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So faltam meses, dias, horas, minutos, e segundos para o ano 2012

Madeleine

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Radio Viseu Cidade Viriato

sábado, 25 de abril de 2009

Outra vez em polemica....

Declarações a atribuir os louros pela criação dos Serviços de Urgência de S. Pedro do Sul ao candidato socialista à Câmara, cairam mal em Vouzela. Autarquia denuncia partidarização do processo e quer explicações.


A escolha de S. Pedro do Sul para a instalação de um Serviço de Urgência Básica (SUB) volta a gerar polémica em Vouzela. Desta vez, estão em causa alegadas declarações de José Junqueiro, presidente da Federação Distrital de Viseu do Partido Socialista (PS), segundo as quais aquela escolha terá ficado a dever-se ao empenhamento do candidato socialista naquele concelho, José Carlos Almeida, ex-coordenador da sub-região e actual director do Agrupamento dos Centros de Saúde de Viseu.


A Câmara Municipal de Vouzela (CMV) que, durante vários meses, reivindicou a SUB para o seu território, alegando um conjunto de razões técnicas, vem agora, em comunicado, reclamar "a verdade" sobre o processo de instalação daquele equipamento hospitalar.


"Desde o início que estávamos convencidos de que não havia quaisquer critérios, nem científicos nem técnicos, e que o relatório da comissão técnica não passava de um artifício para justificar a SUB em S. Pedro do Sul", denuncia Telmo Antunes, presidente da CMV.


O autarca suspeita que o critério da escolha foi de ordem "político-partidária" e considera "gravíssimo" que a instalação da SUB seja atribuída à "vontade" do então coordenador da sub-região, o mesmo que agora se candidata à presidência da Câmara de S. Pedro do Sul pelo PS.


Telmo Antunes classifica a situação como"uma falta de vergonha, um despudor completo" e anuncia o pedido de audiência à ministra da Saúde para esclarecer "se é conivente com esta farsa e com esta malvadez que foi feita às populações de Vouzela".


Na cerimónia de apresentação da sua candidatura, José Carlos Almeida assumiu-se como um filho da terra que já fez por ela "algo de muito importante".


José Junqueiro desvalorizou as críticas da CMV e garantiu que foram "exclusivamente técnicos" os critérios para a instalação da SUB em S. Pedro do Sul.


"Foi no tempo em que José Carlos Almeida esteve à frente da sub-região de Saúde de Viseu que a comissão técnica optou por S. Pedro do Sul, Moimenta da Beira, Lamego e Tondela para a instalação de SUB. Foi uma coincidência", diz o dirigente. O líder do PS condena a "intromissão" do autarca de Vouzela na actividade partidária de um concelho vizinho, que diz ser "uma forma de disfarçar a sua incompetência".


A gripe suina podera alastrar a escala mundial...

É uma forma mortal de gripe suína nunca antes vista.


Está a assolar o México (60 mortos e 800 casos suspeitos) e já atravessou a fronteira para o Texas e a Califórnia. OMS prepara-se para lançar o alerta de pandemia.


Milhões de crianças mexicanas da região central do país viram ontem as suas aulas canceladas, numa tentativa de conter a circulação de pessoas. É um sinal da dimensão do problema: o México está a ser assolado por uma vaga de mortes relacionadas com um novo tipo letal de gripe suína.


As autoridades do país dizem que o surto, registado entre Março e Abril, matou 16 pessoas, mas a Organização Mundial da Saúde (OMS) garante que já são 60 os mexicanos mortos devido à doença.


A OMS confirma a crescente preocupação: há 800 novos casos suspeitos no México, com 57 mortos só na região da capital, Cidade do México. "Casos semelhantes têm sido descobertos nos últimos dias em San Luis Potosí, na imensa região central do país sul-americano. O cenário pode piorar: o surto suíno já extravasou a fronteira para norte, havendo registo nos Estados Unidos de oito pessoas diagnosticadas. Para já, segundo autoridades americanas de saúde, os casos circunscrevem-se à Califórnia e ao Texas.


O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA disse que o vírus desta gripe suína - o vírus H1N1 - é uma mistura nunca antes vista de uma típica virose entre porcos, aves e humanos. Não se sabe, no entanto, como nem quando se deu a transmissão para o Homem. Enquanto isso, o uso de máscaras protectoras começa a ser uma imagem vulgar nas cidades centrais do país.


A OMS já activou o seu Centro de Operações de Estratégia de Saúde - que comanda e controla episódios agudos de saúde pública -, mas não disse se considera começar a expedir alertas de viagem. Um comité de emergência está em formação para verificar se o surto constitui ameaça internacional à saúde pública.


A Direcção-Geral de Saúde , entretanto, negou conhecer qualquer caso humano em Portugal e na Europa de gripe suína.



o que e....

Peste Suína

Peste SuínaTambém conhecida como febre suína ou cólera dos porcos é uma doença altamente contagiosa e frequentemente fatal dos suínos,e foi reconhecida pela primeira vez no século XIX e sua etiologia viral foi estabelecida no início do século XX. A doença pode ser aguda, crônica e inaparente. Em uma época, ela foi caracterizada clinicamente por uma doença aguda altamente fatal e patologicamente por lesões de uma viremia grave. Atualmente, é definida como uma doença também crônica ou inaparente, incluindo a infecção congênita persistente nos suínos recém-nascidos infectados durante a vida fetal.


SINTOMAS: Hemorragia, que pode levar à morte; febre alta; falta de coordenação motora; orelhas e articulações azuladas; vômitos, diarréia; falta de apetite; esterilidade e abortos; leitões natimortos ou com crescimento retardado. Entre as características da doença estão também o agrupamento de animais nos cantos das pocilgas e a morte após quatro e sete dias do início dos sintomas.

CONTAMINAÇÃO: Alimentos ou água contaminados; animais infectados; veículos e instalações contaminados; contato com cadáveres de animais infectados; equipamentos contaminados, roupas e calçados de indivíduos que mantiveram contato direto com animais doentes ou em período de incubação da doença (em geral a incubação é de 4 a 6 dias, com um intervalo de oscilação de 2 a 20 dias).

PREVENÇÃO: Separação das instalações nas diferentes fases de criação; cercas adequadas que evitem a entrada de animais; limpeza e desinfecção das instalações e dos veículos que transportam animais; conhecimento da origem de animais adquiridos e quarentena dos mesmos; limpeza e desinfecção das mãos e botas das pessoas que lidam com os animais.


Obama evacuado depois.....


O presidente norte-americano, Barack Obama, foi esta sexta-feira colocado num abrigo.


Depois de um avião não identificado ter entrado no espaço aéreo da Casa Branca e do Capitólio, indicou o seu porta-voz, Robert Gibbs.


"O presidente foi brevemente deslocado por medida de precaução, tal como o vice-presidente" Joe Biden, indicou Gibbs. Segundo este, foi a primeira vez desde a chegada ao poder de Barack Obama, em Janeiro, que estas precauções tiveram lugar.


O alerta durou cerca de 10 minutos, segundo os serviços secretos, que asseguram a protecção das personalidades públicas. Terminou logo que as autoridades conseguiram estabelecer um contacto rádio com o piloto do avião, um Piper Cub.


File:Weekly Address (2009-01-24).ogv

Obama presents his first weekly address as President of the United States, discussing the American Recovery and Reinvestment Act of 2009.

35 anos apos a Revolucao de Abril



O desemprego ou o mais ténue temor de perder o posto de trabalho cerceiam as liberdades do indivíduo. A noção de classe esfumou-se. A perda de emprego é, numa sociedade individualista, um falhanço pessoal. A felicidade fica em causa.






Trinta e cinco anos decorridos sobre a Revolução de Abril, Portugal enfrenta a mais séria crise económica. Nunca houve tantos desempregados. Mas viver em democracia não é um passapor
te para uma roda livre de liberdades. "O papel instrumental da liberdade diz respeito ao modo como os diferentes tipos de direitos, oportunidades e habilitações contribuem para o alargamento da liberdade humana em geral", afirma o Prémio Nobel da Economia Amartya Sen, no livro "O Desenvolvimento como Liberdade".


"Quem não tem dinheiro ou emprego pode não ter, por exemplo, acesso aos melhores advogados. A pobreza diminuiu socialmente as pessoas", afirma o filósofo José Gil. "Ficar desempregado é perder a função que desempenhamos na sociedade. Perdemos a utilidade que é reconhecida pela remuneração", considera o sociólogo político (politólogo) e investigador Reinhard Naumann.





