que este arquivo agora recolhido durante o mês de Agosto seja "ressuscitado" em 2014. "Em termos pessoais, preferia que esta primeira edição contivesse registos mais descritivos dos espaços da cidade", confessou. Como a iniciativa é para ser feita todos os anos, na próxima edição gostaria que fosse "mais dedicada às vivências".


A cápsula do tempo é "uma forma de renovar a cidade através dos registos da memória" resumiu, por seu lado, Fernando Giestas, da Associação Amarelo Silvestre.



A Gosto da Cidade
A cápsula do tempo é uma das iniciativas que está inserida numa programação mais alargada que a Amarelo Silvestre e a Empório têm programada para este mês. Intitulada A_Gosto da Cidade, as propostas pretendem levar os viseenses, e não só, a reflectir sobre Viseu. "Queremos pôr a cidade a reflectir, a falar sobre ela própria e que nós falemos dela, percorrendo-a também", explicou Fernando Giestas.


É nesse sentido que vão ser realizadas iniciativas (dia 29) como o piquenique no Parque Aquilino Ribeiro. "Vamos usufruir dos espaços da cidade e este é um deles. O verde conta muitas histórias que vamos descobrir", exemplificou.


Vai ainda haver percursos a pé e que partem à descoberta de espaços públicos e da "forma como nos relacionamos com eles". Assim, vai ser com a caminhada que vai partir do Parque, até ao Rossio, com passagem pela Rua da Paz, Rua dos Andrades, 4 Esquinas, Rua Formosa, Mercado 2 de Maio, Rua do Comércio e finalmente Praça D. Duarte. Aqui encontra-se a Casa da Boneca, uma das mais antigas do centro histórico. "Esta é uma casa com 50 anos e que tem muitas histórias. Os proprietários são eles próprios actores privilegiados da cidade e têm muito a dizer sobre ela", contou Fernando Giestas.


A caminhada irá depois continuar até à Empório, na Rua Silva Gaio, onde Vítor Tavares irá conversar sobre "não- -lugares".
"Todas estas actividades estão direccionadas para a partilha e para a discussão com quem faz e vê a cidade", concluiu Fernando Giestas.



À noite no Lugar
do Capitão
A noite do dia 29 vai continuar no Lugar do Capitão com a projecção multimédia das imagens de Não-Lugares de Vítor Tavares e que actualmente estão expostas no centro Português de Fotografia, no Porto. Ainda no Lugar do Capitão, e entre os dias 16 e 29, podem ser apreciadas instalações de José Crúzio. "Soundscape "from invisible cities" é, por exemplo, um dos projectos sonoros do artista que reflecte uma versão áudio de um quotidiano urbano.


Pedreiro ateou dois incêndios...

A Polícia Judiciária deteve o presumível autor de dois incêndios que eclodiram anteontem, segunda-feira, perto da serra da Boa Viagem, na Figueira da Foz. O homem, de 32 anos, já cumprira pena de prisão pelo mesmo crime.


As chamas na localidade de Saltadouro, num dos acessos à serra, fizeram-se anunciar a meio da tarde de segunda-feira, estavam bombeiros e elementos da PJ ocupados no rescaldo de outro fogo florestal, na freguesia de Brenha.


Havia dois novos focos de incêndio, "relativamente próximos", quase simultâneos, à beira da estrada, informou fonte da Directoria do Centro da PJ. Horas mais tarde, era detido o presumível autor destes e, possivelmente, de outros crimes de incêndio, ocorridos na mesma zona, neste e noutros anos, de acordo com a Judiciária de Coimbra.


O indivíduo, de 32 anos, pedreiro de profissão, casado e com uma filha, foi encontrado ali perto, em estado de embriaguez. Que, aliás, descreveu o suspeito um homem "com alguma perturbação" e "antecedentes de alcoolismo".


Mas os antecedentes criminais é que terão contribuído para a identificação e detenção do alegado incendiário, residente na zona da Figueira da Foz. Já havia sido condenado a quatro anos de cadeia, também por crime de incêndio. Cumprira metade da pena, saíra em liberdade condicional e encontrava-se, agora, em liberdade definitiva.


O indivíduo foi presente, ontem, ao Tribunal Judicial da Comarca da Figueira da Foz, tendo-lhe sido aplicada, como medida de coacção, a obrigação de permanência na habitação, com controlo de pulseira electrónica.


Os incêndios desta segunda-feira "colocaram em perigo bens patrimoniais de elevado valor, nomeadamente floresta e habitações", e "só não tiveram proporções de maior amplitude e gravidade pelo facto de terem sido combatidos de forma rápida e eficaz pelos Bombeiros, com envolvimento de meios aéreos", refere o comunicado de imprensa da PJ.


Fonte dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz já havia dito, que as chamas foram controladas em 15 minutos, dado o rápido desvio dos meios de Brenha para Saltadouro, na freguesia de Tavarede.


Condutor fica em liberdade após noite de transgressões na A5, em Cascais...

Um jovem de 29 anos foi detido duas vezes durante a madrugada de ontem, terça-feira, por conduzir alcoolizado e em contramão na Auto-estrada 5 que liga Lisboa a Cascais.


O indivíduo, que por mero acaso não chegou a provocar acidentes durante os quilómetros que percorreu em contramão, está em liberdade e vai aguardar por notificação das autoridades para comparecer depois em tribunal perante um juiz, para responder pelos crimes de condução perigosa e sob o efeito do álcool, além de desobediência à GNR.


