Desde o início da vaga de frio, em Dezembro, já morreram 24 pessoas no Reino Unido, segundo a contabilidade feita pelos meios de comunicação social locais.
O serviço de meteorologia britânico mantém o alerta de frio para as próximas duas semanas. Na noite passada, os termómetros registaram -22,3º em Altnaharra, uma aldeia escocesa.
Esta sexta-feira, apesar de os principais aeroportos terem estado abertos, dezenas de voos foram cancelados.
A circulação de comboios e automóveis também foi afectada. A companhia ferroviária de alta velocidade Eurostar, por exemplo, reduziu em um terço o seu serviço.
Já em França, a neve privou dezenas de milhares de lares de electricidade, causando ainda atrasos nos comboios e cancelamentos de voos no aeroporto de Lyon. A Direcção-Geral da Aviação Civil francesa já pediu às companhias para anularem, no sábado, 25 por cento das suas ligações para o Aeroporto Roissy-Charles-de-Gaulle, em Paris.
Cinco regiões e 25 departamentos foram colocados sob alerta.
Em Espanha, todas as regiões, com excepção da Andaluzia, da Extremadura e das Canárias, estão em alerta devido à previsão de novas quedas de neve, ventos fortes e descida de temperatura.
Por sua vez, na Alemanha, onde são esperados -10º, as autoridades aconselharam a população a guardar comida e medicamentos para três ou quatro dias e a não sair de casa, a não ser para o indispensável. O número de sem-abrigo mortos com a vaga de frio aumentou no país para dez.
Na Polónia, a intempérie já matou, desde Novembro, 139 pessoas.
Após numerosos acidentes rodoviários, a República Checa decidiu fechar, durante três horas, a circulação a camiões em duas importantes fronteiras, com a Alemanha e a Eslováquia.
Em Portugal, os 0º previstos para Lisboa durante a madrugada de sábado levaram o Metropolitano a manter as portas abertas aos sem-abrigo nas estações do Marquês
de Pombal, dos Restaurantes e de Arroios.