Mas será que ficar desempregado é uma provação comparável, nas suas características mais intrínsecas, à experiência dos afectados em crises passadas? Perdeu--se a consciência de classe, isto é, do colectivo. "Se falamos de 1974, devemos recordar que a seguir houve a crise do petróleo. Qual é a diferença entre os dois períodos? A acção colectiva é hoje menor. A resistência de baixo para cima é actualmente mais difícil. Há hoje menos vida colectiva", sublinha Naumann. "Totalmente entregue a si próprio, o indivíduo vê como uma questão pessoal aquilo que, efectivamente, é uma realidade económica e social", escreve o filósofo Gilles Lipovetsky, no seu livro "A Felicidade Paradoxal".


"Num primeiro momento, o desempregado sente que foi despromovido e pode também surgir o sentimento de culpa. Sente-se inseguro porque perde o controlo da sua vida e não sabe até quando. Do ponto de vista psicológico, há uma perda da auto-estima. É importante o apoio da família", afirma Maria Gouveia Pereira, professora do Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA).





Para quem tem emprego, a conjuntura económica lança fantasmas e alguns empregadores não hesitam em cometer abusos. "As pessoas não querem fazer ondas para não perder o emprego. A insegurança aumenta quando o desemprego começa a afectar amigos e familiares", diz a professora do ISPA.


Marinús Pires de Lima, sociólogo do ISCTE, alerta para a exclusão mais extrema. "O desemprego contribui para o desencorajamento. Se não conseguem emprego às primeiras tentativas, as pessoas deixam de procurar os centros de emprego. Desistem. Apesar do alargamento recente do subsídio, a verdade é que os desempregados sofrem na sua auto-estima, com reflexos na vida familiar e na relação com o seu ambiente em geral".


Já Adam Smith (1776), em "A Riqueza das Nações", alertava para o facto de num país rico ser necessário maior rendimento para realizar os mesmos desempenhos sociais. "A felicidade não deve passar por ter três telemóveis. A felicidade alcança-se com a liberdade de escolha", afirma José Gil.


Marcas sociais


medo
"Há diversos medos que são facilmente espalhados e interiorizados. Medo de perder o emprego ou de exprimir opiniões. As pressões e influências do poder político são sentidas em vários domínios".
José Gil, filósofo


estilo de vida


"As pessoas dificilmente abdicam do seu estilo de vida. Um dos problemas mais graves é esse".
Marinús Pires de Lima , sociólogo


escolha


"A perda de liberdade também é visível nos jovens que acabam os seus cursos superiores e não conseguem emprego. Continuam dependentes dos pais. Não têm escolha".
Maria G. Pereira, psicóloga


identidade


"O trabalho cria a nossa identidade social. Viver no medo de perder o emprego é algo contrário à liberdade. Numa conjuntura de crise, ficamos constrangidos e há tendência para o autoritatismo."
Reinhard Naumann, politólogo


Obsessão


"O desemprego tornou-se obsessivo para as consciências individuais, recolocando em questão a identidade pessoal e social. [O desemprego] é agora encarado como uma humilhação".
Gilles Lipovetsky, filósofo


sexta-feira, 24 de abril de 2009

O acidente que causou 17 mortes...

Acidente ocorrido em Novembro de 2007 na A23, entre um autocarro e um ligeiro, provocou a morte de 17 pessoas.


Os dois condutores envolvidos no acidente ocorrido em Novembro de 2007 na A23, que provocou a morte de 17 pessoas, vão ser julgados por 17 crimes de homicídio por negligência e crimes por ofensas à integridade física.


A decisão foi anunciada pelo juiz de instrução do Tribunal de Castelo Branco. O desastre resultou do embate entre um ligeiro e um autocarro com alunos da Academia Sénior de Castelo Branco.


O Ministério Público reafirmou no debate instrutório de 3 de Abril que só a condutora do ligeiro envolvido no acidente deve ser julgada por homicídio e por negligência.


No mesmo debate, o advogado da maioria das vítimas e o advogado da condutora defenderam que, a ser julgada a condutora, o mesmo deve acontecer com o motorista do autocarro.


Ambos consideram que houve uma aproximação do autocarro para junto da faixa da esquerda na altura em que o ligeiro ultrapassava, movimentação detalhada nas perícias e que dizem ter assustado a condutora, levando-a a perder o controlo da viatura.


A defesa de Carina Rodrigo sustenta mesmo que a condutora não deve ser levada a julgamento porque fez uma manobra de recurso ao ser "apertada" pelo autocarro durante uma ultrapassagem.


Para o Ministério Público e para a defesa do condutor do pesado, a versão de Carina Rodrigo "não merece credibilidade" quanto aos momentos que antecedem o embate, considerando que só a ela podem ser imputadas culpas.


Consideram que, objectivamente, não há dados que permitam concluir que o autocarro se aproximou do ligeiro ao ponto de impedir uma ultrapassagem em segurança.


Segundo explicou o juiz Jorge Martins na conclusão do debate instrutório, ele próprio poderá ter ainda que decidir se há acusação por um crime de homicídio por negligência e ofensas corporais ou por tantos crimes quantas as vítimas - o que em caso de julgamento definirá se será feito por um tribunal singular ou com colectivo de juízes, respectivamente.






Castigado por 10 jogos....



O defesa central do Real Madrid foi suspenso por 10 jogos, na sequência das agressões no jogo com o Getafe.


O jogador da selecção nacional não joga mais esta época e, na próxima temporada, vai ficar de fora durante 4 jogos.

Mortes suprem estatisticas...


O número de mortes por acidentes de viação dos relatórios da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária está aquém da realidade e só o Plano Nacional do Trauma - que o Governo pôs na gaveta - podia revelar esta realidade.


A denúncia é feita por Manuel João Ramos, presidente da Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados (ACA-M) e organizador do colóquio interdisciplinar "Risco e Trauma Rodoviário em Portugal", que ontem e hoje decorre no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), em Lisboa. Segundo o professor, o Plano Nacional do Trauma "estava previsto para esta legislatura" e "em 2006 estava bastante avançado", mas foi "mandado parar" pelo anterior ministro da Saúde, Correia de Campos. Desde então, Manuel João Ramos nunca mais ouviu falar desta ferramenta que, em seu entender, "é uma peça muito importante para qualquer Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária (ENSR)".


Actualmente, os dados avançados pelos relatórios da ANSR contabilizam apenas as vítimas que morrem no local do acidente ou a caminho do hospital e deixam de fora as pessoas que acabam por morrer no hospital, sucumbindo aos ferimentos, dias depois do acidente. Manuel João Ramos garante que o Instituto Nacional de Medicina Legal (INML) "fala em mais 40% de mortes do que aquelas que são declaradas", um número bem acima dos 14% a mais que são todos em conta pelas estatísticas europeias.


O número de "mortes a 30 dias" é uma das questões recorrentes quando se fala de sinistralidade rodoviária em Portugal. Em Dezembro, o Governo determinou a criação de um grupo interministerial, composto por nove entidades - ANSR, Direcção Geral da Saúde, Administração Central do Sistema de Saúde, PSP, GNR, Ministério Público, INEM, Instituto Nacional de Estatística e INML - com vista a estudar a melhor forma de acompanhar esta realidade e registar estes números. O trabalho deverá estar concluído a 30 de Junho, mas Manuel João Ramos diz que, até agora, "só houve uma reunião" e duvida da vontade do Governo em avançar com este registo.


"Não interessa ao Governo avançar com isto antes das eleições", diz, admitindo que estes números vão "estragar" as boas notícias que têm vindo a ser divulgadas da diminuição da sinistralidade rodoviária em Portugal.


No colóquio do ISCTE, organizado pelo mestrado em "Risco, Trauma e Sociedade", estão em discussão vários assuntos relacionados com a sinistralidade rodoviária, "para mostrar que é um problema complexo, multidisciplinar e que não se resolve na esfera da Administração Interna", defendeu Manuel João Ramos. Os grupos de risco em meio rodoviário, a importância dos registos estatísticos, as perturbações de stress pós-traumático em vítimas de acidentes e o papel da reabilitação foram alguns dos assuntos ontem em debate.


A falta de campanhas de sensibilização dirigidas aos peões esteve em cima da mesa. Só na cidade de Lisboa, no ano passado, foram atropeladas 722 pessoas, a maioria (61%) fora das passadeiras. "É um dos principais problemas da sinistralidade na cidade", admitiu João Pinheiro, comissário da Divisão de Trânsito da PSP de Lisboa, explicando que os peões com mais de 65 anos são um dos principais grupos de risco.


Os outros grupos - à semelhança do que se verifica a nível nacional - são os motociclistas (este ano, das quatro vítimas mortais contabilizadas, três são motociclistas e a outra um peão) e os condutores mais jovens que abusam da velocidade e do álcool.


Clara Roja...


Clara Rojas fala pausadamente e numa voz sumida. Tem 45 anos e é muito magra. Pouco mais de um ano após ter sido libertada do cativeiro em que a mantiveram as FARC durante seis anos, afirma que está, sobretudo, empenhada em recuperar a sua vida, junto do filho Emanuel, nascido na selva, em condições quase inimagináveis.