Tudo aconteceu cerca das quatro horas e meia da madrugada de ontem, no sentido Lisboa-Cascais, quando funcionários da Brisa detectaram um automobilista em contramão perto de uma saída para S. Marcos. Alertados pela Brisa, os militares da Guarda avançaram em direcção à A5 com dois carros-patrulha, interceptando o jovem condutor, pouco tempo depois, junto à área de serviço de Oeiras.


"Estava visivelmente alcoolizado. Nem tinha a noção que estava a conduzir em contramão", revelou fonte da GNR, acrescentando que o condutor foi detido e conduzido ao Destacamento de Trânsito de Carcavelos, onde soprou o balão, acusando uma taxa de alcoolemia de 2,11 g/l.


Elaborado o expediente e depois de ter sido avisado pelas autoridades de que estava inibido de conduzir nas próximas 12 horas, o jovem foi libertado e deixado em Oeiras, onde tinha ficado estacionado o seu automóvel.


Ignorando as ordens da GNR, e assim que se afastaram os militares da Brigada de Trânsito, o jovem de 29 anos entrou no carro, sentou-se ao volante e entrou novamente na A5, desta vez não em contramão, mas ainda com uma elevada taxa de alcoolemia.


Obrigado novamente a encostar pela GNR, foi outra vez detido por desobediência e, desta vez, não voltou a sentar-se ao volante do carro, garantiu a mesma fonte da Guarda.


A condução sob o efeito do álcool protagonizada pelo jovem, ontem de madrugada na A5, é considerada crime no caso de as taxas de alcoolemia serem iguais ou superiores a 1,2 g/l. É punível com pena de prisão até um ano (ou multa até 120 dias), para além da inibição de conduzir por um período que pode oscilar entre os três meses e os três anos.


Fora da lei...

A PSP de Mirandela apreendeu 200 quilos de explosivos (goma), que se encontravam numa viatura ligeira de passageiros, da Câmara de Vinhais, e que, alegadamente, iriam ser utilizados em obras daquela autarquia.


Na sequência de uma operação da Brigada Anti-Crime (BAC) da Polícia de Segurança Pública (PSP) de Mirandela, efectuada ontem, cerca das 16.30 horas, no IP4, junto àquela cidade transmontana, foi interceptada uma viatura ligeira de passageiros, que ostentava o dístico da Câmara Municipal de Vinhais.


De acordo com fonte policial, o veículo transportava cerca de 200 quilos de explosivos e 250 metros de fio detonador e não tinha licença para o transporte deste material perigoso.


Os elementos da PSP detiveram ainda o condutor da viatura por não estar habilitado para o transporte deste tipo de mercadoria. Foi conduzido à esquadra de Mirandela, sendo constituído arguido e aguardando o desenrolar do processo em liberdade. Apesar de diversas tentativas, não foi possível obter declarações dos elementos ligados ao executivo da autarquia de Vinhais sobre este caso.


O material explosivo foi enviado para o paiol de Sortes (Bragança) e a viatura apreendida, um Peugeot, foi entregue ao Município de Vinhais como fiel depositário, aguardando que o Ministério Público proceda ao inquérito deste caso.


O transporte deste tipo de material perigoso necessita de uma licença específica, a emitir pelo Departamento de Armas e Explosivos da PSP. Também o condutor da respectiva viatura tem de estar habilitado para tal.


Até à última alteração da Lei das Armas, em Março passado, a simples posse e transporte de substâncias explosivas sem a obrigatória declaração e licença era punida apenas como contra-ordenação. Porém, com a nova legislação voltou a constituir crime, tal como era antes de 2006, data da primeira Lei das Armas.


Ainda que na maioria das situações, os explosivos sejam utilizados no âmbito da construção civil e em pedreiras, em causa nesta situação está a circulação deste tipo de material de características perigosas, bem como o controlo das sobras. A preocupação das autoridades é impedir que as substâncias explosivas tenham como destino o "mercado negro" para utilização em crimes violentos.


Parte do prémio não foi congelada...

Luís Ribeiro, o jovem de Barcelos que luta há meses contra a ex-namorada pela posse de um prémio de 15 milhões no Euromilhões, acusa o banco onde o dinheiro está congelado de se ter esquecido de cem mil euros.


Segue a polémica do ex-casal que disputa a posse de 15 milhões de euros de um primeiro prémio do Euromilhões, obtido em 2007.


Luís Ribeiro e o advogado apresentaram na sexta-feira um requerimento no Tribunal de Barcelos a indagar o porquê de o pacote de cem mil euros da Protecção de Poupança Investimento da ex-namorada, Cristina Simões, não ter sido congelado, ao contrário do que aconteceu com todas as contas em que foi depositada a verba milionária até haver decisão judicial.


O advogado Vasco Leal Cardoso diz que a Caixa de Crédito Agrícola (CCA) tem responsabilidade por não ter sinalizado a situação em 2008. "Foram congeladas todas as aplicações financeiras e as contas intra e interbancárias ligadas ao prémio. O pacote em questão é da companhia de seguros da CCA, a cinco anos, e feito com dinheiro do prémio antes de haver congelamento. Logo, estaremos perante um crime se Cristina mexeu, conscientemente ou não, em parte ou na totalidade da verba".


