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So faltam meses, dias, horas, minutos, e segundos para o ano 2012

Madeleine

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Radio Viseu Cidade Viriato

sábado, 18 de julho de 2009

Viseu continua a 'arder'...

Três fogos lavravam hoje sem controlo perto das 17:00, nos concelhos de Castro Daire (Distrito de Viseu), Seixal (Setúbal) e Castelo de Paiva (Aveiro), estando mais de 400 homens no terreno, apoiados por meios aéreos, segundo a Protecção Civil.


A Autoridade Nacional de Protecção Civil deu como controlado pelas 16:40 um quarto fogo activo, que deflagrou perto das 15:24 em Manhouce, concelho de São Pedro do Sul (Viseu).


Por controlar continua o incêndio que lavra desde sexta-feira no Pavil, Seixal, numa altura em que estão 184 bombeiros e um helicóptero bombardeiro pesado Kamov envolvidos no combate às chamas, além de 56 veículos.


Depois de vários reacendimentos (cerca das 14:50), foram accionados dois grupos de reforço do Distrito de Lisboa e o Comandante de Operações Distrital está já no local.


Em Bustelo, concelho de Castro Daire (Viseu) o incêndio no mato que lavra desde as 13:49 tem duas frentes activas, de acordo com a Protecção Civil.


Cerca de 69 homens estão no local, entre bombeiros e sapadores florestais, e foi também encaminhado um helicóptero Kamov.


Perto das 15:44 no Lugar do Gidinho, concelho de Castelo de Paiva (Aveiro), deflagrou outro incêndio em eucaliptal, também por circunscrever.


O combate às chamas envolve 142 bombeiros, 20 sapadores florestais e 31 veículos, além de dois aviões bombardeiros pesados Canadair.


"Apertar o cerco"...

SEF recusa  60 por cento  dos pedidos de legalização

Associações dizem que as autoridades estão a "apertar o cerco" aos irregulares. SEF contrapõe com os 30 mil trabalhadores legalizados, apesar de recusar mais de metade dos pedidos que entraram em 2009,


Os imigrantes queixam-se de que, ultimamente, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SE) está a dificultar a concessão dos títulos de residência. E que são mais os que recebem a notificação para sair do País do que a marcação da entrevista. O SEF nega, sublinhando que os números falam por si e que concederam mais de 30 mil autorizações com a nova lei. Mas mais de metade dos 4629 pedidos que entraram em 2009 foram recusados.


"Há um conjunto de factores que dificultam a obtenção e a renovação da autorização de residência. Muita gente ocorre ao artigo 88 [pedido de residência a título excepcional como tábua de salvação e, depois, é-lhes negado o visto por não preencher as condições, nomeadamente os meios de subsistência", explica André Costa Jorge, presidente do Serviço de Jesuítas aos Refugiados (SJR). E o resultado "é que o artigo 88 acaba por ser um registo de irregulares. O SEF é talvez a única polícia da Europa a ter uma base de dados de irregulares".


Desde finais de 2007, entraram 71 362 processos para regularizar a situação ao abrigo do artigo 88. Actualmente, a inscrição online já ultrapassou os 80 mil. Entre os que se inscreveram, foram aceites 60%, mas só 42% concluíram o processo. E os dados deste ano demonstram que há menos requerimentos aceites na primeira triagem, 37% dos pedidos (ver quadro). Os 2901 (63%) recusados receberam logo uma notificação para abandonar o País.


"As notificações são o pão nosso de cada dia. O SEF, em vez de encaminhar as pessoas para a legalidade, é um dos motores dessa ilegalidade", acusa Paulo Mendes, coordenador da Plataforma das Associações de Imigrantes.


"O SEF não 'apertou o cerco' como provam os números de cidadãos legalizados", respondem os responsáveis da polícia às acusações. E esclarecem que, "face à análise sumária dos dados fornecidos pelos próprios interessados, constata-se que não se encontram sequer preenchidos os requisitos essenciais para que se inicie um procedimento concreto".


Gustavo Behr, presidente da Casa do Brasil, contrapõe que se as pessoas se inscrevem para obter a regularização através do artigo 88 é porque "preenchem os requisitos e, como tal, deveriam ser todos regu- larizados". É esta a principal reivindicação das associações de apoio aos imigrantes traduzida em manifestações e em colóquios.


"O SEF está a aplicar a lei? Penso que sim", diz Pergunta André Jorge". Mas, sublinha, "os imigrantes são mais vulneráveis à actual crise. Mais facilmente perdem o emprego e, uma vez numa situação de desemprego, é maior o risco de ficarem irregulares face à lei. E a lei também tem uma margem para atender a estas situações".


E nem o facto de o Governo ter diminuído de 400 para 200 euros o rendimento mensal exigido para a renovação do visto é suficiente, já que, explicam os dirigentes associativos, muitas vezes, não têm acesso ao subsídio. O SJR tem tido um aumento de pedidos de apoio, facto que se agravou desde o início do ano.


O cenario de pandemia aponta para 8700 mortos ...

Pior cenário de pandemia aponta para 8700 mortos

É o "pior dos piores" cenários: 8700 mortos devido à gripe A em Portugal. Por isso, deve ser encarado sem dramatismos, dizem os especialistas, lembrando que a gripe comum mata quase duas mil pessoas todos os anos. É que este vírus tem-se mostrado até mais benigno que o da gripe sazonal. Ontem, apareceram 10 novos casos no País, num total de 122 desde de Maio.


No pior cenário, a gripe A pode matar até 8700 pessoas em Portugal. A estimativa - feita tendo em conta que o vírus pode afectar até 25% da população portuguesa e causar a morte a 0,35% dos doentes - usa as mesmas bases que levaram o responsável pela Saúde no Reino Unido a declarar que podem morrer 65 mil britânicos devido à nova gripe.


"Tendo em conta as indicações internacionais, que dizem que o H1N1 pode afectar 25% da população europeia, olhando para o nosso País e usando a taxa de letalidade do vírus da última gripe sazonal, chegamos aos 8700", explica a epidemiologista Cristina Furtado.


Mas há cenários menos alarmantes. A gripe A tem-se revelado mais benigna do que a gripe comum, que todos os anos mata em Portugal quase duas mil pessoas. Assim, mesmo que 2, 5 milhões de portugueses fiquem doentes, num cenário com uma taxa de letalidade de 0,1%, ocorrerão cerca de 2500 mortes, acrescenta a especialista do Instituto Ricardo Jorge. Ou seja, pouco mais do que as que ocorrem todos os anos devido à gripe sazonal. Em 2008, por exemplo, morreram 1900 pessoas, mas há anos bem piores: o Plano de Contingência Nacional do Sector da Saúde para a Pandemia de Gripe refere que em 2003 a mortalidade anual por gripe ou causas associadas chegou aos 3822.


"Sabemos que vamos ter mais casos de gripe este ano, porque é vírus novo e ninguém tem protecções contra ele. Logo, podemos ter mais mortos. Mas é preciso encarar estes números sem drama", diz a consultora do Ministério da Saúde. Até porque, "como estamos em alerta para este novo vírus, a vigilância é maior, e é provável que haja mais pessoas a serem diagnosticadas e tratadas" a tempo.


A sub-directora-geral da Saúde Graça Freitas, que prefere não falar de previsões, explica que estas estimativas se referem "ao pior dos piores cenários"- "o que não é expectável que aconteça, muito menos em Portugal" onde se tem conseguido gerir melhor o contágio.


"As previsões oficiais que temos são as que estão publicadas", acrescenta Graça Freitas, referindo-se ao estudo feito pelo Instituto Ricardo Jorge, em 2005, com estimativas para a possível pandemia de gripe das aves. Mas segundo esse estudo, num cenário em que 25% da população fosse afectada, morreriam ainda mais pessoas: 12 665. No entanto, Graça Freitas salienta que esse trabalho foi feito para um vírus mais mortífero.


Todas estas estimativas supõem que 25% da população será afectada - o cenário em que trabalha o Ministério da Saúde. Se se conseguir atrasar a propagação da pandemia até à chegada da vacina, o cenário pode ser ainda mais favorável. Ou seja, se apenas 5% da população ficar doente e se a taxa de letalidade for de 0,1%, teremos 500 mortos - cerca de um quarto do que mata a gripe sazonal.


A planeamento actual para a pandemia tem de considerar todos os cenários possíveis porque ainda há muito a descobrir sobre este vírus. Liam Donaldson, o responsável inglês que ontem admitiu a possibilidade de o Reino Unido ter 65 000 mortos, lembrava que não é possível dar uma estimativa precisa da mortalidade deste vírus "porque não sabemos o suficiente".


Em Espanha, onde já morreram quatro pessoas devido à gripe A, o Ministério da Saúde disse esperar pelo menos oito mil mortos este Inverno, tantos como os que a gripe sazonal causa todos os anos.


Também a ministra da Saúde portuguesa tem desdramatizado os números: Ana Jorge disse esta semana que a grande maioria (94%) dos casos de gripe A só vai precisar de ficar em casa e de medicamentos para baixar a febre para se curar. Ontem, foram confirmadas mais dez infecções pelo vírus H1N1, todas importadas, elevando para 121 o total de casos registados no País, desde o início de Maio. Segundo o Ministério da Saúde, nove destes doentes têm menos de 22 anos.


Segundo o Centro de Análise da Resposta Social à Gripe Pandémica, nas próximas semanas deverá passar-se da actual etapa A, designada por "investigar e atrasar a epidemia" para uma etapa B, denominada "dificultar a transmissão e mitigar os seus efeitos".


Quatro anos de prisao para um crime como este e pouco...

Juízes classificam Bairro da Pasteleira, Porto, como "faroeste" e determinam penas efectivas por "crime bárbaro".


Três jovens residentes no Bairro da Pasteleira, Porto, passarão entre quatro anos e quatro anos e nove meses na cadeia por acto atroz: roubaram um vizinho, amarraram-no a uma árvore e queimaram-no com um colete em chamas.


Na madrugada de 2 de Agosto de 2007, Manuel Almeida, 42 anos, foi abordado por cinco indivíduos. "Olha ele!", disseram-lhe, em tom ameaçador. Tentou fugir, mas foi perseguido, agarrado e levado à força para junto da capela do Bairro da Pasteleira.


No local, um dos arguidos começou por arrancar-lhe o fio em ouro do pescoço, roubando-lhe, também, das calças, uma nota de cinco euros.


De seguida, o mesmo indivíduo que lhe retirou os bens rasgou-lhe a "t-shirt", incendiou-a com um isqueiro e arremessou-a contra o pescoço e o tronco da vítima, cujos gritos de dor e pânico mereceram a indiferença dos outros envolvidos. Não satisfeito, o agressor foi ao carro buscar uma corda e um colete reflector, dizendo aos comparsas para amarrarem o homem a uma árvore. De seguida, o grupo ateou fogo ao colete e encostaram-no várias vezes ao tronco nu do visado, causando queimaduras.