Depois dos seis anos de cativeiro, a sua posição sobre as FARC mudou?


Penso que as FARC são um grupo à margem da lei, que está autista. Estão imersos na selva, sem conexão com o mundo exterior e pensando que podem sobreviver sem ser parte deste mundo global. A mim surpreende-me, porque se pretendem reivindicar algo, fecharem-se não é a melhor solução, pelo contrário. E parece-me que com este tipo de práticas, como o sequestro, não vão chegar a lado nenhum. Quando digo que estão fechados, pretendo dizer que não estão à procura de alternativas nem de uma resposta séria para resolver os problemas.


Mas era já isso o que pensavas das FARC e que não mudou após o cativeiro?


Eu sabia das FARC através do que li na comunicação social e em alguns livros sobre a sua história sobre os seus líderes, sobre os processos falhados de paz, mas, digamos, que era uma atitude mais intelectual. Nunca me sentei comum comandante para saber o que pensava. E já sequestrada verifiquei que não era só uma posição intelectual. Se estão na luta armada, algum ideal devem ter, não é? Mas vi-os sem ideias e sem saída.


Considera que são terroristas?


Creio que são um grupo armado, à margem da lei e que cometem práticas que são reprováveis, como a prática do sequestro.


Foi por isso que não apoiou a proposta de Hugo Chavez de os retirar da lista de organizações terroristas internacionais?


O que eles fazem é reprovável, é reprovável que sequestrem, é reprovável que não saibamos claramente qual é a origem dos seus recursos financeiros, que não tenham nenhuma proposta...são factos e há que dizê-lo.


No entanto, defendeu que o presidente colombiano deve ser "mais flexível" com as FARC. O que significa isso?


Parece-me que a única alternativa para alcançar uma solução para o conflito é o diálogo. Até porque há outras pessoas sequestrados e,portando, há que buscar outros canais. Se a resposta militar não é suficiente, há que procurar outros canais e definitivamente acabar esse conflito que já dura há tantos anos.


Depois da leitura do seu livro, fica-se com a sensação de que os guerrilheiros a trataram melhor do que os seus companheiros de sequestro. Foi assim?


Não chegaria a esse ponto. A mim o que mais me afectou, talvez porque não esperava, foram algumas atitudes, mas também entendo que vivíamos com uma presença militar muito forte, a presença guerrilheira também era muito forte, muitos tinham problemas de saúde ...digamos que o esforço que faço é reconhecer que entre os guerrilheiros houve um momento, quando tiveram oportunidade e que foi quando eu tive o meu filho, em que me ajudaram. Deram-me a mão. Com os escassos meios que tinham. Se assim não fosse, talvez hoje não estivesse vivo. E isso eu devo reconhecê-lo. Mas também sei que se quisessem libertar-me , podiam-no ter feito. E não o fizeram.


Já voltou à sua profissão de advogada?


Não. Não tenho tido tempo. Desde que fui libertada, que me preocupa, sobretudo, a questão da saúde, minha, da minha mãe e do meu filho. E também andei ocupada com a parte logística: onde vamos viver e de que vamos viver. Precisei também de tempo para escrever o livro e agora tenho-me dedicado a cumprir os compromissos com as editoras e com acções humanitárias, para ajudar a libertar as pessoas que ainda estão sequestradas.


Pensa voltar à política?


Talvez, mas neste momento, não penso nisso. Pelo menos no futuro imediato não.


E se voltar, volta ao partido verde Oxigénio?


Não pensei nisso.


No livro, não consegue explicar o que motivou o seu afastamento de Ingrid Bettancourt...


Não.


Como interpreta o silêncio dela em relação a este seu livro?


Não tenho nenhum comentário. Nem tenho nenhuma expectativa. A recepção ao livro, na generalidade, tem sido positiva. Mas sobre o que ela possa pensar, não tenho nenhuma informação e também não estou à espera dela.


Por negligencia dos pais...


Três irmãs de Paredes de 7, 9 e 11 anos foram retiradas aos pais por falta de condições dos progenitores.


Uma quarta vai também ser recolhida por uma nova família, juntando-se assim à quinta irmã fora do agregado familiar.


A família, moradora em Besteiros, Paredes, estava há muito sinalizada pela Comissão de Protecção de Jovens e Crianças em Risco de Paredes (CPCJ), mas a situação obrigou a uma intervenção de emergência anteontem à tarde. Em causa esteve uma denúncia de maus-tratos sobre as crianças, versão desmentida pelos pais das meninas, Carlos Alves e Maria Teresa Pacheco, e pela própria CPCJ.


Por crime de condução ilegal, Carlos está preso, há cerca de um ano, mas goza do regime livre e está em casa durante a semana, recolhendo à cadeia aos fins-de-semana. A mulher está desempregada e vive do Rendimento Social de Inserção. O casal tem cinco filhas, sendo um deles uma bebé de 18 meses, que vive com os padrinhos, desde que nasceu.


As agressões físicas entre o casal e a manifesta falta de capacidade para sustentar o agregado familiar levou a CPCJ a entregar as meninas aos cuidados de outras famílias (padrinhos e pessoas de confiança) durante um determinado período de tempo, com o consentimento dos pais.


Apurou-se que algumas das crianças relataram situações de adultério, presenciadas pelas próprias, sendo que todas confirmam violência doméstica entre os pais. Ainda no domingo passado, Carlos discutiu com Teresa e a mulher acabou por receber tratamento no hospital de Penafiel, mas não apresentou queixa do marido.


"É verdade que lhe bati, mas nunca bati nas minhas filhas e até vou buscá-las à escola. Elas estão em casas dos padrinhos, porque autorizei, enquanto estou nesta situação. Não admito sequer que digam que maltrato as minhas filhas", afirma o progenitor. "Nós discutimos muito, mas nunca tocámos nas meninas", assegura a progenitora.


Eventuais suspeitas de abuso sexual ou de maus-tratos às menores são, também, rejeitadas pela presidente da CPCJ de Paredes, Raquel Moreira da Silva. "Essa família foi sinalizada a tempo e horas, actuámos rapidamente porque o casal não tem condições, mas é falso que tenha havido maus-tratos físicos ou sexuais sobre as meninas. As crianças foram entregues temporariamente a famílias alargadas", afirma.


"A mãe é uma boa pessoa" afiança Maria da Conceição, uma vizinha que morou algum tempo ao lado da casa desta família. A mesma versão é corroborada por Maria Laura e Ana Maria, vizinhas e conhecedoras do ambiente familiar. As próprias irmãs de Carlos, Maria Emília e Maria Rosa Alves, confirmam "o mau feitio" do irmão. "Ele é mulherengo, já bateu na mulher, mas as crianças nunca foram vítimas directas desses problemas", afirma Maria Emília.


Para onde vai o dinheiro que voce doa?

Leonel Ferreira, o ex-líder dos "Samaritanos" e da Igreja Kharisma , é suspeito de ter usado dinheiro doado à instituição em proveito próprio, designadamente para financiar negócios de tráfico de urânio, eventualmente destinado a bombas.


Após uma investigação de vários anos em Portugal, o Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) do Ministério Público do Porto acusou o pastor evangélico por crime de detenção de arma proibida, na modalidade de tráfico de substâncias que podem gerar explosão nuclear. Isto na sequência de uma investigação oriunda de França, onde foram detidos três indivíduos (um francês e dois naturais dos Camarões) supostos colaboradores de Leonel Ferreira no mercado negro do Urânio 235 (ver texto na página seguinte).


A PJ passou também a pente fino as instituições a que estava ligado o pastor evangélico. E foram descobertos indícios de que Leonel Ferreira pode ter enriquecido com vários negócios efectuados com os "Samaritanos", na dupla qualidade de presidente da instituição e prestador de serviços ou senhorio de imóveis. Foi acusado, por isso, pela prática de um crime de peculato e outro de participação económica em negócio.


Os montantes facturados pela instituição em donativos de particulares era considerável - 2,005 milhões de euros no ano 2000, 2,023 milhões em 2001 e 2,644 milhões em 2002, valor que incluiu verbas de protocolos com juntas de freguesia.


Foram investigadas também duas empresas, a "Multiprática" e a "Ferpactos", detidas por Leonel e mulher, e que trabalhavam quase exclusivamente para a instituição de caridade no fornecimento de alimentos e prestação de serviços de publicidade.


Ao todo, de 2000 a 2002, as empresas de Leonel facturaram 1,168 milhões de euros. Uma perícia sobre os preços dos bens e serviços concluiu que, sem intermediários na aquisição dos bens, os "Samaritanos" teriam poupado pelo menos 124 mil euros. Além disso, a instituição recebia vários donativos em géneros de instituições como o Banco Alimentar Contra a Fome, Continente e Assistência Médica Internacional. Negócio lucrativo era também o arrendamento de um armazém em Arcozelo, Vila Nova de Gaia. O próprio pastor evangélico era o dono e recebia 3250 euros por mês de renda, verba que viria a converter-se em 150 euros diários - 4500 euros mensais.