Tentou-se contactar o advogado de Cristina, mas Manuel Moreira dos Santos estava ausente e ninguém quis prestar esclarecimentos. O requerimento deu entrada como urgente, daí poder haver resposta durante as férias judiciais.


A defesa de Luís Ribeiro diz que só detectou os cem mil euros "a descoberto" no fim de Junho, quando finalmente teve acesso às contas do prémio, tuteladas por Luís, Cristina e os pais desta. O jovem também fez um pacote Protecção de Poupança Investimento, mas com cinco mil euros que lhe pertenciam, realçou Vasco Leal Cardoso.


No dia 20 de Novembro tem lugar a acção principal para aferir de quem são os 15 milhões. No boletim premiado de 19 de Janeiro de 2007, Luís apostou quatro euros e Cristina dois euros. Esta alega que a chave da sorte estava na sua parte, mas terá que o provar, tal como explicar se os números indicados não foram partilhados com Luís nem alvo de aposta comum. Do seu lado, o jovem argumenta que a aposta insere-se no perfil de uma sociedade irregular, devendo o ganho ser proporcional ao investimento. Mas Luís não pede dois terços da fortuna. Só metade. "Há coisas mais importantes do que a lei".


terça-feira, 4 de agosto de 2009

Autoridades detectam ligação com prostituição de luxo em Portugal...


Braga e a zona do Minho eram os destinos de muitas mulheres recrutadas no Brasil por três portugueses presos há semanas naquele país. As autoridades atacam, agora, as casas de prostituição e continuam a encontrar ilegais.


De acordo com informações recolhidas, a detenção, pela Polícia Federal do Brasil, do trio começou a ser preparada quando as autoridades efectuaram uma busca a uma casa arrendada por um português, do Porto, que vivia com uma brasileira.


Nessa ocasião, foi apreendido um computador portátil, cujo conteúdo forneceu indícios que apontaram para a existência de uma rede de "importação" de mulheres para trabalhar na prostituição e alterne em locais de diversão nocturna em Portugal.


Depois disso, foram detectadas, no aeroporto de Lisboa, duas brasileiras que pretendiam entrar em Portugal de forma ilegal. As mulheres tiveram de regressar a casa mas foram acompanhada de um português, cúmplice de outros dois que se encontravam em terras de Vera Cruz.


Foi então montada uma operação que levou à detenção daqueles portugueses, no passado dia 7 de Julho. Mediante os dados recolhidos no computador e a investigação entretanto desenvolvida, ficou então confirmado que os destinos das mulheres recrutadas passava por casas e locais de diversão nocturna de Braga e várias zonas do Minho. Aqueles indivíduos, oriundos do Porto e de Famalicão, ficaram em prisão preventiva. E um deles tentou, já na cadeia, o suicídio, através de corte de pulsos.


As autoridades portuguesas, incluindo PJ, já estão, entretanto, a par das actividades deste trio, bem como de eventuais ligações a outros suspeitos. Está referenciada a transferência de dinheiro para o Brasil.


Foi no contexto de investigações por crimes de tráfico de pessoas e lenocínio que o Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Braga desenvolveu buscas na Quinta de S. José, um solar de Palmeira, Braga, alegadamente adaptado a prostituição de luxo. As autoridades estão a par dos serviços de angariação de mulheres que têm como destino o Minho e também a constante alternância com bares na Galiza. Nas buscas efectuadas na madrugada de domingo foram identificadas várias mulheres brasileiras, 11 das quais receberam ordem de expulsão. Os quatro detidos (três mulheres e um homem) viram o Tribunal de Braga mandá-los em liberdade, com obrigatoriedade de apresentações quinzenais à polícia.


Portugueses sem médico de família...

A gestão das listas de espera não garante a universalidade no acesso e subiram as estatísticas dos utentes sem médico de família. A conclusão é do Tribunal de Contas, mas o Ministério da Saúde fala em "erros factuais".


O relatório de auditoria "Acesso aos Cuidados de Saúde do SNS - Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia - SIGIC" visou avaliar a aplicação de recomendações já feitas numa auditoria de 2006. E concluiu que há melhorias: diminuiu o número de pessoas à espera de serem operados e desceu o tempo de espera. "As recomendações foram, na sua maioria acolhidas", conclui o Tribunal de Contas (TC).


É justamente aí que se agarra o Ministério da Saúde (MS) para reagir ao documento. A avaliação, diz o gabinete de Ana Jorge, em comunicado, é "globalmente positiva". É, contudo, "insuficiente", calcula o Tribunal de Contas.


O relatório aponta críticas ao facto de haver doentes que são referenciados pelos centros de saúde directamente para unidades privadas e sociais que não constam do sistema de gestão de inscritos. A referenciação acontece por força de acordos e convenções celebradas entre estes sectores e o MS, mas não caem no sistema integrado de gestão de inscritos, o que, para o TC, não confere aos ditos doentes "os mesmos direitos e garantias". A universalidade e a equidade no acesso são ainda postas em causa pelas diferenças existentes entre regiões no que toca à acessibilidade aos cuidados primários e à interligação destes com as consultas hospitalares.