No final, os indivíduos retiraram-lhe as sapatilhas, que também chamuscaram, e deixaram-no amarrado à árvore, a sofrer. Só uma hora depois conseguiu libertar-se, pelos próprios meios. Refugiou-se em casa.


As agressões repetiram-se duas vezes, noutros locais, em Setembro e Novembro. Até ao momento em que três dos seis indivíduos foram identificados e detidos pela PJ. A vítima, entretanto, foi internada no Hospital Magalhães Lemos, por problemas nervosos.


Estes factos custaram aos três arguidos, com idades entre 20 e 25 anos, penas de prisão efectiva entre quatro anos e quatro anos e nove meses, por crimes de roubo, sequestro e ofensas corporais.


Maria José Matos, presidente do colectivo de juízes da 4.ª Vara Criminal do Porto, salientou que os factos demonstram uma "anormal frieza pelo sofrimento alheio".


"Em alguns bairros há sinais alarmantes de quase estado de sítio onde não chega a força policial de giro e é necessária a força policial de intervenção", disse a magistrada, numa audiência em que familiares dos arguidos chegaram a manifestar-se e estiveram prestes a ser expulsos. Outros choraram na sala de audiências.


"Este é dos casos mais bárbaros que nos últimos anos passaram pelas Varas Criminais do Porto. Não se pode despertar sentimentos na comunidade propícios a repetições", argumentou. Por isso, não há suspensão de penas. Neste bairro, "há um clima de faroeste", sublinhou.


Os três arguidos - dois deles beneficiários de rendimento social de inserção e o terceiro agora a trabalhar em Inglaterra - foram condenados a pagar à vítima 15 mil euros por danos morais. E ainda a quantia que Manuel Almeida tenha de gastar em operações plásticas para recuperar das queimaduras. Os condenados permanecem em liberdade. Haverá recurso da decisão.


Na Zona Centro o desemprego aumentou 25.6%...


O desemprego disparou, no último ano, mas as várias regiões reagem de maneira diferente. A falta de trabalho sente-se, sobretudo, na fronteira com a Galiza e na zona dos móveis, cortiça, cerâmica e turismo. Já em Bragança, o desemprego baixou.


Primeiro as más notícias, as dos concelhos onde, em Maio (últimos dados disponíveis), estavam registadas nos centros de emprego mais pessoas à procura de trabalho do que um ano antes. Olhando só para as regiões onde o desemprego aumentou mais do que 50%, várias zonas problemáticas saltam à vista.


Começando pelo Norte, os concelhos de Cerveira, Paredes de Coura, Valença, Monção e Melgaço formam um cordão na fronteira minhota com a Galiza que agora sofre com a crise galega. Por duas vias, diz António Marques, presidente da Associação Industrial do Minho (AIMinho): primeiro muitas empresas desta região fornecem uma fábrica automóvel espanhola, a PSA, que, como todo o sector automóvel, atravessa tempos difíceis; e segundo porque, como a própria Galiza está em recessão, as suas empresas estão a reduzir investimentos e, mesmo, a fechar as unidades que tinham em Portugal.


Já no Porto fica patente o resultado prático de ter sido o distrito com mais falências no primeiro semestre: mais 50%, num total de meio milhar de encerramentos. Falências significam desemprego e, olhando de perto, vê-se que os concelhos mais atingidos são Paços de Ferreira, Paredes e Lousada, a prova de que a indústria do mobiliário atravessa tempos negros. O sector está numa crise profunda com raízes antigas, já que a maioria das empresas (muito pequenas e sem marca própria) não estava preparada para concorrer com cadeias como o Ikea. Agora, a crise económica vem agravar ainda mais o problema.


Um pouco mais a Sul, mas ainda na Região Norte, outra cintura industrial atirada para tons de vermelho: Santa Maria da Feira, S. João da Madeira e Oliveira de Azeméis, sítios de cortiça, de moldes e de calçado. Na cortiça, só este ano já duas empresas com cerca de 150 trabalhadores fecharam portas ou pediram protecção aos tribunais. E por cada empresa grande com problemas, muitas mais pequenas haverá, de acordo Joaquim Lima, da associação sectorial, Apcor. "Há três ou quatro anos apareceram os primeiros sinais de redução da procura de rolhas de cortiça e, desde o final do ano passado, o consumo de vinho também caiu", pelo que as fábricas perderam ainda mais clientes.


Seguindo em direcção à capital, surgem a Marinha Grande, Pombal, Figueiró dos Vinhos, Alvaiázere, Ourém, Batalha e Porto de Mós. São concelhos industrializados, de vidro e metalurgia, que fecham um anel em torno de Leiria, que escapou por pouco à cor vermelha, já que viu o desemprego subir "apenas" 43% num ano.


Rafael Campos Pereira, secretário-geral da AIMMAP, a associação da metalurgia, reconhece a diminuição das encomendas nas empresas do sector, mas assegura não haver um "aumento significativo" de encerramentos. Nas empresas maiores, há, isso sim, "denúncias de contratos a termo". Já nas mais pequenas, muitas a trabalhar como subcontratadas para as maiores, Campos Pereira admite a existência de "alguns despedimentos".


Boas notícias vindas de Bragança


É do nordeste do país que vêm as melhores notícias no que toca ao desemprego. É o lado positivo de se ser uma região pouco industrializada, admite Rui Vaz, presidente do Nerba, o Núcleo Empresarial de Bragança. Só quatro dos doze concelhos tinham, em Maio, mais desempregados do que um ano antes. Rui Vaz mostrou-se surpreso com os dados, que atribuiu também ao espírito “de persistência e trabalho” dos transmontanos. Além disso, a maioria das pessoas trabalha nos serviços ou na agricultura, sectores menos afectados pela crise actual do que a indústria e, portanto, menos gerados de desemprego.


Além de Bragança, duas zonas no Centro também têm manchas verdes: uma em torno de Sernancelhe e Penedono e outra em Arganil e Vila Nova de Ródão (o concelho onde o número de desempregados mais baixou, 26%).


Nos concelhos da zona de Lisboa, não houve casos de descida do desemprego e só em Ourém o aumento ficou acima dos 50%.


sexta-feira, 17 de julho de 2009

Não há grupos de risco para a Sida...

"Não há razões" para excluir qualquer grupo de pessoas da doação de sangue, defende o Coordenador Nacional para a Infecção VIH/Sida.


"Enquanto grupo, os homossexuais têm prevalência mais alta de algumas infecções, nomeadamente de hepatite. Isso é um facto. Mas não podem atacar as pessoas por grupos, por segmentos, mas apenas ver individualmente se têm comportamentos de risco. Isso acontece entre hetero e homossexuais", realçou à Agência Lusa Monteiro Barros.


O Ministério da Saúde admitium, em resposta a uma pergunta do deputado João Semedo (BE), datada de 13 de Julho, excluir dadores de sangue masculinos que declarem relações homossexuais, mas o Coordenador Nacional para a Infecção VIH/Sida frisa que não há razões para a discriminação.


Monteiro de Barros concorda com o que chama o princípio da precaução, mas em relação a comportamentos de risco e não a grupos de risco.


"Não se pode dizer que o facto de haver análises ao sangue doado torna as transfusões 100 por cento seguras, até porque fazemos apenas as análises que conhecemos. Mas não é aceitável que se discrimine um grupo, como os homossexuais", sustenta.


O último relatório da Coordenação Nacional para a Infecção por VIH/Sida, relativo ao ano de 2008, refere terem sido recebidas no Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge notificações de 2668 casos de infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH), nos vários estádios, dos quais 1201 (45 por cento) diagnosticados nesse ano.


Dos casos notificados em 2008 (num total de 1201), a categoria de transmissão "heterossexual" representou mais de metade (57,6 por cento), a transmissão associada à toxicodependência representou 21,9 por cento do total notificado e os casos homo/bissexuais apenas 16,8 por cento.


Mais 10 casos de Gripe A em Portugal nas últimas 24 horas...

Mais dez infecções pelo vírus da Gripe A (H1N1), todas importadas, foram confirmadas nas últimas 24 horas, elevando para 121 o total de casos registados em Portugal.


Segundo o Governo, quatro dos doentes estão internados no Hospital de Dona Estefânia, em Lisboa: um jovem de 16 anos e um adolescente de 14 anos, ambos regressados de Londres, uma adolescente de 13 anos, proveniente de Ibiza, e um adolescente de 11 anos, vindo de Palma de Maiorca.


Um homem de 18 anos, que chegou de Ibiza, está referenciado para o Hospital Curry Cabral, em Lisboa.


Um adolescente de 12 anos, regressado de Londres, está internado no Hospital Pediátrico de Coimbra e um homem de 21 anos, proveniente de Palma de Maiorca, está referenciado para os Hospitais da Universidade de Coimbra.


No Hospital de São João, no Porto, estão internadas duas crianças, um menino de 6 anos, proveniente do Reino Unido, e uma menina de 12 anos, que regressou do Brasil.


Referenciada para a mesma unidade de saúde está uma mulher de 57 anos, proveniente dos Estados Unidos.


Desde o início de Maio, registaram-se 121 casos em Portugal.


"O surgimento de casos de transmissão secundária e o aumento de casos importados eram previsíveis pelas autoridades de saúde pública, tendo em conta a evolução natural da epidemia. Não há, por isso, qualquer razão para alarme, mas sim para uma atenção redobrada", acrescenta o gabinete da ministra Ana Jorge.


Música inédita de Michael Jackson - ouve aqui,,,

O site TMZ divulgou esta quinta-feira um excerto do que afirma ser uma das novas músicas que Michael Jackson provavelmente se preparava para lançar. Desconhece-se quando a terá gravado.

A nova música intitula-se «A Place with No Name» e tem uma sonoridade que é marcadamente ao estilo do «Rei da Pop». Segundo refere o site, esta é muito similar ao tema «A Horse with No Name», lançada pelo grupo America, em 1971.

Ouve aqui a música link externo

Jim Morey, manager da banda na altura autorizou Jackson, há vários anos, a utilizar o tema, apesar de haver alterações. Jim Morey foi também manager de Michael Jackson no final dos anos 80 e princípio dos 90.

«A banda sentiu-se honrada por Michael Jackson ter escolhido a música e esperam que esta fique disponível para que os fãs do cantor a possam ouvir», disse ao TMZ.

Obama tenta a sua sorte...