Mais tarde, em 2002, resolveu vender o imóvel aos Samaritanos por 850 mil euros, tendo recebido, no momento do contrato-promessa, 400 mil euros em dinheiro vivo. Avaliações efectuadas pela investigação apontam para uma inflação de cerca de 50% nos valores envolvidos - o armazém valeria 419 mil euros e a renda justa seria 2400 euros.


O pastor também esteve envolvido na aquisição dos escritórios onde se situa a sede da instituição, em Gaia. Em Março de 2002 comprou-as por 185 mil euros e em Setembro do mesmo ano vendeu-as à instituição por 225 mil euros.


Com Leonel Ferreira na liderança, os "Samaritanos" chegaram a celebrar acordos com juntas de freguesia para a distribuição de cabazes alimentares. Supostamente, o valor do cabaz era de 25 euros, devendo a instituição suportar 12,5 euros e o erário público os restantes 12,5 euros. Mas a investigação apurou que, afinal, o valor dos cabazes oscilaria entre 7,5 euros e 15 euros.


Ao todo, em negócios particulares com a instituição, excluindo ordenados como presidente, Leonel Ferreira terá movimentado, em dois anos, 2,3 milhões de euros, com uma margem considerável de lucros.


quinta-feira, 23 de abril de 2009

6 lugar num estudo da Unicef.........


Portugal ocupa a 6.ª posição no conjunto de 25 países analisados num estudo da Unicef.


O estudo "A Transição dos Cuidados na Primeira Infância" foi esta quinta-feira apresentado em Lisboa, na Conferência Nacional de Educação de Infância.


Este trabalho apresenta uma tabela comparativa da situação dos serviços de educação e apoio à primeira infância nos 25 países economicamente mais avançados, desenvolvida à luz de um conjunto de dez indicadores de referência.


Entre esses dez indicadores estão as licenças parentais de, pelo menos, um ano com 50 por cento do salário, formação e qualificação adequadas do pessoal, e uma percentagem adequada do PIB gasto em serviços para a primeira infância.


A Suécia está no topo da tabela, cumprindo os 10 indicadores, seguida de perto pelos países do Norte da Europa e pela França.


Estes são também os países que têm identificado o investimento na primeira infância como uma prioridade constante da sua agenda política, claramente reflectida nos orçamentos nacionais, segundo o estudo.


Portugal ocupa a 6.ª posição juntamente com a Alemanha, a Itália, o Japão e a República da Coreia, cumprindo quatro dos dez indicadores.


Os indicadores de referência propostos pelo estudo do Centro de Pesquisa Innocenti da UNICEF constituem um primeiro passo para promover e aferir os resultados alcançados pelas políticas públicas no domínio da primeira infância.


"Um número cada vez maior de crianças, cada vez mais pequenas e por um período cada vez mais longo está a ser confiado a serviços de educação e apoio à primeria infância," afirmou Marta Santos Pais, directora daquele Centro da UNICEF, sedeado em Florença.


Segundo o estudo, oito em casa dez crianças dos países ricos estão inseridas nalgum tipo de estrutura de cuidados e educação infantis.


Para as crianças com menos de três anos, a proporção é de 25 por cento, chegando a mais de 50 por cento em alguns países da OCDE como a Dinamarca e a Islândia.


Na última década começou a verificar-se em muitos países um aumento significativo do número de crianças que passa uma larga parte dos primeiros anos de vida numa estrutura de apoio à infância, fora do seio da família.


Esta mudança nas práticas de guarda das crianças mais pequenas, segundo a Unicef, reflecte alterações de carácter sociológico, tais como o acesso cada vez mais generalizado das mulheres ao mercado de trabalho.


Nos países da OCDE, mais de dois terços das mulheres em idade activa têm um emprego fora de casa. Em Portugal a percentagem de mulheres com filhos menores de três anos que trabalham fora de casa atinge quase 70 por cento.


A evolução, refere a Unicef, é positiva na medida em que acompanha a emancipação das mulheres, mas traduz, igualmente, uma pressão económica crescente sobre as famílias, especialmente sobre as mais pobres, no sentido de retomarem rapidamente a sua actividade profissional após o nascimento de um filho.


Apesar dos esforços desenvolvidos até agora nos vários países, a Unicef considera necessário investir mais decisivamente na educação e no apoio à primeira infância


Tenham respeito ............

A Câmara de Santa Comba Dão rejeita a intenção de afrontar a democracia ao incluir nas festas do 25 de Abril a inauguração de obras no Largo Salazar. Os resistentes antifascistas discordam e repudiam a "provocação".


As comemorações dos 35 anos do 25 de Abril, em Santa Comba Dão, estão a ser precedidas de forte polémica. Tudo porque a autarquia, de maioria social democrata, decidiu integrar no programa que assinala o Dia da Liberdade, a inauguração de obras no largo que tem o nome do ditador natural do concelho: António de Oliveira Salazar.


O autarca João Lourenço recusa qualquer ideia de afrontamento do 25 de Abril e dos ideais democráticos que lhe estão associados. "Nunca me passou pela cabeça tal coisa. Só há três dias, alertado por um presidente de junta do PSD, é que me apercebi da coincidência".


António Vilharigues, da União de Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP), condena a "provocação deliberada aos ideais de Abril".


"Escolher as celebrações para inaugurar obras num largo que leva o nome do símbolo do regime fascista derrubado pelo 25 de Abril, é a mesma coisa que no dia da discriminação racial alguém se lembrar de fazer uma homenagem a Hitler ou a qualquer comandante dos campos de concentração de Auschwitz ou Treblinka", acusa.


Embora discorde de inaugurações, o dirigente da URAP defende que havia outros dias para as fazer. "Escolher o 25 de Abril é uma coincidência forçada. Há de facto uma provocação deliberada por parte do executivo da Câmara, que deve ser assumida pelo seu presidente".


A indignação é partilhada por Alberto Andrade, primeiro subscritor do abaixo-assinado que reuniu 16 mil assinaturas contra a construção do "museu de Salazar". "É um atentado. Uma provocação directa ao 25 de Abril".


Alberto Andrade deixa um recado: "O presidente da Câmara devia pensar no saneamento financeiro do município e não estar a provocar os democratas deste país". E ironiza: "Oliveira Salazar deve estar no túmulo aos tombos com o rigor orçamental desta Câmara".


João Lourenço rejeita "recados ridículos". "O Executivo a que presido não teve a intenção de ferir sensibilidades. Mas se isso aconteceu, é uma boa altura para provarmos a nossa maturidade democrática. Está na hora de exorcizar fantasmas e nada melhor do que o 25 de Abril para provarmos que a democracia portuguesa está madura. Sábado vai ser um dia de festa. Vamos celebrar Abril e inaugurar melhoramentos que garantem bem-estar à população", promete João Lourenço.


Leonel Gouveia, vereador e presidente da concelhia socialista, demarca-se do evento, "despropositado relativamente à data em que foi marcado", e aconselha o executivo a preocupar-se mais "com a asfixia financeira" do município. Anuncia, ainda, que o PS não irá àquela inauguração.


O núcleo do Bloco de Esquerda de Santa Comba Dão também já condenou a "falta de respeito" e a "afronta" de inaugurar, no dia 25 de Abril, "obras no largo que tem o nome do homem que durante 48 anos oprimiu este país e o seu povo".


Droga e pornografia....


Um tribunal inglês ouviu esta semana acusações inéditas sobre o comportamento dos guardas da rainha. Segundo o antigo agente de protecção real, os colegas sentavam-se no trono, jogavam e vendiam droga e pornografia.


As acusações foram feitas durante o julgamento de Paul Page, antigo responsável pela segurança da rainha, que é acusado de fraude e de fazer ameaças de morte. O réu foi ainda mais longe, acusando os antigos colegas de permitirem a entrada de amigos em festas da família real e utilizarem o Palácio como parque de estacionamento para amigos e conhecidos.


Paul Page aproveitou a presença em tribunal do sargento Adam McGregor, que trabalhou na segurança do Palácio de Buckingham até 2005 e que alega ter sido vitima de um esquema montado por Page para financiar uma vida de luxo, para levar a cabo uma série de acusações que descredibilizam os serviços de segurança reais.


Durante uma sessão no tribunal de Southwark, em Londres, a acusação viu-se envolvida no escândalo quando a defesa afirmou que, em vez de garantir a segurança do palácio, as equipas de McGregor levavam a cabo actividades ilícitas dentro das instalações reais. Questionado por John Cooper (representante legal de Page), o sargento McGregor negou as acusações, mas admitiu ter-se sentado num dos tronos de Isabel II. "Poderei ter-me sentado num dos tronos, mas não me lembro de o ter feito em tom de paródia".