No que toca aos tempos de espera, o TC lamenta que, "apesar de o cumprimento dos tempos máximos" definidos em quatro níveis de prioridade atribuídos pelos médicos tenha sido "muito superior" face à auditoria anterior, o tempo razoável de espera tenha sido ultrapassado em cerca de 10% das cirurgias. E ainda havia, em Dezembro último, mais de 28 mil pessoas à espera de serem operadas há mais tempo do que o aceitável. É menos do que em 2006 (quase 70 mil), mas continua "preocupante".


Globalmente, o relatório saúda a redução da média e mediana de espera de dez e sete meses em 2006 para sete e seis, respectivamente, em 2008. Associada à redução do ritmo das novas entradas na lista, deu-se um aumento de 13% na actividade cirúrgica.


Mas a crítica mais contundente do relatório do TC diz respeito à evolução da cobertura da população com médicos de família. O acesso aos cuidados primários revela "constrangimentos", dizem os relatores, considerando que ainda não se notam resultados da reforma que criou unidades de saúde familiar (USF) e agrupamentos de centros de saúde.


Em números: os médicos de família eram, em Dezembro passado, menos 11,3% do que em 2006. Mas os utentes inscritos eram mais 4,1%. E os que não têm médico atribuído, conclui o TC, são mais 27%: chegam a 1.474.532. É nestas contas que o MS reage com mais veemência. Além de lembrar que tem apostado no aumento da formação médica , o gabinete de Ana Jorge recorda que as 195 USF já a funcionar deram médico a 240 mil pessoas. E aponta "vários erros factuais" nas contas do TC.


O relatório aponta 11.243.065 inscritos no Serviço Nacional de Saúde, "o que ultrapassa em mais de 800 mil o número de habitantes", lê-se no comunicado do MS. Que faz as suas próprias contas: se, como diz o TC, havia 9.634 mil portugueses com médico em 2006, contra 9.827 mil em 2008, há um aumento da cobertura. Os dados do TC, insiste o MS, "não têm em conta as limpezas às bases de dados que têm vindo a ser efectuadas".

Sector não financeiro aumentou o emprego e reduziu prazos de pagamento a fornecedores...

O sector empresarial do Estado registou um prejuízo de 1,031 mil milhões de euros em 2008. A pressionar as contas públicas estiveram as variações negativas das participações da Parpública e os resultados da TAP.


De acordo com relatório anual do sector empresarial do Estado divulgado ontem pelo Ministério das Finanças, as contas das empresas públicas registaram um agravamento dos prejuízos em 643 milhões de euros face ao ano anterior.


A contribuir para a deterioração dos resultados esteve o alargamento do universo do sector empresarial do Estado, que passou a integrar novos hospitais-empresas, os resultados negativos da TAP e a desvalorização da carteira de participações da Parpública, que teve um prejuízo de 133 milhões de euros.


A dívida total do sector situa-se nos 21 mil milhões de euros, na sua maioria à custa do sector ferroviário, e o esforço financeiro do Estado com as empresas públicas não financeiras aumentou 26%, em 2008, para 811 milhões de euros.


Para Costa Pina, secretário de Estado do Tesouro e Finanças, esse aumento é explicado pelas compensações com os prejuízos que as empresas incorrem com a prestação de serviços públicos.


Quanto ao peso do sector na economia, aumentou de 4,1% para 4,8% do PIB, um acréscimo justificado pela inclusão de novas entidades no sector da saúde. Segundo o governante, as 84 empresas presentes no relatório tiveram, em 2008, uma gestão anti-cíclica que lhes permitiu melhorar o desempenho operacional.


As empresas não financeiras aumentaram o emprego em 1% e reduziram o prazo médio de pagamento a fornecedores em 21 dias. As mesmas empresas alcançaram melhorias dos resultados operacionais, que aumentaram 38,6%.


No que diz respeito às financeiras, Carlos Pina sublinhou o "excelente desempenho" da Caixa Geral de Depósitos ao nível da remuneração accionista, tendo no período 2005-2008 distribuído o dobro do valor em dividendo, face ao valor dos aumentos de capital. "Em tempos de instabilidade dos mercados financeiros, a CGD tem vindo a consolidar a sua posição de pilar de solidez no sistema financeiro, não só em Portugal, mas internacionalmente", afirmou o secretário de Estado.


Ainda na banca, Costa Pina destacou as melhorias de desempenho do BPN após a sua nacionalização, que viu a sua carteira de clientes crescer 10,7% para 292 mil clientes. No entanto, o representante do Ministério das Finanças avançou que o Governo ainda não decidiu qual a solução de privatização para o BPN. A decisão será tomada ainda nesta legislatura, mas a venda transita para o próximo Executivo. "Estamos ainda a trabalhar nos aspectos técnicos necessários para que possa haver uma tomada de decisão", concluiu.


Doente que teve alta por estar em "situação muito favorável" será seguida em ambulatório ...

O oftalmologista Miguel Burnier Júnior, do Hospital Royal Victoria, em Montreal, é esperado amanhã, quarta-feira, em Santa Maria e deverá efectuar algum tipo de intervenção. "Não viria do Canadá só para analisar os casos", foi dito ontem.


O convite partiu do serviço de Oftalmologia do Hospital de Santa Maria (HSM) e Miguel Noel Nascentes Burnier Júnior, docente titular da especialidade na Universidade McGill, do Hospital Royal Victoria, chegará amanhã a Lisboa "para ajudar" a equipa clínica a tentar encontrar uma solução para os cinco doentes ainda internados.