Barack Obama, presidente dos Estados Unidos da América, foi uma das figuras do All-Star Game de basebol, em Saint Louis. O político marcou presença na cerimónia e atirou a primeira bola da noite, mas não convenceu os adeptos.


Com o braço esquerdo, Obama procurou apresentar os resultados práticos dos treinos realizados nos dias anteriores ao encontro, nos jardins da Casa Branca, mas a bola saiu com pouca força.


De qualquer forma, o presidente dos Estados Unidos não escondeu o seu orgulho por participar no evento, admitindo ser um fanático dos Chicado White Sox.


Veja o vídeo:

Morre esquecida dentro de carro...

Um menino de três anos morreu dentro de um carro, provavelmente vítima do calor, esquecido pela mãe. O caso aconteceu na localidade espanhola de Leioa, no País Basco.


De acordo com o jornal «El País», a mãe terá saído de casa com intenção de levar a filho para o jardim de infância, mas foi directamente para o trabalho.


Por volta das duas horas da tarde (menos uma em Portugal continental), a mulher deparou-se com a criança já sem vida dentro do veículo, alertando as autoridades médicas, que nada puderam fazer.


A mulher foi detida pela polícia basca, acusada de homicídio por negligência, e posteriormente libertada, devendo aguardar o julgamento em liberdade.


Subiram por conduta para apagar fogo...

Subiram por conduta para apagar fogo
Fogo causou pânico nos moradores dos prédios vizinhos

Auto-escada dos sapadores está avariada. Metade do prédio teve de ser evacuado.


Um incêndio num 13º andar, em plena cidade de Braga, deflagrou, ontem, quinta-feira e, apesar de não ter feito vítimas, causou pânico nos vizinhos e nos moradores dos prédios vizinhos. Na altura do fogo, não estava ninguém em casa.


Os andares inferiores, até ao sexto piso, foram evacuados por precaução e a saída foi feita de forma ordeira e sem qualquer pânico dos moradores que, no entanto, se mantinham apreensivos enquanto viam labaredas a saírem pelas janelas do último andar e o aparato dos bombeiros.


Os bombeiros, que têm a auto-escada avariada, beneficiaram do facto das condutas secas estarem a funcionar em pleno para um combate rápido e eficaz ao fogo. Aliás, segundo um elemento ligado à Protecção Civil, "a auto-escada, mesmo a funcionar, não serviria de nada, uma vez que não chegava ao topo do edifício". Um dos veículos também teve um problema eléctrico na altura da bombagem da água, mas a sua substituição foi rápida.


Alguns estilhaços da pastilha de revestimento do prédio e da caixilharia em alumínio das janelas foram projectados com o calor e provocaram alguns danos nas viaturas estacionadas.


No local, estiveram os sapadores de Braga, com duas viaturas e 18 homens; os bombeiros das Taipas, com cinco homens e uma viatura; e cinco homens e um carro dos voluntários de Braga.


O alarme foi dado por volta das nove e meia, quando um incêndio no 13º andar do número 32 da Rua Feliciano Ramos levou ao accionamento de duas viaturas dos sapadores de Braga e 18 homens. O fogo que terá começado num dos quartos, foi dado por extinto por volta das onze e meia. Três quartos ficaram completamente destruídos e a cozinha e a sala ficaram afectadas pelo calor e pela água. O único ser vivo no apartamento aquando o incêndio, um gato, tinha paradeiro desconhecido.


Segundo informações do vereador da Protecção Civil, Carlos Malaínho, aparentemente, a estrutura do andar não foi afectada bem como os apartamentos vizinhos. No entanto, nos próximos dias, uma equipa técnica vai-se dirigir ao local para fazer o levantamento mais minucioso dos danos. "O edifício será alvo de vistoria para apurar se a água afectou a estrutura do prédio", afirmou o vereador da Protecção Civil.


Portugal tem os alimentos e os hotéis mais baratos da Zona Euro. ..

Portugal tem os alimentos e os hotéis mais baratos da Zona Euro. Em contrapartida, também tem o nível de riqueza por pessoa mais baixo. A excepção são os carros, que estão entre os mais caros dos 16 países da moeda única.


O Eurostat não leva em linha de conta o nível de vida das pessoas. Por exemplo, um espanhol paga pouco mais pelo vestuário do que um português, mas, como o seu nível de rendimentos é bastante mais alto, o produto parece-lhe mais barato.


Mas olhando só para o preço que vem na etiqueta, Portugal é o quarto mais barato da Zona Euro. E por duas razões, avançou Paulo Vaz, secretário-geral da Associação Têxtil de Portugal: o país também produz vestuário e basta não ter que gastar dinheiro com transportes para conseguir colocar produtos no mercado a bom preço; e, em segundo lugar, a dificuldade em vender faz com que as lojas baixem ao máximo os preços, para atrair clientela.


Mas, em dois tipos de produtos, os preços portugueses são mesmo os mais baixos da União Europeia: na alimentação e bebidas não alcoólicas e na hotelaria e restauração. Vítor Neto, presidente da Associação Empresarial do Algarve e ele próprio um empresário da hotelaria, descreve como Portugal não tem sabido atrair novos turistas. Depois de um salto grande aquando da Expo 98, por exemplo, o país estabilizou nos 12 milhões de visitantes por ano.


O facto de a procura de hotéis ter estagnado (ou, até, descido, como sucedeu na primeira metade do ano) não cria um ambiente propício a preços mais altos.


Só na Dinamarca e na Irlanda os automóveis são mais caros do que em Portugal e, nesses países, os salários são bem mais altos. Portugal tem a riqueza (por habitante) mais baixa da Zona Euro, mas isso não impede que os carros tenham o terceiro preço mais alto. Tudo por causa do fisco.


Hélder Pedro, secretário-geral da Associação do Comércio Automóvel, disse ainda estar pendente em Bruxelas uma queixa contra o Estado português, que cobra IVA sobre o valor do carro e também sobre o imposto de matrícula - um imposto em cima de outro que encarece o preço final.


Além disso, lembra que Cavaco Silva ainda não promulgou a legislação que aumenta o subsídio de abate e baixa para oito anos a idade dos carros que o podem receber. Já o pedido de redução por dois anos do imposto de circulação (o antigo selo do carro) para veículos novos está sem resposta.


quinta-feira, 16 de julho de 2009

A mulher que deu à luz tarde de mais...

Esta andaluza tornou-se célebre em todo o mundo por ter sido, em 2006, a mãe mais velha de sempre: aos 67 anos, deu à luz dois gémeos, Pau e Christian. Morreu agora, vítima de cancro.


Foi notícia em 29 de Dezembro de 2006, ao ser a mulher mais velha do mundo a tornar-se mãe. Tinha então 67 anos e as fotos dela com os gémeos que deu à luz correram mundo. Carmen Bousada, uma andaluza de Cádis, recorreu a todos os expedientes para ser mãe: mentiu, falsificou documentos, submeteu-se a um prolongado tratamento clínico para retomar a menstruação, interrompida década e meia antes. Voou para Los Angeles, onde lhe implantaram óvulos fecundados com espermatozóides de dois dadores anónimos no Centro de Fertilidade Pacífico. O médico que a atendeu, Vicken Sahakian, lamentaria depois ter sido enganado - logo ele, que jurara não atender mulheres solteiras com mais de 55 anos. Acima dessa idade, qualquer gravidez é de altíssimo risco. Com uma agravante suplementar: um filho resultante desse parto fica com uma mãe com idade para ser sua avó ou mesmo bisavó.


Aplaudida e criticada, Carmen seguiu em frente. Aos jornalistas, justificou aquele passo tão tardio por anteriormente ter a incumbência de cuidar a tempo inteiro da mãe, falecida em 2005, aos 101 anos. Foi, aliás, o dinheiro recebido por herança que lhe permitiu materializar o sonho de conceber um filho. Nunca imaginou que viriam dois em vez de um. O título de mãe mais velha do globo foi dela por pouco tempo: logo surgiu outra mulher ainda mais velha, na Índia, a dar à luz. A ciência vai superando os seus próprios limites, suscitando de caminho cada vez mais dúvidas no plano ético...


Os genes favoreciam-na, aparentemente. Mas o destino, como homens e mulheres bem sabem desde o início do mundo, é muito caprichoso: meses depois do parto, diagnosticaram-lhe um cancro. Carmen Bousada de Lara morreu a 11 de Julho. Os gémeos, Pau e Christian, têm 30 meses.



Mulher de Tony Blair sob suspeita de ter Gripe A...

Cherie Blair, mulher do ex-primeiro-ministro britânico, Tony Blair, está sob suspeita de ter contraído o vírus da Gripe A.


Média ingleses reportam que a senhora cancelou uma série de eventos públicos, por suspeita de ter contraido a Gripe A, e está sobre observação médica.


Segundoa "SkyNews", Tony Blair e os filhos "não contrairam" a doença. "A senhora Blair tomou Tamifulu e foi aconselhada a descansar", avança aquele canal de televisão britânico.


"Espera-se que recupere até à próxima semana, altura em que deixará de constituir risco de contágio", avança o jornal "The Sun". Segundo aquele tablóide, o gabinete do ex-primeiro-ministro escusou-se a comentar a notícia.


A notícia surge no dia em que foi confirmada a morte de mais uma pessoa, vítima da Gripe A. Segundo os média britânicos, é uma turista, com “várias complicações de saúde”, que faleceu na Escócia, elevando para 29 o número de vítimas mortais no Reino Unido.


45 milhões de euros para comprar 3 milhões de vacinas contra a Gripe A...

Governo aprovou hoje, quinta-feira, uma verba de 45 milhões de euros para aquisição de três milhões de vacinas contra a Gripe A, correspondentes a seis milhões de doses, que deverão estar disponíveis até Janeiro.


A resolução foi apresentada pela ministra da Saúde no final do Conselho de Ministros.


"Vamos poder ter capacidade de vacinar gratuitamente todos os grupos considerados de risco, numa altura em que as vacinas já estejam disponíveis para serem utilizadas", declarou Ana Jorge.


A ministra da Saúde adiantou que, "com segurança", as vacinas só estarão disponíveis em Dezembro ou só no início do Janeiro".


"Não sabemos ainda exactamente quando estarão concluídos todos os procedimentos de produção das vacinas, assim como os ensaios clínicos necessários para que seja ministrada em condições de segurança", justificou.


Interrogada sobre os custos totais da operação de combate à Gripe A, a ministra da Saúde não apresentou uma estimativa, apenas adiantando que "vai custar algum dinheiro".


"Teremos de tomar em linha de conta o aumento dos consumos de outros medicamentos, o reforço das equipas e de outros suportes para administração das vacinas. Estamos neste momento a fazer um cálculo aproximado em termos de reforço", disse.