Esta não é a primeira vez que guardas da rainha são acusados de consumo de drogas. Em 2006, cinco guardas que haviam sido destacados para a segurança pessoal da rainha durante a abertura anual do Parlamento foram expulsos do serviço militar após terem acusado o consumo de drogas em testes de rotina.


Paul Page nega os crimes de fraude e intimidação. Segundo a acusação, guardas da rainha perderam mais 250 mil libras (278 mil euros) num negócio de alto risco, com um retorno "irrealisticamente elevado", descreveu a procuradoria da rainha. O negócio tinha como objectivo o investimento no mercado imobiliário, mas a acusação alega que Page nunca teve intenção de investir, mas antes de utilizar o dinheiro para pagar dívidas acumuladas pela família.


Aguieira ou Foz-do-Dao?

Uma petição que está a circular em Santa Comba Dão pede que a actual Barragem da Aguieira venha a ser renomeada como Barragem da Foz-do-Dão. Segundo os subscritores, esta seria uma "justa" homenagem à submersa aldeia Foz-do-Dão, que pertencia à Freguesia de Óvoa.


"É de justiça que a Foz-do--Dão seja lembrada e o seu nome perpetuado, até porque imolou a sua própria vida e a continuidade da sua história, toda a sua cultura e até alguns dos seus filhos, à construção daquela barragem", pode-se ler no documento que vai ser entregue na Assembleia da República.
Os peticionários recordam que o aproveitamento hidroeléctrico dos rios Dão e Mondego determinou que viesse a ser construída uma barragem represadora das águas de ambos os rios, o que veio a acontecer na década de 1970/80.
Na altura, desenvolveram-se dois projectos que, entre si, disputaram a construção dessa barragem: um, o então chamado projecto da Barragem do Caneiro-Dão, defendia que ela fosse construída a montante da aldeia da Foz-do-Dão, sem submergir, portanto, esta povoação; o outro, que acabou por ficar conhecido como projecto da Barragem da Aguieira, propunha que a estrutura represadora das águas fosse construída imediatamente a jusante desta aldeia, submergindo-a totalmente. Este último, foi o projecto que acabou por prevalecer, assim fazendo desaparecer a Foz-do-Dão e eliminando-a da toponímia portuguesa.
Foz-do-Dão era uma pitoresca e bem antiga aldeia, situada entre Penacova e Santa Comba Dão, precisamente no ângulo formado pela margem direita do Mondego e a esquerda do Dão, onde os dois rios confluíam.
Estabelecia, também, os limites dos concelhos de Santa Comba Dão, Penacova e Mortágua e era a Foz-do-Dão que dividia os distritos de Coimbra e Viseu e separava a Beira Litoral, da Beira Alta.

Exercito em forca em Penalva do Castelo .....

No âmbito do treino operacional que o 2.º Batalhão de Infantaria do Regimento de Infantaria 14 de Viseu realiza anualmente, 266 militares participam no Exercício Marte 09, em Penalva do Castelo, durante esta semana.
Divididos em dois sectores, o Touro e a Águia, um com base na sede do concelho, no Quartel dos Bombeiros Voluntários de Penalva do Castelo e o outro no campo de futebol da Associação Recreativa e Cultural Sezurense, na freguesia de Sezures, os militares vivem um cenário fictício. Enquanto exercitam técnicas e procedimentos associados a tarefas essenciais de unidades de Infantaria, os militares interagem com a população e envolvem-na em várias iniciativas.


"Penalva do Castelo nunca esteve tão segura como agora", regozija-se o presidente da Câmara de Penalva do Castelo, Leonídio Monteiro. Pela primeira vez, o concelho recebe militares do Regimento de Infantaria 14 (RI14) de Viseu e congratula-
-se com a escolha.
Espalhados por vários pontos estratégicos, uns em zona mais urbana e outros situados em espaços mais rurais, os militares do 2.º Batalhão de Infantaria (2ºBI) armaram a tenda no quartel dos Bombeiros Voluntários de Penalva do Castelo e no campo de futebol da Associação Recreativa e Cultural Sezurense, na freguesia de Sezures.
Mas a presença dos militares é mais abrangente e em qualquer ponto do concelho é normal um cidadão cruzar-se com militares, estejam eles apeados ou em viaturas. A Casa da Música recebe uma exposição do RI14, a Escola Básica 2, 3 acolheu a Torre de Actividades Radicais mas os militares também ocupam a antiga Escola Secundária e os balneários do campo desportivo.
O Centro de Recrutamento de Viseu também se associou ao Exercício Marte 09 e marca presença no concelho para a divulgação do regime de voluntariado e de contrato do Exército.
Durante esta mesma semana todas as freguesias de Penalva do Castelo recebem uma equipa do RI14 para a realização de um rastreio sanitário, tendo como base avaliações de tensão arterial e glicemias, assim como outros assuntos ligados à área da saúde, nomeadamente alguns conselhos de alimentação.
Um rastreio que, no primeiro dia, ultrapassou as expectativas da equipa, uma vez que chegaram a receber cerca de 180 pessoas. Segundo um dos elementos da equipa, no dia ontem, já tinham sido atendidas mais de 300 pessoas.


Área multifacetada
facilita exercício


O comandante do 2ºBI, Tenente Coronel João Godinho, mostrou-se "bastante satisfeito" não só com a escolha do local como também pelo acolhimento da população. "Os militares têm a indicação de fazer patrulhamentos apeados dentro das povoações precisamente para poderem conversar com as pessoas e trocarem impressões. É importante esta interacção com os residentes", manifestou.
No que diz respeito à escolha do local, o tenente coronel Godinho adiantou que "a escolha foi óptima por ser uma zona tão multifacetada". "Há locais mais urbanos e outros mais recônditos, o que ajuda na prática do exercício". Mais acertada não poderia ter sido a escolha do 2ºBI para sediar os dois sectores Touro e Águia, segundo o presidente da Junta de Freguesia de Sezures, Luís Manuel Albuquerque. "Sezures sempre foi um bocado autónomo e até fomos apelidados de País Basco portanto, nem de propósito esta escolha", referiu o autarca.l

quarta-feira, 22 de abril de 2009

TVi responde a Socrates....

A posição formal da TVI relativamente às acusações de José Sócrates ao "Jornal Nacional" da TVI será anunciada às 20 horas, pelo director-geral, José Eduardo Moniz, naquele espaço informativo.

A jornalista Manuela Moura Guedes confirmou que vai processar judicialmente o primeiro-ministro por difamação. Em entrevista à RTP1, transmitida terça-feira à noite, José Sócrates referiu-se ao telejornal das 20:00 horas de sexta-feira da TVI, apresentado por Manuela Moura Guedes, como sendo "travestido" e feito "de ódio e perseguição". "Aquilo não é um telejornal, é uma caça ao homem", afirmou.


Para a jornalista, estas frases demonstram "que a pessoa que exerce o cargo de primeiro-ministro lida muito mal com a liberdade de informação".


A subdirectora de Informação da TVI recordou ainda ter sido a primeira jornalista portuguesa a "pôr um processo de difamação a alguém por causa do exercício do jornalismo". "Processei o antigo presidente do Sporting, João Rocha, e o jornal do clube, e ganhei", referiu. "Isto é uma reprise", concluiu.


Em 2010 o desemprego atinge os 11%...

O Fundo Monetário Internacional prevê para Portugal uma queda de 4,1% do Produto Interno Bruto, em 2009. O desemprego sobe para 9,6% em 2009 e 11% em 1010.


A queda do produto Interno Bruto (PIB) reflecte uma contracção da actividade económica acima dos 3,5% previstos pelo Banco de Portugal.


De acordo com o "World Economic Outlook - Crisis and Recovery" para 2009, o FMI prevê que os preços subam em Portugal 0,3% este ano, ao contrário do Banco de Portugal que estima, no boletim económico da Primavera, uma descida dos preços em 0,2%.


O Banco de Portugal não fez previsões para o desemprego, mas Vitor Constâncio afirmou na semana passada que o número de desempregados deverá aumentar, mas menos do que a "dimensão da recessão parecia indicar".


Para 2010, o FMI prevê para Portugal uma contracção do PIB em 0,5%, uma inflação de 1,0% e uma taxa de desemprego de 11%.


O Orçamento Suplementar para 2009 aprovado pelo Governo, a 16 de Janeiro, previa para este ano uma contracção da economia de 0,8%, uma taxa de inflação de 1,2% e uma taxa desemprego de 8,5 % em 2009 e de 8,2% em 2010.


As últimas previsões do FMI para Portugal, em Outubro de 2008, apontavam para uma subida do PIB em 0,1%, para uma taxa de inflação de 2,0% e uma taxa de desemprego de 7,8%.


Racismo na Uniao Europeia....