O comunicado ontem emitido mencionava que o perito brasileiro - cuja área de investigação incide sobre a biologia molecular aplicada à fisiopatologia dos processos expansivos oculares - virá a Portugal "para apreciar com a equipa clínica do HSM a evolução" dos casos.


Ontem à tarde, fonte do gabinete de Imprensa disse que o especialista é esperado para fazer algo mais. "Não viria do Canadá apenas para analisar os exames". Até porque o médico já terá tido acesso - através de envio electrónico - à documentação relativa à situação clínica dos seis intervencionados a 17 de Julho.


A mesma fonte deu a entender que o médico poderá intervir nos três casos ainda com prognóstico reservado, em que os doentes continuam sem qualquer capacidade visual.


Há uma semana, o HSM revelou que dois dos seis doentes que ficaram cegos poderiam recuperar a visão, tendo três deles prognóstico reservado e um desfecho ainda incerto, por a situação clínica se ter agravado.


O Hospital tenciona estar dois dias sem prestar esclarecimentos, admitindo realizar depois de amanhã (dia 6) uma conferência de Imprensa, com a presença do especialista.


Ontem, teve alta médica a primeira paciente dos seis que dia 17 foram inoculados com o que deveria ser Avastin. Porque a doente pediu "sigilo absoluto", o HSM não revelou a sua identidade nem a que horas abandonou a unidade hospitalar.


O JN soube por um familiar de outro doente ter sido Maria José, a única paciente não diabética e que continuará a ser vigiada, devendo ser vista todos os dias em regime de ambulatório.


"A evolução clínica positiva registada nos últimos dias permitirá que hoje seja dada alta do internamento a uma das doentes", anunciava o relatório de ontem.


O comunicado de ontem adianta que esta foi uma das doentes intervencionadas no dia 25 de Julho e sobre a qual pende "a convicção de uma possível recuperação funcional".


"Se já sai é porque já existe uma situação muito favorável", reforçou depois o director do serviço de Oftalmologia, Monteiro Grilo.


Na passada quinta-feira, Maria das Dores Monteiro, de 53 anos, viúva, que tinha sido injectada nos dois olhos, foi a única paciente a comunicar aos jornalistas que tinha recuperado a visão.


Já Valter Bom, de 47 anos, que também foi operado a ambas as vistas, continua sem melhoras, segundo afirmou ontem a mulher, Goreti Lago Bom.


Américo Palhota e Maria Antónia Martins são outros dois doentes em estado clínico estacionário, além de um outro de 54 anos, cujo nome não foi divulgado.


Autoridades recomendam a federações e ligas normas idênticas às das empresas. Jogos não serão cancelados...

Delegados das organizações desportivas nacionais ouviram ontem, segunda-feira, das autoridades de Saúde "recomendações idênticas" às dirigidas a empresas e população sobre prevenção da nova gripe. Tudo passa por lavar as mãos.


"Não há nenhum risco acrescido" para praticantes e espectadores de modalidades desportivas, assegurou ontem o secretário de Estado da Saúde no final de uma sessão de esclarecimento técnico sobre o vírus A(H1N1), que teve lugar no Centro de Medicina Desportiva de Lisboa. Esta foi a mensagem que também o director-geral de Saúde ali transmitiu aos representantes de ligas, federações e outras organizações de desporto. As recomendações são idênticas às feitas a empresas actuando noutros sectores de actividade: promover planos de contingência (o que algumas federações já fizeram) e insistir nas normas de higiene individual, como a lavagem frequente das mãos, reforçando dispositivos que a facilitem, e admitindo a distribuição de antisépticos. Estar atento a sintomas de gripe é outro dos conselhos a praticantes e adeptos, num momento em que as autoridades sanitárias querem retardar a expansão dos contágios. Francisco Ramos, o secretário de Estado da Saúde, lembrou que "não sabemos as semanas em que haverá pico da gripe", mas que ele existirá. Ainda assim, descartou a hipótese de uma suspensão de jogos desportivos, uma situação que já ocorreu no México e na Argentina.


O secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Laurentino Dias, que foi o anfitrião deste encontro, afiançou que todas as estruturas representativas das actividades desportivas estiverem representadas. Um dos aspectos que mais dúvidas suscitaram disse respeito a eventuais riscos de contágio em aglomerados de pessoas.


À mesma hora deste encontro em Lisboa, Hermínio Loureiro anunciava, ontem, no Porto, uma parceria entre a Liga de Clubes e os Hospitais Privados de Portugal (HPP), de forma a poder ser dada uma resposta clara, por parte do futebol, a um eventual surto da gripe pandémica em Portugal.


Vai ser elaborado um "plano de contingência" que prevê o accionamento de contacto com a Liga que, de imediato, informará um responsável clínico. Este indicará as medidas a adoptar.


Hermínio Loureiro explicou que avançou sem o Ministério da Saúde porque, embora tivesse pedido uma audiência, no dia 8 de Julho, ela só foi marcada para ontem, dia do anúncio do acordo com os HPP. Rejeitou, também, o cenário pessimista de eventual paralisação dos campeonatos: "Não criemos cenários negros, nem alarmismos. Importa, antes de tudo, prevenir."


Dois jogadores juniores, do Benfica, e um sénior do Olhanense - Gomis voltou ontem aos treinos -, tiveram gripe e três casos foram também detectados nos Jogos da Lusofonia.


Guia das termas do Centro...