Ana Jorge fez depois questão de frisar que, por recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), "as vacinas vão ser dadas gratuitamente a todas as pessoas, que terão de fazer duas doses".


"Estes três milhões de vacinas vão contemplar todos os grupos de risco e ainda uma margem para poder haver vacinação para outros grupos que forem necessários vacinar. Não haverá necessidade de fazer a vacinação a toda a população, porque é considerado que este grupo é suficiente para conter a propagação da epidemia", sustentou a ministra da Saúde.


Anuncia domingo candidatura à Câmara de Viseu...

Fernando Ruas apresenta domingo a sua candidatura à Câmara Municipal de Viseu. O actual presidente da autarquia recandidata-se para um cargo que já ocupa há 20 anos. O autarca é um dos nomes fortes do PSD e prepara-se para abraçar o sexto e último mandato que pode fazer na autarquia viseense.


A cerimónia está marcada para o Hotel Grão Vasco e o momento servirá apenas para anunciar a sua candidatura. Fernando Ruas tinha adiantado que iria anunciar oficialmente a sua candidatura juntamente com os nomes dos 34 presidentes das juntas de freguesia, deixando a certeza, no entanto, que só mais tarde avançará com os nomes da lista que o irá colocar a sufrágio a 11 de Outubro.


Na altura em que a Comissão Política Nacional anunciou todos os candidatos às capitais do distrito, Fernando Ruas, apesar de não querer avançar muito, sempre foi dizendo que tem várias ideias para o concelho e que irá incluir no seu programa autárquico.


"Se for eleito, tenho várias obras em mente. Quem me conhece sabe que numa apresentação não iria falar no passado, nem no presente. Nós tivemos uma ideia para a cidade e o município em 1989 - ano em que Fernando Ruas foi eleito pela primeira vez - e uma boa parte dos planos foram concretizados, com excepção da Universidade Pública", referiu. Em relação a este último ponto, admitiu voltar a reivindicar um ensino universitário público em Viseu a partir do primeiro dia de um possível novo mandato, lembrando que só não o fez ultimamente, "porque o actual Governo adiantou que não era uma prioridade para esta legislatura". Mas há outras obras, cujo arranque também exigiria à Administração Central, no caso de ser eleito, entre as quais, o início da construção da auto-estrada até à Mealhada e daí até Coimbra e a mudança do Arquivo Distrital para a Quinta da Cruz.


Refira-se que os candidatos à Câmara de Viseu já estão todos anunciados. Pelo PS concorre Miguel Ginestal, Mendes da Silva pelo CDS/PP, Graça Pinto pelo Bloco de Esquerda e Helena Marques pela CDU.


O concelho de Viseu tem 93 mil eleitores.


Condenados a três anos de prisão...

O Tribunal de Mangualde condenou dois dos três indivíduos acusados de, no ano passado, terem assaltado um estabelecimento comercial naquela cidade a três anos de prisão efectiva e o terceiro a dois anos e meio de pena suspensa.


O julgamento dos três indivíduos que a Guarda Nacional Republicana deteve, em meados de Outubro do ano passado, por suspeita de terem assaltado o Minipreço de Mangualde, chegou ontem ao fim com a leitura da sentença.
De acordo com o presidente do colectivo de juízes, dois dos arguidos, com idades compreendidas entre os 18 e os 22 anos, foram condenados a uma pena de prisão de três anos, enquanto que o terceiro elemento viu-lhe ser aplicada uma pena de prisão de dois anos e meio, que ficará suspensa pelo mesmo período.


Com antecedentes


O tribunal considerou ter ficado provado que os primeiros dois praticaram, em co- -autoria, o crime de roubo de que estavam acusados e teve ainda em conta que ambos já tinham antecedentes por outras infracções do género, enquanto que em relação ao outro, sem antecedentes criminais, os juízes entenderam que estava culpado de um crime de roubo, mas apenas na forma tentada.


Os três indivíduos, residentes no concelho de Viseu, foram detidos, no dia 15 de Outubro do ano passado, pela GNR depois de terem assaltado um funcionário do Minipreço, localizado na Avenida Senhora do Castelo, junto ao mercado municipal de Mangualde.


Os jovens furtaram um automóvel na zona de Viseu, mais concretamente em Tondela, e depois viajaram até ao concelho vizinho, parando à porta do estabelecimento comercial.


Com recurso a uma faca, os jovens ameaçaram um dos funcionários da loja, que se encontrava junto das caixas registadoras, exigindo-lhe dinheiro. O empregado accionou o alarme, fazendo com que os criminosos se colocassem em fuga, fugindo no carro em que os aguardava o terceiro elemento.


Graças aos dados recolhidos pela patrulha da GNR junto dos clientes do espaço comercial que assistiram ao roubo falhado, como por exemplo, a fisionomia dos ladrões, a cor e a matrícula da viatura em que se faziam transportar, foi possível interceptá-los rapidamente no município vizinho de Penalva do Castelo, onde estariam a preparar um assalto a uma pastelaria.


Assalto a estudantes


Um dos indivíduos agora julgado pelo assalto ao Minipreço deverá responder em breve também por diversos roubos praticados contra alunos de estabelecimentos de ensino de Viseu.
O arguido condenado a uma pena suspensa é suspeito de, no ano passado, nomeadamente entre Setembro e Outubro, ter ameaçado vários estudantes com um canivete, exigindo- -lhes dinheiro.


Na altura, o jovem semeou o medo entre a comunidade escolar, escolhendo locais habitualmente frequentados pelos alunos, como por exemplo, o parque da cidade, para praticar os crimes.


Banco de Portugal alerta para a forte diminuição das exportações e do consumo privado ...

Só em 2011 a economia portuguesa deverá voltar a crescer. Até lá terá dois anos seguidos de recessão, durante os quais o governador do BdP considera não haver condições para que se retome o caminho da consolidação orçamental.


O Banco de Portugal (BdP) manteve inalteradas as suas projecções para 2009, em relação à dimensão da recessão, porque, adiantou ontem Vítor Constâncio, "parecem ter acabado revisões em baixa", apesar do risco e a incerteza serem ainda muito acentuados. Tal como no Boletim Económico (BE) da Primavera, o BE de Verão, ontem divulgado, prevê que o PIB se contraia este ano 3,5%. Em 2010, o ambiente será ainda recessivo, mas de forma menos acentuada, apontando-se para uma quebra de 0,6%.


Reagindo a estas projecções, o ministro Teixeira dos Santos considerou que elas indiciam que "estamos a bater no fundo desta crise". Ainda assim, assinalou que os números em questão retratam um "quadro preocupante". Relativamente à inflação, afastou um cenário de deflação.


Apesar de manter a quebra do produto em 3,5% para 2009 (a maior descida desde 1975), as actuais projecções do BdP são mais negativas em relação ao comportamento das exportações (que quebrarão 17,7%) e das importações (a caírem 17,1%). Ao mesmo tempo, antecipa também agora uma retracção mais expressiva no consumo privado, uma vez que se está a verificar um forte abrandamento nas intenções de consumo dos particulares.


Apesar de assinalar sempre a grande incerteza que ainda se mantém - "a realidade pode ser um pouco pior do que o previsto" -, Vítor Constâncio considerou que "os aspectos mais agudos da crise parecem ter já estabilizados", ainda que avise que "a recuperação será muito moderada e lenta".


A informação actualmente disponível aponta, assim, para que não seja de esperar que a recuperação sustentada da economia aconteça antes de 2011. Até lá, afirmou, dificilmente poderá haver consolidação orçamental em termos estruturais, ou seja, fazer o défice (corrigido do ciclo) recuar.


Falando na Comissão de Orçamento e Finanças, Vítor Constâncio foi "convidado" pelo deputado do PSD Miguel Frasquilho a dizer se optaria por aumentar os impostos ou diminuir a despesa para reduzir o défice. O governador do BdP declinou o "convite", argumentando que esse é um debate político, e precisou que, para 2009 e 2010, "sendo um período recessivo", apenas reconhece que "não será fácil haver consolidação orçamental em termos estruturais".


No final desta audição, os deputados da Oposição manifestaram a sua preocupação com o estado e perspectivas para economia portuguesa.


Veja o boletim do Banco de Portugal

Prematuros são mais 58%...

Perto de 20% das gravidezes de 2008 foram de mães "idosas". O termo é duro, mas tem a ver com os riscos de ter filhos depois dos 35 anos. Um deles é o de os bebés nascerem prematuros: estes são mais 58% do que há oito anos.


Os números constam da avaliação dos indicadores do Plano Nacional de Saúde (PNS) ontem apresentado pelo Alto Comissariado da Saúde (ACS) e têm explicações sociais e médicas.


Em 2001, 14% dos nascimentos eram de mães idosas. Oito anos depois, são 19,3%, um aumento de 38%, completamente ao arrepio das metas fixadas no PNS. Quando foi desenhado, o documento apontava o objectivo de se chegar a 2010 com 14,6% de mães acima dos 35 anos.


"Para mim, enquanto médica, nem deveria ser uma meta", admite a alta comissária da Saúde, Maria do Céu Machado. Porque o fenómeno nem sequer é português - "é ocidental" - e "tem uma explicação social".


O próximo PNS, garante, até poderá incluir o indicador, mas sem a meta da redução das gravidezes idosas, porque estas resultam de as mulheres se licenciarem, trabalharem e terem filhos mais tarde. "Não faz sentido", apesar de acarretarem riscos para a saúde da mãe e do bebé: "São gravidezes de maior risco, com maior taxa de patologia para a criança e maior taxa de prematuridade".


Os nascimentos pré-termo são justamente outro dos indicadores do PNS com evolução negativa desde 2001, muito embora tenha havido uma ligeiríssima melhoria em 2008 - foram 9% de todos os nascimentos, contra os 9,1% de 2007. Mas, há oito anos, eram apenas 5,7%. Trata-se de um aumento de 57,9%, quando a meta era chegar a 2010 com 4,9%.


Maria do Céu Machado volta às mães idosas: nelas é muito maior a probabilidade de desenvolver na gravidez patologias como a hipertensão, a diabetes e infecções. Todas elas factores de risco de prematuridade. E a prova está nos dois indicadores, com subidas sustentadas e quase paralelas. A prematuridade subiu algo mais, porque mistura outras causas, explica a alta comissária.


A começar pelo facto de haver cada vez mais imigrantes no país: são mais susceptíveis a patologias infecciosas, porventura fruto de condições sócio-económicas mais baixas, além de que, cientificamente, está demonstrada o maior risco de prematuridade entre mães de origem africana, por razões biológicas.