O racismo e as discriminações são muito reais na União Europeia, mas as vítimas não apresentam queixa por resignação ou medo.


Um inquérito divulgado em Bruxelas, quando decorre a conferência da ONU contra o racismo, em Genebra, revela que a discriminação, a perseguição e as violências de carácter racial estão muito mais espalhados que o que as estatísticas oficiais indicam", sublinhou Morten Kjaerum, director da Agência dos Direitos Fundamentais da UE, ao apresentar o estudo.


"Existe um problema de racismo em toda a UE e nós apresentamos provas àqueles países que o negam", reforçou Joanna Goodey, uma outra responsável desta agência, criada em 2007.


O inquérito foi realizado nos 27 Estados membros junto de 23.500 pessoas das minorias e dos grupos de imigrantes, indicaram.


"Além disso, 5.000 pessoas das populações maioritárias vivendo nas mesmas regiões das minorias foram interrogadas em 10 países europeus para permitir a comparação de alguns resultados", precisou Goodey.


"Os resultados serão apresentados à Comissão (europeia). Visam lançar o debate e permitir a adopção de medidas", explicou Kjaerum.


Cinquenta e cinco por cento dos inquiridos considera ser muito vasta a discriminação no seu país de residência e 37 por cento diz ter sido alvo de um acto de discriminação nos últimos 12 meses, enquanto 12 por cento sofreu um crime racista no último ano.


Os ciganos mostram o nível mais alto de discriminação, dado que 47 por cento denunciam ter sofrido algum acto deste tipo no último ano, seguidos de 41 por cento dos subsaarianos, segundo o estudo.


A Itália e a França não são consideradas acolhedoras para os cidadãos dos países africanos, enquanto a minoria cigana lamenta o ostracismo de que é vítima na Hungria, República Checa, Eslováquia, Grécia e Polónia.


Os romenos, cidadãos da UE desde 2004, não se sentem aceites em Itália e os brasileiros declaram-se mal amados em Portugal.


"Mas as discriminações e as violências raciais raramente são assinaladas e as que o são constituem a ponta do iceberg", sublinhou Kjaerum.


"As vítimas explicaram que apresentar queixa não mudaria nada, que isso acontece com frequência e que apresentar queixa as poderia prejudicar", adiantou.


Kjaerum assinalou que "muitos evitam certos locais por receio de serem vítimas de agressões racistas, o que não vai no sentido da integração das minorias e dos migrantes defendida na UE".


O estudo é divulgado quando está a decorrer desde segunda-feira e até sexta-feira na sede da ONU em Genebra a Conferência de Revisão sobre o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Formas Conexas de Intolerância que visa dar seguimento à de 2001, na cidade sul-africana de Durban, avaliando a aplicação nestes oito anos da Declaração de Durban e Programa de Acção, considerada a primeira estratégia mundial contra o racismo.


Mais um planeta....


Cientistas revelaram na terça-feira a descoberta do mais pequeno planeta fora do sistema solar (exoplaneta) que se conhece e localizaram o primeiro exoplaneta que pode estar coberto por um vasto oceano, ambos situados no mesmo sistema estelar.


A equipa do Observatório de Genebra, dirigida por Michael Mayor, descobriu um planeta cuja massa é apenas o dobro da do planeta Terra, o que faz dele o mais pequeno exoplaneta entre os 350 descobertos até hoje, segundo um comunicado da ESO, a organização europeia para a investigação astronómica a partir do Hemisfério Sul.


Este planeta, baptizado de “Gliese 581 e”, foi descoberto devido a investigações realizadas a partir do espectógrafo HARPS, ligado a um telescópio de 3,6 metros de comprimento da ESO instalado em La Silla, no Chile.

Portugal , Espanha ou Estados Unidos eram estes os .............

Planos da Santa Sé à data da 2ª Guerra Mundial, caso Hitler cumprisse a ameaça de raptar Pio XI.


A notícia foi avançada pelo jornal britânico Daily Telegraph, que cita documentos dos Arquivos Secretos do Vaticano. Com base num serviço do correspondente em Roma, refere que Pio XII disse à Cúria que a sua captura pelos nazis implicaria a sua resignação imediata, abrindo caminho à eleição de um sucessor.


Nessa eventualidade, os prelados teriam de se refugiar num país seguro e neutro, provavelmente Portugal, onde iriam restabelecer a liderança da Igreja Católica Romana e eleger um novo Papa, escreve o jornal.


Já estava documentado que Adolf Hitler admitia a hipótese de raptar o Papa, mas é a primeira vez que aparecem pormenores sobre a estratégia a seguir pelo Vaticano no caso dos nazis porem em prática esse plano.


"Pio disse que se o quisessem prender teriam de o arrastar do Vaticano" afirmou Peter Gumpel, o padre jesuíta alemão encarregado de investigar a possível santificação desse Papa, tendo por isso acesso aos arquivos secretos do Vaticano.


Pio, que foi Papa durante a guerra, disse aos seus conselheiros que "a pessoa que sair nessas condições não será Pio XII mas Eugénio Pacelli", o seu nome antes de ser eleito pontífice, dando assim luz verde para a eleição de um novo Papa, acrescentou.


"Teria sido desastroso se a Igreja tivesse ficado sem um chefe com autoridade", sublinhou o padre Gumpel.


Disse ainda que Pio XII, apesar de ter sido convidado reiteradamente para ir para Portugal, Espanha ou os Estados Unidos, não sairia do Vaticano de livre vontade mas sentia que não poderia deixar o Vaticano sob aquelas graves e trágicas circunstâncias.


Os documentos do Vaticano, que permanecerão secretos, parecem provar que Pio XII tinha conhecimento do plano formulado por Hitler em Julho de 1943 para ocupar o Vaticano e prender o Papa e os seus principais cardeais.


Em Setembro de 1943 - dias depois da Itália ter assinado a 03 de Setembro o armistício com os Aliados e das tropas alemãs terem ocupado Roma - Pio XII disse aos seus adjuntos que acreditava na sua captura iminente.


O general Karl Otto Wolff, das SS, recebeu ordem para "ocupar o mais rapidamente possível o Vaticano, garantir a segurança dos arquivos e dos tesouros artísticos, e transferir o Papa, juntamente com a Cúria, para que não caíssem nas mãos dos Aliados e exercessem influência política.


De acordo com historiadores, Hitler ordenou a operação por temer que Pio XII continuasse a criticar o tratamento dos judeus pelos nazis e que a sua oposição inspirasse resistência aos alemães em Itália e noutros países católicos.


Estas revelações, segundo o Daily Telegraph, são interpretadas por alguns analistas como uma tentativa do Vaticano para fazer avançar o processo de santificação de Pio XII.


Pio XII foi acusado de anti-semitismo e de alguma simpatia pelo regime nazi, nomeadamente por John Cornwell no seu livro de 1999 "Hitler's Pope", mas outros historiadores católicos e judeus contrapõem que o Papa enfureceu os nazis por ter condenado o Holocausto e por ter desenvolvido diligências para salvar judeus italianos que de outro modo teriam sido enviados para os campos de extermínio.

Convidado nao desejado......


Só "um verdadeiro milagre" pode explicar o facto de nada de grave ter acontecido, ao início da tarde desta terça-feira, em Vilar do Pinheiro, Vila do Conde, quando um camião arrancou desgovernado de uma valeta, sem condutor, tendo chocado com violência contra o muro de um restaurante.


Hugo Faria, há dois anos proprietário do "Via 13", "Nunca ter vivido um susto tão grande", mesmo tendo consciência que o seu estabelecimento, situado na EN13, "fica numa zona muito movimentada e, por isso, sujeita a vários acidentes".


"Foi por volta das 11 horas quando me apercebi que um motorista parou o camião na berma, com problemas, 20 metros acima do meu restaurante, no sentido Porto-Vila do Conde. Ali ficou a manhã toda. Qual não foi o meu espanto quando, por volta das 13 horas, vi-o sair desgovernado, a galgar as faixas de rodagem", explicou Hugo, que na altura estava à porta do restaurante.


"Aconteceu tudo em cinco segundos e pensei que o motorista teria adormecido na parte de trás do camião", acrescentou o empresário mal refeito do susto, que se apercebeu que o homem, afinal, saiu a correr, "da zona entre a cabina e o atrelado".


Valeu a rápida intervenção de Joaquim Félix, voluntário dos Bombeiros de Moreira da Maia, que se encontrava a almoçar no restaurante e que, mal se deu o acidente, telefonou para o 112 a pedir ajuda. "Fiz a minha obrigação", disse Joaquim Félix, que chegou a temer o pior quando viu "que a mercadoria eram botijas de oxigénio".