O Balneário Rainha D. Amélia foi o cenário escolhido pelos responsáveis do Turismo Centro de Portugal para apresentarem a brochura Saúde e Bem-Estar, uma forma de promoverem as 15 termas da região Centro do país.


"Este guia é o primeiro passo de muitos outros que vão promover um produto de eleição a nível nacional e internacional e galvanizar os operadores deste negócio", defendeu Adriano Azevedo do Turismo Centro de Portugal. O guia dá a conhecer as termas de Castelo Branco/Naturtejo, Coimbra, Ria de Aveiro e Viseu/Dão Lafões, e integra informação essencial para quem quer passar algum tempo numa destas instâncias termais.


Para Adriano Azevedo, as termas são um produto "muito transversal, porque não só beneficia os próprios gestores, como também gera muito negócio à economia regional, à hotelaria e à restauração". Assim, o próximo passo do Turismo do Centro é apostar na internacionalização do produto através de uma agência turística de promoção no mercado internacional. "Estão a ser feitos esforços nesta área para que se possam canalizar fluxos de turistas para experimentarem as termas durante 3 a 5 dias", adiantou.


As termas do Centro congregam 60 por cento dos termalistas a nível nacional, sendo um produto que, segundo Jorge Loureiro, da Comissão Executiva do Turismo Centro de Portugal, "não tem só dimensão em número, mas em qualidade e massa crítica para fazer a sua internacionalização".


Jorge Loureiro considerou que o Turismo do Centro está em "excelentes condições para dar visibilidade a este produto" e para fazer "deste um grande negócio da região de turismo" e uma alavanca "importante para esta região".


Por sua vez, Adriano Azevedo congratulou-se pelo facto de as instâncias termais terem sido reconhecidas, a nível nacional, e espera que a Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) dê primazia a este produto de forma a promover também o interior do país. "A BTL é a porta de saída para um ano em cheio para este produto como esperamos que seja", concluiu.


O guia de Saúde e Bem-Estar está disponível, a partir de hoje, nos postos de turismo, na internet, nas autarquias, em feiras e exposições. Esta brochura de 38 páginas junta-se ao guia das Praias Fluviais e Oceânicas, estratégias do Turismo Centro de Portugal para promover os diversos produtos da região.


segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Pai denuncia alegado abusador...

Um homem a viver num bairro social de Gondomar terá, alegadamente, tentado abusar de uma jovem, de 16 anos, quando esta regressava a casa.


A família está indignada e, ontem, domingo, apresentou queixa no posto da GNR de Gondomar. "A minha filha já foi ao hospital receber tratamento. Como estava muito nervosa e em estado de choque, deram-lhe calmantes", disse, o pai da rapariga.


Segundo a mesma fonte, os factos tiveram lugar na passada sexta-feira, quando a filha foi ao posto médico local. No regresso, o alegado abusador ofereceu boleia à menor. Porém, a meio caminho entre o posto médico e a residência, terá tentado levar a rapariga para um local isolado e longe da habitação. Perante a resistência oferecida, o homem desistiu dos seus intentos e fugiu. "O vizinho veio para cá há cerca de um ano viver. Toda a gente o conhece. Foi a Câmara de Gondomar que lhe deu a casa. Estou revoltado e irei até ao fim. A vida dele está por um fio. Antes quero ser preso do que vir para aqui uma pessoa deste calibre. O caso foi entregue às autoridades. Espero que façam as investigações necessárias e levem à Justiça quem tentou fazer semelhante acto", comentou.


Entretanto, o confirmou - se que a queixa foi apresentada na GNR de Gondomar. "Só temos uma versão do caso. Nada mais. O assunto será avaliado e caso existam provas mais consistentes, seguirá os trâmites normais", disse uma fonte da GNR.


População trava assaltantes ...

Populares da freguesia de Castelões, Penafiel, detiveram ontem, domingo, de manhã um casal de nacionalidade romena que, momentos antes, terá assaltado uma casa. A população recuperou um cordão, uma pulseira e um anel de ouro.


Maria Adelaide Soares encontrava-se nas traseiras da casa, na Rua de Rodas, a preparar o almoço, cerca das 11.30 horas. Esperava o filho para almoçar, quando um vizinho, por mera curiosidade, lhe chamou a atenção que a nora acabava de entrar em casa. "A minha nora?... Não podia ser, porque vinha com o meu filho", recorda Maria Adelaide.


Num instante, o vizinho apercebeu-se que a rapariga desatou a correr, acompanhada por um rapaz, pela rua abaixo. Maria Adelaide correu para dentro de casa, entrou no quarto e deu pela falta dos objectos de ouro.


Apressadamente, a mulher deslocou-se ao café mais próximo, na rua principal da freguesia, pedindo auxílio e contando o que se passou. O alarme geral foi dado. O filho de Adelaide chegou entretanto e vários familiares e amigos seguiram as pegadas dos dois intrusos, que foram detidos já na Rua da Saudade, a cerca de 500 metros.


O homem, de 26 anos, recusava assumir a responsabilidade do furto, enquanto a rapariga, com apenas 13 anos, tentou fugir, vindo a ser detida, mais adiante, por um outro popular.


A multidão juntou-se toda, e a rapariga acabou por confessar que tinha as peças de ouro e ainda um frasco de perfume escondidos, junto a um muro, à beira da estrada.