Há que realçar ainda o aumento da infertilidade. Antes de mais, porque atrasa a decisão de ter filhos - e, logo, a idade da mãe. Depois, porque os tratamentos de infertilidade aumentam a taxa de gravidezes gemelares, que são outro risco de prematuridade.


Outro indicador que pode parecer pior é o do ligeiro aumento da mortalidade neonatal. Em 2008 houve mais oito óbitos nas primeiras quatro semanas de vida do que os 198 de 2007. Mas a taxa está na meta do PNS: 2,1 por mil nados vivos. Maria do Céu Machado lamenta, aqui, que os indicadores ainda sejam medidos m anualmente: "Já são tão baixos que uma alteração mínima já se nota". Deveriam ser avaliados de três em três anos.


Quanto a explicações, avança a evolução da medicina. Hoje investe-se mais facilmente em crianças muito prematuras, porque há mais sucesso. "Quanto mais fetos em risco retirados com 500 gramas houver, maior será a mortalidade neonatal, porque morrem sempre alguns". E a verdade é que, a este parâmetro, corresponde a redução da morte fetal, que já está nos 3,2 por mil nascimentos, bem abaixo da meta de cinco por mil fixada para 2010 e dos 5,7 registados em 2001.


Indicadores de 2007 apenas mostram risco maior para os dependentes...

Mostra o Inquérito às Condições de Vida e Rendimento, ontem divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que a pobreza em Portugal estabilizou e as desigualdades diminuíram. Mas os números não podem ser olhados acriticamente.


Fala-se em dados respeitantes a 2007, isto é, antes do impacto da crise internacional, quando se diz que o risco de pobreza em Portugal se mantém em 18% - o valor do estudo precedente - e que "o rendimento dos 20% da população com maior rendimento era 6,1 vezes o rendimento dos 20% da população com menor rendimento, traduzindo-se numa redução face a 6,5 estimado no ano anterior". Mas o que significa isso?


Há uma fórmula internacionalmente reconhecida para estabelecer o limiar da pobreza, que, no contexto em causa, corresponde a rendimentos na ordem dos 406 euros mensais, pelo que, naturalmente, o retrato não é preciso, pois rendimento baixos, mas acima dessa linha, não entram nas estatísticas. Quanto às desigualdades, são estabelecidas mediante o cálculo do coeficiente de Gini, que, porém, não explica causas.


"Estes indicadores não são perfeitos, como todos os indicadores construídos pela Ciência Económica, pela Estatística ou pela Sociologia", nota o sociólogo Fernando Diogo, docente da Universidade dos Açores e estudioso do fenómeno da pobreza, notando que os números, como "elementos de gestão da res publica e construções sociais", pelo que não prescindem de apreciação crítica.


Daí que surjam sempre leituras dissonantes. Manuel Lemos, presidente da União das Misericórdias Portuguesas, disse à Lusa que os critérios usados pelo INE são "puramente economicistas" e "não têm a ver com uma efectiva qualidade de vida das pessoas". Já o ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, Vieira da Silva, salienta o carácter positivo dos números, embora ressalve que "os dados da pobreza nunca nos podem deixar completamente satisfeitos".


Em parte, mas não totalmente, o combate à pobreza entronca nas chamadas "transferências sociais", cuja eficácia em Portugal é tradicionalmente pequena, segundo Fernando Diogo, mas "tem vindo a aumentar nos últimos anos, com o Rendimento Social de Inserção e com o Complemento Solidário para idosos": "Tínhamos uma taxa de pobreza de 25%, que está agora nos 18%. Por muito que nos custe a acreditar, Portugal tem enriquecido um pouco, mas as transferências sociais continuam a ser um problema estrutural tradicional do país".


De acordo com o estudo, de que apenas foram divulgados dados provisórios, há uma faixa etária cujo risco de pobreza aumentou, em relação a 2006. Trata-se dos mais jovens, os que têm idades entre 0 e 17 anos, isto é, os dependentes. Só estudos mais aturados permitirão daí tirar conclusões, pois, como nota o sociólogo, pode tratar-se apenas de um efeito estatístico: ao diminuir o risco de pobreza dos idosos, devido às transferências sociais, os mais novos passam a ter maior peso estatístico.


Certo é que a crise resultará num agravamento da pobreza, em Portugal como em todo o Mundo. Porém, a noção desse problema poderá tardar, por efeito do subsídio de desemprego.


Mais incidentes no julgamento do "gangue da Lapa", no Porto. Até inundação foi provocada...

Presos vandalizam celas e agridem-se no tribunal
Corpo de Intervenção da PSP teve que actuar para parar desacatos

Distúrbios com os presos preventivos voltaram a marcar o julgamento do "gangue da Lapa", a decorrer no Porto. Ontem, quarta-feira, dois envolveram-se à pancada na sala do tribunal. Nas celas, foi provocada uma inundação.


Em dois meses e meio de julgamanto, no Tribunal de S. João Novo, no Porto, foram raras as sessões sem incidentes, quase todos sem gravidade e sanados no momento. A Polícia não tem tido mãos a medir para manter a ordem, sobretudo entre os 17 jovens que se encontram em prisão preventiva. Os restantes 35 a ser julgados estão em liberdade.


Ontem as hostilidades começaram no interior da sala de audiências, cerca das 10.40 horas, pouco antes da chegada do colectivo de juízes. Na sequência de uma troca de palavras, por razões que não foi possível apurar, dois dos arguidos agrediram-se mutuamente. Outros terão tentado envolver-se na confusão, mas os elementos do Corpo de Intervenção da PSP puseram cobro à situação. Nenhum dos jovens teve de receber tratamento hospitalar.


Dos desacatos, que duraram poucos minutos, resultaram estragos na estrutura de madeira reservada para os réus prestarem depoimento. O reboliço foi sentido noutras salas de audiências, gerando forte apreensão. O julgamento acabaria por prosseguir, com o interrogatório a testemunhas de acusação.


Horas depois, no intervalo para o almoço, os problemas transferiram-se para as celas, no piso inferior do tribunal. Entre os presos, alguém fez rebentar um tubo de água, provocando uma pequena inundação. Os danos tiveram de ser remediados por funcionários.


De resto, nos calabouços, têm sido frequentes os tumultos gerados pelos arguidos, nos intervalos das sessões. De acordo com fonte do tribunal, alguns dos jovens chegaram ao ponto de defecar nos tupperwares da comida, que depois atiraram contra as paredes. Lâmpadas partidas, presumivelmente com cintos, sacos com água arremessados e o entupimento de sanitas têm sido outras acções. O JN apurou que já foram elaborados relatórios das ocorrências, entretanto remetidos para os responsáveis pelo tribunal.


Outro caso de maior gravidade tinha sido registado no passado dia 5 de Maio. À entrada da sala, quatro dos acusados envolveram-se em confronto com a PSP e queixaram-se de ter sido "espancados", segundo disseram os advogados. Os polícias negaram o recurso à violência, alegando que os presos preventivos ofereceram "resistência passiva".


O início do julgamento, em 28 de Abril, já tinha sido caracterizado por várias atitudes de gozo e desafio de alguns dos acusados em relação às autoridades.


quarta-feira, 15 de julho de 2009

Parabens Senhor Presidente...

Presidente faz hoje 70 anos

Cavaco Silva celebra hoje 70 anos de vida. De Boliqueime ao Palácio de Belém, foi um longo percurso, marcado por sucessos académicos e profissionais, primeiro, e depois por grandes sucessos políticos, nunca entretanto ultrapassados, como as duas maiorias que governaram o País de 1987 a 1995. E por uma absoluta estabilidade familiar


Cavaco Silva celebra hoje 70 anos de vida. Se em 2011 for reeleito presidente da República, deixará o cargo com 77 anos. Mário Soares deixou-o com 72 anos (e aos 80 tentou lá voltar), Jorge Sampaio com apenas 65 e Ramalho Eanes com uns incríveis 51 (e tinha 41 quando foi pela primeira vez eleito chefe do Estado, por ter comandado militarmente o 25 de Novembro de 1975). Cavaco Silva será, portanto, de todos os presidentes eleitos depois do 25 de Abril, o mais velho a deixar o Palácio de Belém.


Não é por acaso. O Presidente entrou tarde na política. Só depois do 25 de Abril, com 35 anos, inscrevendo-se no PSD, entusiasmado com Sá Carneiro e preocupado com o rumo do País. Além do mais, é o único caso de um presidente da República eleito em Portugal depois de uma primeira candidatura falhada. Entre uma e outra passaram dez anos, os dez anos do mandato de Jorge Sampaio (1996-2006), até agora o único político que o derrotou nas urnas (mas também foi por ele derrotado, nas eleições legislativas de 1991).


A vida de Cavaco Silva - que o DN recorda nas páginas seguintes, ouvindo amigos seus do Algarve e folheando a sua autobiografia - divide-se claramente em três períodos: a infância e juventude, no Algarve, onde conheceu aquela que é ainda hoje a sua mulher, Maria; a formação académica em economia (com um doutoramento em York) e a entrada no mercado de trabalho (no Banco de Portugal); e a política, a partir de 1979, quando aceitou ser ministro das Finanças de Francisco Sá Carneiro, no primeiro Governo da Aliança Democrática (coligação do PSD com o CDS e o PPM).


De então para cá - e estão a passar este anos três décadas - Cavaco Silva nunca mais deixou a política. Pode ter feito pequenos retiros tácticos mas manteve-se sempre opinante. E, pelo meio, foi sempre insistindo que não é um político, imagem que cultiva com desvelo. Juntamente com outra: a de homem de família, chefe conservador de um clã que vai crescendo.


Francisco Lázaro: a primeira das vítimas do 'doping'...

Francisco Lázaro: a primeira das vítimas do 'doping'

Atleta morreu há 97 anos após sucumbir na maratona dos Jogos Olímpicos de Estocolmo. Ingestão de estupefacientes foi fatal


O maratonista Francisco Lázaro morreu faz hoje 97 anos, durante a primeira participação portuguesa nos Jogos Olímpicos, em Estocolmo 1912 (Suécia). A primeira morte de um atleta durante os Jogos deixou Portugal de luto e impressionou o mundo, como registou a imprensa da época. A autópsia apontou a desidratação e insolação como causas da morte.


Todavia, para Gustavo Pires , professor responsável pela cadeira de Gestão do Desporto da Faculdade de Motricidade Humana e coordenador do Forum Olímpico, "o maratonista não morreu por insolação, inexperiência ou por ter coberto o corpo de sebo antes da corrida, como defedenderam os colegas de comitiva nos Jogos da Suécia". O benfiquista de 24 anos, campeão de Portugal nos 42 195 metros, "foi vítima de uma cultura que aconselhava a prática comum naquela altura, entre os atletas e os ciclistas, uma mistura a que chamava 'emborcação' - essência de terebintina (anastésico) e o ácido acético (vinagre) - como um complemento do treino", recorda.