"Quando cheguei ao camião, a minha preocupação foi perceber se havia feridos", afirmou o bombeiro, que explicou que "o oxigénio medicinal só se torna perigoso se estiver em contacto com gorduras". O que de facto podia ter acontecido , ainda que as botijas estivessem vazias, "porque o veículo pesado teve um derrame de óleo", apontou Joaquim Félix. Por isso, logo à chegada da corporação de Vila do Conde, colocou-se espuma no piso por precaução.


No local do acidente, várias pessoas sublinharam que as causas do despiste podem estar relacionadas "com a falta de experiência do condutor espanhol".


"Ele, por volta das 12.45 horas, veio pedir-me uma chave inglesa", disse António Alves, proprietário de uma loja de materiais em segunda mão, contígua ao restaurante, que chegou a ver o espanhol a "mexer nuns tubos". "Provavelmente, sem saber, terá mexido em algum compressor ligado aos travões", acrescentou.


Quatro horas depois do camião ter chocado contra o muro do "Via 13", ainda havia clientes que não conseguiam sair do parque de estacionamento,porque o camião estava a barrar a saída. "É inadmissível que estivéssemos à espera de um reboque que viria de Espanha", desabafou João Pinto. "Já tinha reservado lanche e jantar", acrescentou, irónico.


"Quem agora vai pagar a caldeirada de chocos que ficou toda no tacho por falta de clientes?", desabafou Preciosa Oliveira, ajudante de cozinha.


Numa "pilha de nervos" continuava o "herói" Joaquim Félix, "preso por causa do carro", quando a mulher, Juliana, preparava-se para dar à luz no Hospital da Póvoa de Varzim.


Quer ganhar meio milhao em ...........

Uma empresa de venda de equipamentos para médicos veterinários sediada em Ponte de Lima prevê, com apenas 500 euros de custos fixos, facturar até ao final deste ano entre 300 e 500 mil euros.


A previsão pode até soar a absurdo, principalmente nos tempos que correm, mas o mentor da "Give me options", instalada na Internet como "Doctorgimo", garante ter encontrado uma fórmula para se tornar imbatível no mercado.


Marco Fernandes, 34 anos, veterinário de profissão, com clínica aberta ao pública na vila de Ponte de Lima, é o mentor da empresa que desde Maio de 2008 "está aberta para todo o Mundo 24 horas por dia". Sem instalações físicas, apenas alojada na Web, a firma está neste momento a vender equipamento médico para veterinários a preços insuperáveis no mercado para Portugal Continental, ilhas e Espanha. Nos primeiros três meses deste ano, já facturou tanto quanto nos seus primeiros nove meses de existência. E qual é o segredo? "Custos reduzidíssimos e margens de lucro boas", responde o clínico, revelando que o seu maior trunfo são "as vendas a metade do preço".


"É muito difícil combater a minha empresa. Para me combater, têm de me liquidar porque a empresa sou eu. Nas guerras que entro não levo canhões, nem aviões, sou só eu, mas faço muitos estragos porque posso ganhar todos os concursos em que entrar. Se for só pelos orçamentos, ganho-os todos", garante.


Segundo Marco Fernandes, o sistema de negócio da "Doctorgimo" resume-se a uma boa carteira de fornecedores espalhados pelo Mundo inteiro, que vendem equipamentos a preços muito abaixo dos praticados em Portugal. Junte-se a isso também a inexistência de uma loja física e uma equipa de trabalhadores que por norma absorvem grande parte dos potenciais ganhos, e os gastos quase nulos em telecomunicações.


"Pode-se ter uma margem de lucro muito grande, mas se temos uma equipa de vendas no terreno, com carros e com comerciais que ganham comissões, além de valores fixos, chega-se ao fim e o dinheiro é para manutenção", comenta o jovem veterinário, adiantando que a actividade da sua empresa se faz com recurso a um telefone/fax e Internet que já tinha instalados em casa e um telemóvel da sua clínica veterinária. Em caso de ser necessário algum espaço físico, utiliza a sua cave e conta com a ajuda do cunhado, Sérgio Viana.


Depois de um percurso curto mas lucrativo, criou, entretanto, uma página gratuita na Internet e distribuiu folhetos nas clínicas de Norte a Sul do país e, após algumas peripécias, vendeu o seu primeiro ecógrafo, em Junho de 2008, por 3700 euros, "metade do preço da concorrência em Portugal".


Desde aí, garante nunca mais parou, e afirma: "Não sei como estarei daqui a três meses". Aos mais pessimistas, deixa uma mensagem: "No mau, tento sempre encontrar alguma coisa de bom e, nesta crise que toda a gente fala, a verdade é que existem oportunidades aos pontapés".


Ele acusa que a TVi esta a fazer "Caca ao Homem"


José Sócrates foi à RTP acusar a TVI de fazer contra si uma "caça ao homem" no caso Freeport e não perdeu a oportunidade para avisar Cavaco Silva de que o presidente da República não pode deixar instrumentalizar-se pela Oposição.


Foi sempre num clima tenso que o primeiro-ministro respondeu às questões de Judite de Sousa e de José Alberto Carvalho sobre o caso Freeport, mas também quanto às relações com o presidente da República.


O assunto Freeport foi deixado para o final da entrevista, mas percebeu-se que José Sócrates tinha uma mensagem - a de criticar o trabalho que tem sido feito pelos jornalistas e, em particular, pela TVI.


"O telejornal daTVI das sextas-feiras não é um telejornal, mas sim uma caça ao homem". Com esta frase (que levou Manuela Moura Guedes, segundo o Público, a ameaçar com um processo judicial) proferida em tom exaltado, o primeiro-ministro negou que convivesse mal com a liberdade de expressão. E justificou as nove acções judiciais movidas contra jornalistas: "Não são acções contra jornalistas mas contra pessoas que me difamaram".


Ainda em relação ao caso Freeport, Sócrates esclareceu que agiu judicialmente contra Charles Smith, o homem que o terá acusado, segundo um vídeo divulgado pela TVI, de ser "corrupto". Fez ainda questão de lembrar que toda a investigação do caso teve origem numa carta anónima que terá sido escrita por um antigo dirigente do CDS-PP de Alcochete. E negou que o Governo tenha feito qualquer pressão sobre os magistrados que estão a investigar o caso.


"Não me encontrei com nenhum procurador. Nem nunca troquei qualquer palavra sobre este caso com o procurador-geral da República", garantiu, ao mesmo tempo que demonstrava confiança que o caso não irá ter efeitos eleitorais. "Duvido que isso aconteça", respondeu, quando questionado sobre a possibilidade de o PS perder a maioria absoluta. Até porque, tinha manifestado anteriormente "esperança de que a investigação seja concluída o mais cedo possível" e que "seja investigado e punido" quem tenha usado o seu nome "com o objectivo de obter alguma vantagem ilícita ou criminosa".


Os últimos episódios das divergências de Cavaco Silva em relação à resposta do Governo à crise preencheram a primeira parte da entrevista. Ao dizer não acreditar que o presidente estivesse a criticar o Governo quando disse que "as estatísticas são usadas para ocultar a realidade", Sócrates recusou também que esteve a responder a Cavaco quando criticou "quem faz política de recado e do bota-abaixo".


"Não é a primeira vez que faço afirmações desse tipo, refiro-me à Oposição e, em particular, ao PSD", afirmou o chefe do Governo, ao mesmo tempo que deixava, também ele, um recado em que os destinatários foram o PSD e o próprio chefe de Estado.


"Se a Oposição pensa que vai transformar o presidente no rosto da Oposição, está enganada. Cada um tem de pedalar a sua própria bicicleta. Não acredito que o presidente assuma esse papel".


Quanto à necessidade, repetida diversas vezes por Cavaco, de haver uma avaliação do custo/benefício das grandes obras públicas, Sócrates defendeu-se com o argumento de essa não ser a prática dos executivos anteriores e remeteu para a leitura do "site" do Ministério das Obras Públicas.


A política governativa de resposta à crise era um dos assuntos que o primeiro-ministro levava mais bem preparado para a entrevista. Apesar de tudo, manifestou irritação quando Judite de Sousa o confrontou com a "resposta tardia do Governo" e, para citar declarações suas em Outubro de 2008 sobre a crise, até disse "basta ler os despachos de Lusa".


Foi neste tema que o primeiro-ministro deixou o anúncio de uma medida adicional de combate aos efeitos sociais do desemprego.


O subsídio social de desemprego, que já foi alargado em seis meses, passará a abranger mais cerca de 15 mil pessoas. Sócrates prometeu que o indexante da capitação vai ser aumentado. Ou seja, explicou, "o limiar a partir do qual é concedido o subsídio social é de 330 euros por pessoa do agregado familiar e passará para 450 euros".


Os nossos direitos foram violados.

Os clientes têm razão em metade das reclamações analisadas pelo Banco de Portugal. Em 6861 casos, à razão de 19 por dia, os bancos não cumpriram as suas obrigações. Queixas centram-se em depósitos e crédito ao consumo.