Luís Moreira, comerciante, vizinho de Adelaide, seguiu os passos do casal. "Estava dentro de casa e apercebi-me que chegou um Ford Escort, azul. Trazia seis pessoas lá dentro e, mesmo nas traseiras de minha casa, largou o casal", recorda.


Pouco depois, Luís ficou a saber que a casa da vizinha tinha sido assaltada. "Peguei no meu carro e com outras pessoas fomos em cima deles. Ainda barramos o caminho ao Ford, mas enquanto um outro carro fazia a manobra para os travar ali, eles fugiram", lembra.


A rapariga e o rapaz tinham fugido a pé. "Ela ainda foi a uma mercearia pedir para telefonar, de certo que era para chamar os colegas e fugirem, mas a dona da mercearia recusou-lhe o telefone, e ainda bem", conta Luís Moreira.


A população cercou as principais ruas da freguesia e conseguiu encontrar o casal já próximo do cemitério da localidade. "Um dos muitos homens que ali estavam deitou a mão ao pescoço do romeno que queria bater nas pessoas, mas foi agarrado por muita gente", explicou Carlos Teixeira, marido de Adelaide.


Na Rua da Saudade, onde se deu a detenção, mora um agente da PSP que, alertado pelo barulho, interveio e apaziguou os ânimos da multidão revoltada.


A GNR foi chamada e o casal foi levado para o posto de Penafiel. "O mesmo casal andou aqui a rondar a freguesia e preparava-se para assaltar mais casas", afirma Maria Adelaide Soares, visivelmente nervosa com o sucedido.


"A rapariga entrou no quarto e demorou muito pouco tempo a sair, levando as peças. Graças a Deus recuperámos tudo", desabafa Maria Adelaide Soares.


GNR acaba com prostituição de luxo...

GNR acaba com prostituição de luxo na quinta de S. José
Quinta de S. José foi alvo de uma rusga

O Núcleo de Investigação Criminal (NIC), da GNR de Braga, numa acção conjunta com o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e com a Inspecção de Finanças detiveram, na madrugada de ontem, 21 pessoas, numa quinta dos arredores de Braga, onde alegadamente funcionava uma casa de alterne de luxo.


Tratou-se do cumprimento de um mandado judicial de busca destinado a verificar a existência de favorecimento da prostituição (lenocínio), entre outras infracções.


A quinta solar de S. José, em Palmeira, Braga, está referenciada desde há anos, tendo sido alvo de três buscas. Numa das ocasiões foi mesmo encerrada pela GNR, mas o processo acabou arquivado, porque a Câmara referenciou o solar como residência e não como espaço comercial.


Na acção de ontem, iniciada à uma hora da madrugada e concluída às 5.30 horas, foram também identificados 23 indivíduos que ali se encontravam e que posteriormente serão inquiridos na qualidade de testemunhas. O local encontrava-se vigiado com câmaras e a entrada é constantemente controlada por um porteiro, o que exigiu uma acção determinada dos agentes. De resto, o porteiro não estava devidamente licenciado.


Dos detidos, 17 são mulheres de nacionalidade brasileira, 11 das quais foram notificadas pelo SEF, por se encontrarem em situação ilegal no país, para abandonar o território nacional.


Os inspectores das Finanças encontraram matéria que pode indiciar fuga ao Fisco e os elementos da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) apreenderam material, por não respeitar os direitos de autor. Participaram 22 elementos da GNR, dois inspectores de Finanças, cinco elementos da ASAE. Apenas quatro dos detidos serão hoje levados a tribunal.


Condutor e passageiros de minibus são naturais da zona da Guarda...

O homem que morreu ao volante do minibus acidentado sábado em França, numa viagem com destino a Portugal, fazia este tipo de viagens há 20 anos, disse à Lusa o presidente da Junta da Freguesia onde residia.


O presidente da Junta de Freguesia de Alfaiates, Francisco Baltazar, adiantou que o homem, de 63 anos, «já fazia este tipo de viagem [entre França e Portugal e vice-versa] há cerca de 20 anos, era um profissional da causa que nunca tinha tido qualquer tipo de problema» na estrada, referiu Francisco Baltazar.


Ainda de acordo com o presidente da Junta, o condutor era «uma pessoa conceituada» na terra, daí que, com a sua morte, «toda a gente esteja transtornada».
O autarca também referiu que familiares se deslocam hoje para França para tratarem do processo relacionado com o transporte do corpo para Portugal. O acidente ocorrido sábado em França, na auto-estrada A20, entre Paris e Province, na região de Limoges, provocou quatro mortos e cinco feridos, portugueses, todos residentes naquele país, excepto o condutor que era residente no concelho do Sabugal.


Os portugueses dirigiam-se para Portugal, para as localidades de Gonçalo (Guarda) e Vale de Espinho (Sabugal). No acidente morreu, também, um condutor holandês, cuja viatura foi abalroada pelo minibus e feriu a mulher e um filho.


O presidente da Junta de Freguesia de Gonçalo, Pedro Pires, disse que seis dos passageiros, incluindo uma das vítimas mortais (um homem), eram naturais da Freguesia e encontravam-se «há muito tempo em França».


«Entre todos eles existe um grau de parentesco», disse, salientando que o falecido viajava com a mulher e uma neta, acompanhados por outro casal natural da terra e uma senhora. Para além do condutor da viatura, é também natural do concelho do Sabugal, Freguesia de Vale de Espinho, um casal que faleceu no mesmo acidente.