À sua volta foi criada uma lenda. Lázaro teve um funeral com honras de herói nacional e desencadeou um processo que, decorridos quase cem anos, ainda está por resolver. "Nunca se investigou a sério esta morte. Foi aceite até aos nosso dias a tese, defendida pelos seu colegas em Estocolmo, que o atleta tinha morrido por ter coberto o corpo com sebo, tapando os poros e impedindo a tanspiração. Assim como foi aceite que o Comité Olimpico de Portugal comemerora este anos o 100.º aniversário ,quando os documentos dizem que só o fará em 2012", recorda Gustavo Pires. "Lázaro era um experiente fundista. Tinha triunfado em várias corridas nacionais. Estava acompanhado por pessoas cultas ", acrescenta. "Não existia o conceito de doping de hoje, portanto era natural recorrer a todos os métodos e produtos que melhorassem e aumentassem as capacidades", mas que acabaram por ser fatais para Francis Lázaro", segundo Gustavo Pires.


Obama suspende parte do embargo a Cuba...

Obama suspende parte do embargo a Cuba

Barack Obama anunciou que a Presidência dos EUA irá suspender por seis meses a lei Helms-Burton, aprovada em 1996 e que endureceu na altura o embargo a Cuba, impondo sanções contra as empresas estrangeiras que comercializem bens com Havana. (COM VÍDEO)


A suspensão da norma entrará em vigor no próximo dia 1 de Agosto, informou a Casa Branca, citada pelas agências EFE e Reuters. O Presidente norte-americano enviou uma mensagem ao Senado e à Câmara dos Representantes argumentando que esta decisão “é necessária para benefício dos interesses nacionais dos EUA e irá acelerar uma transição para a democracia em Cuba.”


A “Lei de Liberdade e Solidariedade Democrática para Cuba” é uma consolidação de leis parciais que compunham o embargo a Cuba. Obama suspendeu a secção III, que possibilita aos cidadãos dos EUA que tenham perdido propriedades em Cuba, por expropriação, que processem pessoas e empresas que façam negócios relacionados com estes bens.


Mas este decisão de Obama não é inédita, ainda que ocorra numa altura em que os dois países estão numa fase de aproximação. De acordo com a EFE, os anteriores presidentes George W. Bush e Bill Clinton também suspenderam parte da lei Helms-Burton por seis meses.


Apreendida arma do crime...

O Departamento de Investigação Criminal da Guarda da Polícia Judiciária deteve um indivíduo, de 18 anos, por suspeita de ter esfaqueado um homem, de 25 anos, depois de desavenças entre ambos, no domingo passado, em Fornos de Algodres


De acordo com as autoridades, a alegada tentativa de homicídio ocorreu no interior de um café, onde, por razões que ainda estão a ser investigadas, o detido terá provocado diversas feridas num dos clientes, atingindo-o nas costas com uma faca. A vítima foi transportada para o Hospital Sousa Martins, na Guarda, onde se encontra internada. O autor do esfaqueamento abandonou o estabelecimento comercial antes da chegada ao local da Guarda Nacional Republicana, tendo sido chamada a Polícia Judiciária por se tratar de um crime da sua competência.


Apreendida
arma do crime


Na sequência das diligências levadas a cabo por elementos das duas forças, foi possível localizar e apreender a arma do crime, bem como recolher outros elementos de prova.


O detido foi presente a primeiro interrogatório, tendo-lhe sido aplicada a medida de coacção de apresentações periódicas, ficando também obrigado a não se aproximar da vítima e impedido de se deslocar para o estrangeiro sem prévia autorização judicial.


Centro Histórico só com soluções bem definidas...

Foi há mais de 10anos que, no Verão, algumas ruas de Viseu foram cobertas por uma rede verde. Na altura, o objectivo foi o de evitar que as pessoas deixassem de passear e fazer as suas compras pela cidade por causa do calor. "O cidadão podia andar à vontade. Talvez a cobertura não fosse a mais atractiva, mas cumpria com a sua finalidade", recordou José Augusto.


A ideia de ter algumas ruas cobertas (ver texto na página 3) deixa os cidadãos "desconfiados" quanto à sua utilidade e, principalmente, quanto à sua integração estética. "Primeiro teríamos de saber qual o tipo de cobertura, discutir a ideia", sublinhou por seu lado, Afonso Tavares, adiantando logo a seguir não conseguir idealizar a Rua Formosa, por exemplo, com uma cobertura.


Já Adelaide Gonçalves visualiza esta hipótese como uma "coisa gira". "Desde que traga mais movimento aqui ao centro histórico, que está cada vez mais deserto, qualquer ideia é boa", sustentou.


Criação
de novas dinâmicas


A criação de dinâmicas culturais e sociais que neste momento não existem no centro são, para José Mendes, mais essenciais que uma cobertura. "Não sei que retorno isso possa ter, nunca vi nenhuma espaço onde isso fosse uma realidade e desse resultado", frisou.


Uma ideia em parte aceite por Luís Santos. O jovem viseense viajou por diversas cidades europeias e já viu "várias soluções" que vão de encontro à filosofia pretendida. "Em Barcelona, por exemplo, há um mercado tapado que é magnífico", contou, lembrando já ter passado por outro locais em que a falta de originalidade na cobertura utilizada "matava" o próprio espaço.


O jovem deixa ainda algumas soluções para a revitalização do centro histórico: pequenos espaços com os produtos típicos e onde as pessoas possam estar ou adquirir os produtos, mais cafés e restaurantes com esplanadas, um tipo de comércio jovem e de artesanato e, acima de tudo, animação constante para quem passa e goste de ali ficar um pouco mais.


"Uma cobertura moderna é uma boa ideia para que as pessoas tanto possam andar com o calor ou com o frio", rematou António Marques, sustentando que o mais importante é "salvar os lojistas do descontentamento em que se encontram".


Homem de 44 anos perde a vida em praia isolada...

Gaia ainda mal começou a chorar a menina de 11 anos, que anteontem, segunda-feira, morreu afogada na Afurada, e já ontem, terça-feira, noutra freguesia, em Oliveira do Douro, a meio da tarde, era conhecida a morte de Manuel Fernandes Machado, 44 anos.


É a segunda vítima mortal por afogamento em dois dias, no rio Douro - e a terceira no Norte do país.


O homem, natural da Maia, teria passado a tarde com a família, na praia fluvial do Areinho, zona isolada, junto à Quinta de Torre Bella, quando desapareceu na água, numa área que, quem conhece, diz ser "de pedras, mas não muito funda".


O primeiro alerta soou às 17,12 horas. Menos de meia hora depois, Polícia Marítima, bombeiros, PSP de Oliveira do Douro, e o Instituto de Socorros a Náufragos já estavam no local. O atraso ficou a dever-se a um equívoco na informação inicialmente recebida, que apontava para a Quinta dos Frades, em Avintes. O corpo foi recuperado pelos Sapadores de Gaia e transportado para o Instituto de Medicina Legal.


A Capitania já alertou para os riscos que correm os veraneantes quando escolhem zonas como aquela em que Manuel Machado se afogou. "Os banhistas devem procurar zonas com mais pessoas e de fácil acesso para os meios de salvamento, em caso de dificuldade".


Turistas japonesa e francesa relatam esquema usado na praça do aeroporto para cobrar quantias absurdas...

Metade dos turistas que visitam Portugal entram pelo aeroporto de Lisboa. São 13 milhões/ano. Mas a primeira imagem do nosso país nem sempre é a melhor. Muitos queixam-se de "burlas" de taxistas. A classe assume o "fenómeno".


É o "chico-espertismo" lusitano em todo o seu esplendor. No início deste ano, a Deco realizou um estudo em que, entre outros factos, se concluiu que o serviço de táxis a partir do aeroporto de Lisboa não é só mau; é quase péssimo: uma turista checa fez dez viagens do aeroporto ao centro da cidade e, nessas, houve oito taxistas que adoptaram práticas que encareceram o preço.


O fenómeno não é novo e é por demais conhecido por toda a gente.Apurou-se junto da PSP que, nos últimos três anos, o número de detenções pelo crime de especulação de taxistas no aeroporto de Lisboa tem vido a aumentar. Em 2006 foram detidos 66 taxistas. Em 2007 o número aumentou para 89. E em 2008 foram 90. Desde o início de Janeiro até ontem, a PSP já fez 23 detenções pelo mesmo crime naquela área. Mas será isto suficiente?


"As acções de fiscalização não têm sido suficientemente dissuasórias", comentou Fátima Martins, técnica da Deco, e coordenadora do estudo acima citado. Na sua óptica, a impunidade continua a reinar porque "não há fiscalizações em número suficiente" e "as coimas aplicadas não são dissuasórias". Esta opinião é corroborada pelo presidente da Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (Antral). "É preciso que as autoridades apliquem o que a lei prevê: a primeira vez que um taxista peça preços acima do estipulado deve ficar suspenso da actividade até dois anos", alerta Florêncio de Almeida, tecendo críticas aos tribunais: "Passam-lhes multas de 500 ou 1000 euros mas não se lembram que passados dias serão outra vez os incautos que vão pagar isso".


Há poucos dias teve- se conhecimento de dois casos com duas turistas que fizeram exactamente o mesmo percurso (aeroporto/Museu do Fado, Alfama). O preço normal do trajecto, numa manhã de dia útil, rondará oito euros. Mas ambos os taxistas atravessaram a cidade com o taxímetro desligado! No final, um pediu 15 euros. A turista protestou, mas pagou. Outro pediu 20 euros mas teve azar: no destino, a turista japonesa foi recebida por um amigo português que, ao ameaçar chamar a polícia, fez baixar o preço da "corrida".


O crime de especulação pelos taxistas do aeroporto é assumido por todos os representantes do sector. "São situações condenáveis que dão uma má imagem ao nosso país", assume Carlos Ramos, presidente da Federação Portuguesa de Táxis, sublinhando ser "necessário e urgente disciplinar aquela praça".


José Dionísio, presidente da Retális, lamenta que "infelizmente a capacidade reguladora daquele ponto específico é bastante complicada". Florêncio de Almeida é mais duro: "Aquela praça é uma rebaldaria onde meia dúzia de bandalhos consegue denegrir a imagem de uma classe com muitas pessoas honestas. Aqueles que cometem crimes têm que ser abolidos da classe".