Diz o Banco de Portugal (BdP), no relatório de Supervisão Comportamental relativo a 2008 e ontem divulgado, que, em pouco mais de metade (52%) dos casos, as queixas apresentadas no Livro de Reclamações ou directamente ao banco central são arquivadas, por entender que o cliente não tem razão.


Mas nas restantes 48% situações - quase sete mil -, a razão está do lado do cliente. Estas reclamações são resolvidas por livre iniciativa da instituição em causa ou depois de intervenção do banco central. E basta a entidade em causa alegar que o problema foi solucionado para que o BdP mande arquivar a reclamação. Ou seja, a cada dia que passou, as instituições tuteladas pelo banco central violaram 19 vezes os direitos dos clientes.


Note-se, também, que as reclamações são, cada vez mais, justificadas. Em 2008, 48% das queixas eram válidas, contra apenas 39% no ano anterior - uma diferença de quase dez pontos percentuais.


No topo das queixas dos consumidores surgem dois temas: depósitos e outros tipos de poupança e crédito ao consumo. O crédito à habitação foi relegado para segundo plano, graças às novas leis e regulamentos publicados sobre o assunto e ao "maior esclarecimento dos consumidores", justifica o banco governado por Vítor Constâncio.


Os empréstimos à habitação continuam, ainda assim, o assunto que mais consultas motivou ao Portal do Cliente Bancário, a página na Internet acessível a partir do "site" do Banco de Portugal e onde é possível encontrar informação e apresentar queixas. Outros temas - como transferências, cheques, cartões, operações em dinheiro ou débitos direitos - tiveram uma expressão muito menor no rol de reclamações.


Em todos estes casos, 2008 assistiu a um disparar dos protestos apresentados. Foram 1191 por mês, no ano passado, mais 63% do que os entrados no ano anterior. E o BdP adianta que as queixas de que tem conhecimento são apenas "uma fracção do total", já que "os clientes bancários apresentam frequentemente reclamações" directamente à instituição visada.


O BdP não revelou que instituição financeira mais reclamações recebeu, em absoluto, mas ponderou os dados pelo peso de cada uma no mercado. Assim, tanto nas contas à ordem quanto nos créditos à habitação, o Deutsche Bank foi, de longe, o alvo preferencial das queixas. Já no crédito ao consumo, a mais visada foi a Crediagora, uma empresa de "crédito fácil", do grupo Société Générale.


O Best, banco "on-line" do grupo Espírito Santo, aparece também em primeiro lugar no que toca a cheques e a cartões.


Seis detidos na zona de Vila Nova de Paiva.

A Guarda Nacional Republicana realizou, na região de Vila Nova de Paiva, uma operação de fiscalização, que teve como principais alvos os estabelecimentos de diversão nocturna.
Os principais objectivos da acção foram a detecção de pessoas em situação ilegal no país e de armas, além do combate à criminalidade em geral e o cumprimento da legislação, por parte dos proprietários dos bares.
A intervenção contou com a presença de mais de seis dezenas de militares daquela força de segurança, que foram não só enviados para os estabelecimentos, mas também colocados nos principais acessos rodoviários à região. De acordo com as autoridades, a operação permitiu detectar três cidadãs de nacionalidade brasileira, que não tinham autorização para permanecer em território nacional. A GNR procedeu à sua detenção, entregando-as, posteriormente, aos colegas dos Serviços de Estrangeiros e Fronteiras.
Os agentes detiveram, ainda, um homem por condução sob a influência de álcool, outro por condução de veículo sem habilitação legal e um terceiro por desobediência, depois de se ter recusado a efectuar o teste de alcoolémia. Os militares apreenderam um pistola de defesa pessoal, de calibre 6,35 mm, três automóveis, por não se encontrarem em situações de circular na estrada e duas doses de haxixe.
Foram, ainda, levantados 48 autos de contra-ordenação por diversas infracções ao Código da Estrada.


Armas em Cinfães


Em Cinfães, a Guarda Nacional Republicana realizou, no âmbito de um inquérito, uma busca domiciliária. A acção, na qual foram empenhados vários militares daquele posto, permitiu a apreensão de duas armas de caça, calibre 12mm, uma munição de calibre 7,62 mm, outra munição de calibre 6,35 mm e 76 cartuchos de calibre 12 mm.

Pedimos ajuda.........


O presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, considera que ficou patente, desde a abertura ao público da Ecopista de Viseu, que vale a pena acarinhar o projecto, revelando que existem ideias para o preservar e tornar ainda mais acolhedor. Uma delas é o embelezamento das bermas, envolvendo os moradores, cujos terrenos fazem fronteira com a infra--estrutura, com o município a suportar as despesas.
O edil mostrou-se muito satisfeito com a procura, por parte da população, daquele equipamento. Explicou que as expectativas iniciais foram largamente ultrapassadas, lembrando que, nos últimos dois anos, cerca de um milhão de pessoas utilizaram a ecopista.
Destacou, ainda, "o carinho" que os viseenses têm pela infra--estrutura e o seu contributo na melhoria física e psicológica dos cidadãos. "Só temos de estar contentes com a construção desta obra", adiantou. Ontem realizou-se uma caminhada comemorativa, na qual participaram cerca de três centenas de pessoas. O vereador com o Pelouro do Desporto, Guilherme Almeida, aproveitou o momento para lembrar que a Ecopista de Viseu irá prolongar-se em breve até Santa Comba Dão, num projecto avaliado em cinco milhões de euros e que, em conjunto com as autarquias tondelense e santacombadense, irá criar uma das mais maiores ecopistas da Europa, com mais de 40 quilómetros.
Além disso, lembrou que a Câmara de Viseu está, também, em negociações para criar uma estrutura semelhante até Sever do Vouga, aproveitando o antigo ramal ferroviário do Vouga.


"Zelar pelo que é nosso"


Guilherme Almeida fez questão de salientar que o município tem vindo a levar a cabo um grande esforço para manter a ecopista até Figueiró, nas melhores condições, explicando que, semanalmente, uma equipa de funcionários é obrigada a deslocar-se aquela estrutura para reparar pequenos estragos dos quais os utentes dão conta em telefonemas, cartas e mensagens electrónicas enviadas para a Câmara.
Por essa razão, pediu às centenas de participantes presentes que estejam atentos e que zelem por uma infra-estrutura que é de todos.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Todos a caca do mesmo......

Os 14 municípios que integram a Comunidade Intermunicipal da Região Dão Lafões podem candidatar-se, até ao final do mês, aos primeiros 24 milhões de co-financiamento comunitário no âmbito do FEDER/QREN.


O presidente do organismo, Carlos Marta, lamenta a disponibilização "tardia" dos recursos financeiros do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) e os reflexos no desenvolvimento de projectos em carteira.


"Se o programa tivesse respeitado os prazos iniciais (2007-13), como era suposto acontecer, o ano passado a maioria dos municípios teria formalizado as suas candidaturas, apresentado os seus projectos e, nesta altura, já poderia haver muita obra em curso por essa região fora", lamenta o dirigente, também presidente da Câmara Municipal de Tondela.


Apesar dos "contratempos", Carlos Marta avisa que é preciso "arregaçar as mangas" e "acelerar os processos" para que os prazos actuais sejam respeitados.


"Nesta altura, não nos interessa muito conhecer as razões para os atrasos registados. O importante é avançar. Os municípios estão empenhados, a maioria tem projectos preparados para formalizar a candidatura, e os prazos serão seguramente cumpridos na parte que nos toca", diz Carlos Marta.


Os 14 municípios integrantes da comunidade intermunicipal poderão aceder, até 2013, a um total de 73,3 milhões de euros provenientes do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) no âmbito do QREN.


Os 24 milhões de euros de cofinanciamento FEDER, postos a concurso nesta primeira fase, que decorre durante o mês de Abril, destinam-se a apoiar projectos nas áreas da Mobilidade Territorial (3 milhões), Equipamentos de Coesão Local (3,3 milhões), Áreas de Acolhimento Empresarial e Logística (3 milhões) e outras.


"O remanescente daquela importância cofinanciará projectos em áreas diferenciadas", explicou Nuno Martinho, secretário executivo da CIMRDL.


"A comparticipação dos fundos comunitários oscilará entre os 53 e os 70 por cento. O restante será assumido pelas entidades promotoras", diz a mesma fonte.


Zonas industriais, polidesportivos, museus, auditórios, variantes, estradas municipais, e a ecopista que vai unir os concelhos de Viseu, Tondela e Santa Comba Dão, são alguns dos projectos passíveis de serem co-financiados por fundos comunitários. "Os concursos fecham em Abril. Até Junho, será definida a sua elegibilidade", acrescenta Nuno Martinho.


"Em Junho serão ainda lançados novos concursos no âmbito da CIMRDL. Isto sem prejuízo das candidaturas que correm na Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Centro", conclui Carlos Marta.