O Andanças esta na cidade de Sao Pedro do Sul...

Em São Pedro do Sul arranca, hoje, com mais uma edição do Andanças, um Festival que reúne diferentes danças do mundo e onde miúdos e graúdos são convidados a aprender cada ritmo. Em entrevista ao D V, A A,
do Turismo Dão Lafões,
destacou a multiplicidade de actividades que o Festival tem para oferecer às mais de 40 mil pessoas que irão passar pela aldeia de Carvalhais, até dia 9 #


(DV) - Qual a importância do Andanças para São Pedro do Sul e para a re-
gião?


(AA) - É uma importância demasiadamente grande, porque o Festival é internacional, é conhecido por muitos milhares de pessoas e dá a São Pedro do Sul notoriedade nacional e também além-fronteiras. Os eventos são a grande mola de visibilidade que estas terras têm quando organizam bem determinados acontecimentos, como é o caso. O Festival Andanças já vai na 14.ª edição e tem tido um crescimento sustentável, quer a nível de público quer a nível de diversidade de propostas culturais, artísticas, musicais, quer também a nível do impacto económico na região. Este caminho tem sido feito sempre com muita determinação, muita vontade por parte das parcerias que são constituídas, mas com a convicção de que o Festival tem de ser auto-sustentável e tem de ter um crescimento muito gradual, sem grandes altos e baixos.


DV - Quais as novidades para este ano?


AA - Este ano instalámos mais um conjunto de novos equipamentos, dando melhores condições aos participantes, na área do campismo, nas propostas de actividades e num conjunto de outros espaços melhor ordenados do que em anos anteriores. Vamos fazer o aproveitamento dos recursos endógenos, ou seja, o reaproveitamento de águas, o aquecimento através da energia solar e os fornos solares. O recinto sofreu algumas alterações, para melhor. Introduzimos água quente em, praticamente, todos os 200 e tal chuveiros que estão permanentemente abertos. A água dos chuveiros é reaproveitada nos wc's e há uma diminuição substancial no consumo de água. Em relação aos wc's aumentámos também a capacidade, neste momento, estamos quase a atingir os 200. O parque de campismo foi vedado e ampliado, criando mais área e mais espaços para os participantes.


DV - Que actividades se vão desenvolver paralelamente ao Festival?


AA - Além de termos a creche permanentemente aberta para crianças até aos três anos com educadoras, temos também o espaço criança para jovens e para outro público, para que os pais possam usufruir das múltiplas actividades que decorrem, não só no espaço do Festival, como noutros locais do concelho. Os andamentos que decorrem na serra, este ano com o festival da vitela de lafões, nos dia 7,8 e 9. O Andanças é descentralizado por algumas aldeias do concelho, em que os grupos englobam a comunidade local dessas aldeias e, este ano, tem uma componente mais específica que é a promoção da vitela de Lafões. Existem ainda outras propostas: os concertos na igreja, alguns seminários sobre vários temas e visitas guiadas a vários pontos da serra. Vai ser inaugurada uma escultura homenageando Carvalhais como aldeia global, exactamente numa das rotundas do recinto do Festival Andanças. Essa escultura simboliza uma aldeia aberta ao mundo.


DV - Este ano, qual é o tema do Festival?


AA - Tem um tema bastante controverso: o silêncio, que é, à partida, uma contradição. O slogan vai ser: Escuta a voz do silêncio. Um festival que tem música, muitos workshops, muita intervenção, muita animação aposta neste tema, exactamente para as pessoas perceberem que, mesmo em espaços de ruído ou de música, pode-se escutar o silêncio. E, se calhar, escutando o silêncio estamos a escutar devidamente a música, estamos a ouvir o próximo. Este tema vai ser objecto de tratamento durante o Festival, com muitas imagens, poemas e citações alusivas à temática. É um tema que vai ter a sua plenitude no desfile do dia nove com um conjunto de carro alegóricos e algumas coreografias que também têm que ver com a temática em si.


DV - O que destaca do Festival Andanças?


AA - O Festival é diferente de todos os outros. É feito por voluntários, este ano há mil voluntários que estão a trabalhar, por turnos de quatro horas, e é um Festival em que as pessoas vão para participar e para aprender. Não é um Festival para espectadores. As propostas são múltiplas, as pessoas hão-de, muitas vezes, ter de optar por um concerto na igreja, ou um passeio à serra, uma palestra, um baile ou um workshop, que são muitos também. Temos actividades para crianças: ouvir histórias à fogueira com contadores que vêm da Argentina, do Chile, da França, actividades desportivas e radicais para os jovens, a biblioteca e as diversas oficinas.


DV - Para quem não conhece o Festival, como é que o apresenta?


AA - É um Festival que procura interagir com as pessoas, procura desinibi-las, porque são convidadas a quebrarem alguns preconceitos, seja no campo da dança, da música ou da participação. Não há comercialização em termos publicitários, nenhuma empresa apoia o Festival, é completamente auto-sustentável. Terá alguns apoios institucionais: da Câmara, da Junta de Freguesia, do Ministério da Cultura, da CCDRC [Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro], do turismo.
Não há ninguém que pense ganhar dinheiro com o Festival, se ele tiver que dar algum dinheiro é para melhorar alguma coisa no ano seguinte.