Os responsáveis do sector concordam que a fiscalização deve aumentar. Pedem brigadas especiais no aeroporto e em locais como as portas dos principais hotéis. Carlos Ramos, da FPT, é defensor de um sistema obrigatório de vouchers emitidos pelo Turismo de Lisboa "porque assim desapareceria o dinheiro nos táxis". O presidente da Antral discorda e pede mais videovigilância e placards no aeroporto com os preços médios das corridas para dentro da cidade de Lisboa ou uma "taxa fixa". José Dionísio fala num "contingente especial só para o aeroporto" e em novas tecnologias para maior controlo.


terça-feira, 14 de julho de 2009

Atentado a Natureza....

Isto acontece na Dinamarca












Fotos:
De: Iris Lee A

Limite máximo ao valor das reformas já permitiu uma poupança de quatro milhões de euros...

Em média, cada um dos 198 idosos cuja pensão de reforma ultrapassava o limite máximo previsto na lei está a deixar de ganhar 1400 euros por mês. Só em Junho, a poupança para o Estado foi de 279 mil euros.


A lei que limita o valor máximo de uma parte das pensões de reforma a cinco mil euros por mês permitiu ao Estado poupar quatro milhões de euros, em dois anos. A verba é pequena se comparada com os cerca de 12 mil milhões pagos todos os anos aos reformados portugueses, mas para cada um dos 198 idosos abrangidos (de um total de 73 mil entretanto reformados) a quebra foi de 1400 euros. É um valor médio, já que haverá pensões cortadas em poucos euros e outras em vários milhares.


É de esperar que o número de pensionistas com a reforma cortada aumente à medida que mais pessoas pedem a aposentação. Os dados enviados pelo Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social datam do mês passado, quando se completaram dois anos desde a entrada em vigor da lei que alterou o funcionamento das pensões de reforma em Portugal.


Uma das mudanças ao regime de pensões promovidas por Vieira da Silva tem a ver com a forma como é apurada a pensão que o trabalhador receberá quando deixar a vida activa. Até então, resultava da contagem dos melhores dez dos últimos quinze anos de descontos. Isso fazia com que fosse prática comum declarar à Segurança Social um salário baixo durante quase toda a vida (e fazer poucos descontos, já que esses anos não contavam para a pensão) e aumentar o valor declarado só na última década de trabalho. Assim se conseguiria uma reforma maior, com menos descontos.


Desde o Verão de há dois anos, as regras são outras: para quem começou a trabalhar antes de 2001, são feitas duas contas. Para os primeiros anos da carreira, é usada a regra antiga (melhores dez dos últimos quinze anos); para os últimos anos de trabalho, usa-se a actual (toda a carreira contributiva). É só a parte calculada segundo a regra antiga que tem um limite: não pode passar de cinco mil euros (valor para 2009). A outra parte não tem tecto.


A intenção de limitar as pensões constava da proposta do Governo aos parceiros sociais, onde admitia limitar todo o tipo de pensões de reforma, independentemente da maneira como eram calculadas. Mas acabou por vingar a tese de que, se a pessoa realmente fez descontos altos toda a vida, seria injusto privá-la da pensão correspondente. Daí não haver limites para essa parcela.


Inquérito à satisfação ("cor-de-rosa") indica que 23% dos condutores sofrem atrasos frequentes...

O Instituto das Infra-estruturas Rodoviárias (INIR) apresenta hoje, terça-feira, os resultados do primeiro inquérito à satisfação dos utentes das auto-estradas que a Associação de Cidadãos Automobizados considera "cor-de-rosa".


De acordo com a nota de Imprensa divulgada por aquele instituto, "em termos globais, os utentes encontram-se satisfeitos (69 pontos numa escala de 0 a 100) com as auto-estradas de Portugal continental", gozando de um índice de satisfação "acima da média das valorizações" de outros sectores.


Destinado a "avaliar o uso e a percepção da qualidade dos serviços" daquelas rodovias concessionadas, o estudo foi realizado em 99 áreas de serviço ou nos acessos às mesmas quando não dispõem deste equipamento, tendo sido realizadas 3007 entrevistas entre 27 de Novembro e 3 de Janeiro passados.


Segundo os dados disponíveis, menos de metade (49%) dos inquiridos teria considerado que o principal factor de insegurança numa auto-estrada é o mau estado do pavimento, mas apenas 14,4% sugerem a melhoria do estado do piso. A falta de sinalização de segurança (20,4%), a agressividade, falta de civismo e má condução (17,8%), o volume elevado de tráfego (14%) e a falta de equipamentos de segurança (12,4%) são os factores de insegurança classificados a seguir.


A nota acrescenta que "cerca de 23% dos condutores têm atrasos frequentes, considerando aceitável um atraso de 3,3 minutos por quilómetro". Ao longo da tarde de ontem procurou - se esclarecer como chegou o estudo à conclusão de uma tolerância tão significativa com o atraso referido, tendo em conta que demorar por exemplo mais 33 minutos a percorrer dez quilómetros numa auto-estrada "urbana" fortemente congestionada em hora de ponta não é a mesma coisa que gastar mais 330 minutos (5,5 horas) ou quase mais 17 horas para chegar do Porto a Lisboa. Não o conseguiu.


Na percepção dos factores de atraso, 77% dos condutores identificam o congestionamento como principal responsável, seguindo-se os acidentes (26,7%), obras (18,6%), cobrança de portagem (7,5%), condições atmosféricas (6,2%) e supressão de vias (3,8%). Os utentes classificaram positivamente a informação e a sinalização (nas notas mais baixas, está a sinalização de segurança, com 6,9 numa escala de 1 a 10) entre outros aspectos.


"Custa-me crer que sejam tão pouco consideradas as vias interrompidas", comentou o presidente da Associação dos Cidadãos Automobilizados (ACA-M), Manuel João Ramos, para quem o estudo "visivelmente só definiu critérios que poderiam dar um quadro cor-de-rosa".


"Para aferir minimamente a qualidade ao nível da percepção seria importante que as pessoas pudessem pronunciar-se sobre o que conhecem, em comparação com outras realidades", argumenta. "Posso estar muito satisfeito com as estradas que tenho, se não tiver maneira de comparar com outras. Basta ir a Espanha para ver como a sinalização, o piso e a informação melhoram e não há comparação entre uma auto-estrada alemã e uma portuguesa", acrescenta.


Por outro lado, o estudo deveria dar a oportunidade de avaliar a qualidade das infra-estruturas "face ao que deveriam ser e não ao que são", propõe, recordando que continuamos a ter auto-estradas com curvas demasiado apertadas e zonas sem pavimento drenante.


Associações de professores acusam Ministério da Educação de não fornecer às escolas correcções e informações detalhadas dos exames...

Cerca de 30% dos alunos do 9.º ano tiveram negativa no exame de Português. Em 2008, foram 16,7%. Para o secretário de Estado o resultado é uma "oscilação" "aceitável". A Associação de Professores de Português ficou "surpreendida e preocupada".


Quase 70% da totalidade dos alunos tiveram positiva a Língua Portuguesa e 63,8 a Matemática. Comparativamente a 2008, houve menos 13% de positivas a Português e mais 8,6% a Matemática. Como a nota do exame corresponde a cerca de 30% da nota final à disciplina, na taxa de reprovação não se verifica tanta oscilação: Português sobe um por cento (de 8 para 9%) e Matemática desce 2% (de 26 para 24%).


Para o secretário de Estado da Educação os resultados "foram os esperados", revelando "alguma estabilidade e consolidação". O Ministério vai fornecer às escolas os resultados dos exames nacionais dos seus alunos "pergunta a pergunta", tal como já faz com as notas das provas de aferição.


"Verifica-se uma ligeira subida a Matemática e uma ligeira descida a Português", comentou Valter Lemos. Confrontado com a quase duplicação das negativas no exame de Língua Portuguesa, o secretário de Estado retorquiu que o Ministério não considerou o "efeito estranho. Já a Associação de Professores de Português (APP) e a Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM) fazem uma interpretação menos positiva dos resultados.


"A duplicação das negativas surpreendeu-nos e não é uma oscilação pequena", sublinhou o presidente da APP. Paulo Feytor Pinto acusa o Ministério da Educação (ME) de não divulgar, "pelo menos aos professores", informações detalhadas dos exames para os docentes perceberem onde mais erram os alunos.


Não basta saber que as negativas duplicaram, "queremos é perceber porque dispararam", insistiu, garantindo que a APP teve em Novembro uma reunião com o director do Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE) e que, desde então, "espera" essas informações "prometidas" por Carlos Pinto, Ferreira, relativamente à descida das notas nos exames do 12.º ano em 2008 e aos resultados do 9.º ano, de 2006 - quando as negativas triplicaram de 15 para 45%.


Apesar de mais 8,6% da totalidade dos alunos ter conseguido positiva no exame de Matemática e de a taxa de reprovação ter descido de 26 para 24%, Nuno Crato não vê razões para festejos. Bem pelo contrário: "se numa prova escandalosamente fácil, 36,2% dos alunos têm negativa é porque o ensino está muito mau".


O presidente da SPM atribui a melhoria dos resultados à "facilidade" do exame. "A SPM tem acertado sempre na sua apreciação: quando considera as provas fáceis, as notas sobem; quando diz que são mais difíceis, os resultados descem e mais uma vez acertámos".


O problema, insiste, é que exames "muito fáceis, como o caso deste, criam nas escolas um ambiente de facilitismo. As provas deveriam ter um grau de dificuldade comparável ao exigido pelos professores. A médio prazo cria nos alunos a ideia de que os docentes não devem ser tão exigentes".


Caçadeiras estão no topo e há armas de guerra usadas em crimes. PSP destrói arsenal...

Nos últimos três anos, 15 mil armas apreendidas foram parar aos depósitos da PSP. Na sua maior parte são caçadeiras, mas também há armas de guerra e outras mais ligeiras que foram utilizadas em crimes.


Só em 2008, a PSP apreendeu um total de 4600 armas, sendo 2500 de fogo - sobretudo caçadeiras, pistolas e revólveres - e as restantes maioritariamente da classe das armas brancas, como facas, sabres ou bastões. Foram detectadas em acções policiais, por vezes direccionadas para o combate àquele fenómeno. Muitas passaram pelas mãos de criminosos e foram usadas em assaltos.


Relativamente ao ano em curso, os números ainda não estão consolidados, mas, segundo o subintendente Pedro Moura, da Direcção Nacional da PSP, tudo aponta para uma média que não difere muito das anteriores - a apreensão de 13 armas por dia, sete delas de fogo.


O ponto da situação foi feito ontem aproveitando o facto de estar marcada para hoje, terça-feira, no Carregado, a cerimónia da destruição de 16 mil armas, não só oriundas de apreensões, como de processos judiciais, que foram perdidas a favor do Estado e resultantes de entregas voluntárias pelos cidadãos. Mil são armas de fogo e as restantes armas brancas.


Oprocesso de desmantelamento será idêntico ao usado nas sucatas: as unidades serão colocadas numa máquina industrial e trituradas. No evento marcarão presença o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, o director nacional da PSP, Oliveira Pereira, e deputados da Comissão Parlamentar de Direitos, Liberdades e Garantias.


Segundo explicou Pedro Moura, a destruição é um dos vários destinos possíveis das armas que vão parar aos depósitos da PSP. Muitas, até pelo seu "interesse histórico", são aproveitadas para museus militares ou da Polícia, para leilões (será um dos próximos eventos) e mesmo para formação e actividade operacional das forças de segurança. "Trata-se de um acto simbólico, que assinala o fim de um processo normal do percurso das armas", explicou o subintendente, a respeito da iniciativa de hoje.


Os dados revelam outras tendências preocupantes. Por dia, em média, são furtadas ou dadas como extraviadas quatro armas. No ano passado, foram "perdidas" 1154, das quais 834 eram da caça e 320 de defesa pessoal. Uma boa parte das vezes desaparecem de residências, de viaturas e no âmbito de actos venatórios. Os meses de Março e Agosto foram os que registaram o maior número de casos. A PSP realça que, entre os anos de 1984 e 2008, aquela estatística atingiu as 32 mil armas.


Quanto às armas actualmente existentes em Portugal, a PSP revela que têm sido "manifestadas desde sempre" cerca de 1,4 milhões, contando as que estão em situação legal, as que já foram destruídas, exportadas, transferidas e apreendidas. Cerca de 80% das armas declaradas correspondem às classes C e D, ou seja, armas de caça. Uma incógnita permanece a estimativa em relação à dimensão do mercado negro, que envolve o tráfico.


segunda-feira, 13 de julho de 2009

Primeiro caso de Gripe A na Madeira...

Uma jovem de 15 anos, residente no Reino Unido, que veio passar férias com o pai à Madeira, é o primeiro caso positivo de Gripe A (H1N1) no arquipélago.


Este caso de infecção foi confirmado à Agência Lusa pelo presidente do Instituto de Administração da Saúde e Assuntos Sociais, que garantiu que a rapariga "está internada no Hospital Central do Funchal, mas clinicamente bem".


Maurício Melim adiantou que a jovem chegou à Madeira na noite de sexta-feira e recorreu aos serviços de saúde no sábado, evidenciando "um padrão epidemiológico acentuado".


O responsável pela saúde no arquipélago adiantou que "foram cumpridos todos os procedimentos definidos" e, dado que a avaliação clínica e a análise de triagem "suscitaram dúvidas", os produtos biológicos foram enviados para o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, em Lisboa.


O instituto Ricardo Jorge confirmou hoje, segunda-feira, tratar-se de "um caso de infecção pelo vírus H1N1-2009", disse Maurício Melim.


"O quadro clínico da jovem tem vindo a evoluir favoravelmente, está bem e os contactos próximos estão a fazer quimioprofilaxia", adiantou.


Maurício Melim informou ainda que, até ao momento, foram avaliados 12 casos suspeitos de gripe A na Madeira e que dentro de dez dias o laboratório do Hospital Central do Funchal estará em condições para "fazer todo o processo de diagnóstico", deixando de ser necessário enviar o material para Lisboa.


Camião com plástico incendiou-se na A24...

A auto-estrada A24 encontra-se condicionada no sentido Vila Real-Viseu, na zona de Vilar do Monte, devido ao incêndio de um camião.


Fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro disse à Agência Lusa que "um camião que transportava plástico incendiou-se, tendo a galera ardido na totalidade", cerca das 07:45.


O condutor não sofreu ferimentos, porque "conseguiu soltar o tractor a tempo", acrescentou.


Devido ao acidente, o trânsito esteve cortado no sentido Vila Real-Viseu, mas cerca das 09:45 tinha já passado a fazer-se de forma condicionada nos dois sentidos.


No local, encontravam-se 27 bombeiros e sete viaturas, dos Voluntários e Municipais de Viseu e dos Voluntários de Castro Daire.


Cerca de duas horas depois, o incêndio encontrava-se em fase de rescaldo.


Segundo o comando de trânsito da GNR de Viseu, não há ainda uma previsão de quando a circulação estará normalizada.


Portugal já começou a negociar com vários laboratórios a compra da vacina ...

Um atleta brasileiro que participava num evento desportivo em Lisboa foi internado ontem por ter contraído a gripe A (H1N1). O Governo anunciou que a pré-reserva de vacinas para 30% da população já está em curso.


A Comissão Organizadora dos Jogos da Lusofonia, que decorreram ontem em Lisboa, informou que foi confirmado um caso de Gripe A (H1N1), o que obrigou ao internamento do atleta Eric Mancini, da delegação brasileira.


O estado de saúde do atleta de ténis de mesa, de 20 anos, foi avaliado no Hospital Curry Cabral, em Lisboa.


Eric Mancini desembarcou em Lisboa na quinta-feira, dia 9, vindo de São Paulo. Aos primeiros sintomas de gripe, verificados já em Lisboa, a Comissão Organizadora e o Comité Olímpico Brasileiro entraram em contacto com as Autoridades Nacionais de Saúde, através da Delegação de Saúde Regional da Região de Lisboa e Vale do Tejo.


Após confirmação laboratorial de infecção, foram adoptadas as medidas e activados os mecanismos necessários para evitar a propagação do vírus. Os contactos próximos do atleta, todos eles assintomáticos, iniciaram já quimioprofilaxia, podendo, assim, manter a participação nos Jogos sem que isso implique qualquer risco para os próprios, ou para os demais participantes.


A ministra da Saúde garantiu ontem que "todos aqueles que contactaram directamente com o atleta não apresentaram sintomas de gripe, no entanto estão a fazer a profilaxia indicada nestes casos em regime de prevenção (antiviral oseltamivir)".


Ana Jorge disse ainda que o atleta "está internado por uma simples razão, que é o facto de não residir em Portugal e não ter casa. Por precaução, continua internado mesmo em relação à disseminação do vírus, permanecendo num ambiente mais contido".


Desde o início de Maio, Portugal registou um total cumulativo de 86 casos confirmados. O Ministério da Saúde relembra que na maioria dos casos a doença já foi tratada e as pessoas retomaram as suas vidas.


"O aumento do número de casos importados e de transmissão secundária era já previsível pelas autoridades de saúde pública, tendo em conta a evolução natural da epidemia. Não há, por isso, qualquer razão para alarme, mas sim para uma atenção redobrada".


Tentou roubar carro a mulher com dois filhos...

Um jovem de 23 anos tentou, anteontem à noite, em Sesimbra roubar a viatura a uma mulher que transportava duas crianças, mas a vítima conseguiu escapar e alertar as autoridades.


O indivíduo acabou por ser detido pouco tempo depois pela Guarda e será hoje presente a um juiz do tribunal para primeiro interrogatório e aplicação da medida de coacção, pela tentativa de roubo e também por posse de estupefacientes.


Segundo uma fonte da GNR a tentativa de assalto aconteceu pouco depois das 20.30 horas do passado sábado, na Quinta do Conde, concelho de Sesimbra, e só não foi bem sucedida porque a mulher se apercebeu atempadamente das intenções do assaltante e protegeu-se, a si e os filhos.


"A senhora percebeu que havia movimentações estranhas por parte do indivíduo que estava a rondar o local. Quando finalmente ele se aproximou do carro e começou a bater no vidro, ela trancou as portas, fugiu e chamou imediatamente a guarda".


O jovem, que não ameaçou a vítima com qualquer arma para tentar levar o Chevrolet, acabaria por ser capturado não muito longe do local. Após a detenção, a GNR revistou o suspeito e encontrou ainda oito gramas de estupefaciente (verificou-se depois que era cocaína) e 20 euros em dinheiro, que foram apreendidos


Família teve vida infernal durante um ano e até foi obrigada a pernoitar em hotéis e pensões de Lisboa...

Uma família lisboeta que viu a sua vida transformada num inferno durante um ano, por causa do barulho feito por vizinhos, vai receber mais de 24 mil euros de indemnização por ordem do Supremo Tribunal de Justiça.


Todos os dias, religiosamente, depois das 22 horas, o rés-do-chão habitado, desde 1998, pelo casal Ramos (nome fictício) e pelas suas duas filhas, de seis e quatro anos de idade não vinha abaixo mas pouco faltava, com a barulheira vinda do primeiro andar. "Propositadamente", segundo a decisão emitida pelo Supremo no início deste mês, sete anos e quatro meses depois de a queixa apresentada pela família lesada ter dado entrada no Tribunal Cível de Lisboa.


No processo são identificadas três formas de tortura auditiva que se prolongavam muitas vezes até altas horas da madrugada, sobretudo a partir de meados de 2001. Umas vezes era o barulho de um martelo, ou algo semelhante, a bater no chão, repetidamente, ao longo de todas as divisões. Não havia canto da casa com sossego. Noutras ocasiões, era o som do televisor ou da aparelhagem sonora, tão alto que se tornava impossível alguém dormir. Havia ainda alturas em que a modalidade escolhida era o lançamento de objectos pesados ao chão, provocando estrondos assustadores.


O barulho era tanto que, em várias ocasiões, não restou alternativa à família Ramos senão pegar nas crianças e ir dormir a um hotel ou uma pensão. Com o tempo e com a repetição das situações, as crianças começaram a ter medo de dormir em casa e precisaram de acompanhamento médico. A mulher passou a ter "crises de choro" e depressões, agravadas pelo facto de estar grávida, enquanto que o marido chegou até a faltar a compromissos no emprego "pela impossibilidade de dormir".


Durante este período, foram apresentadas diversas queixas na PSP por causa do ruído, mas houve também queixas por tentativas de agressão.


Desesperada, a família resolveu fazer obras de insonorização do andar, gastando pouco mais de dez mil euros. Numa primeira decisão do tribunal cível os vizinhos foram obrigados a pagar à família Ramos uma indemnização de cerca de 31 mil euros por danos patrimoniais e não patrimoniais. Num primeiro recurso, o Tribunal da Relação baixaria esta quantia para 20 mil euros.


Agora, em resposta a recursos apresentados por ambas as partes em litígio, o Supremo Tribunal de Justiça fixou o valor da indemnização em 24 340,29 euros, o que inclui o valor das obras.


No acórdão que emitiu, o Supremo Tribunal de Justiça considerou que, neste caso, foi violado um dos "direitos liberdades e garantias" que são garantidos aos cidadãos pela Constituição da República. "Aqui, está em causa uma violação do direito ao repouso à tranquilidade e ao sono, que são aspectos do direito à integridade pessoal", consideraram os conselheiros.