O director-geral de Saúde, Francisco George, disse estar "menos preocupado" com a gripe A H1N1, realçando que "tudo indica que a virulência do vírus não é particularmente perigosa".
Francisco George enalteceu, também, "a rapidez com que os dispositivos foram accionados", designadamente em Portugal, para enfrentar a nova estirpe de gripe que surgiu no México, em Abril, afectando agora países de vários continentes.
"Estamos bem preparados no que respeita às respostas a dar", acrescentou.
O director-geral de Saúde falava aos jornalistas, em Coimbra, onde presidiu à última conferência do congresso "Pandemias na era da globalização", apresentada por Pedro Lopes, administrador dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC).
Presidido pelo catedrático António Meliço-Silvestre, o congresso foi organizado pelo Serviço de Doenças Infecciosas dos HUC.
Segundo Francisco George, "há sinais de que a infecção, na maioria dos casos, evolui de forma benigna", incluindo em Portugal.
O director-geral de Saúde disse que falou esta manhã ao telefone com o seu homólogo de Espanha, coordenador do plano nacional de contingência contra a gripe A H1N1.
Em Espanha, estão confirmados 93 casos, mas "não há áreas afectadas, com transmissão em cadeia do vírus à comunidade".
"Não há em Portugal uma situação de risco acrescido" devido à proximidade de Espanha, assegurou.
Francisco George adiantou, no entanto, que "o nível de atenção é o mesmo" e que "todos os dispositivos estão activados".
Em Portugal, disse, está confirmado um caso de gripe A H1N1, enquanto em todo o mundo foram detectados 3.285, verificando-se "uma taxa de letalidade de 1,3 por cento".
Salientou que, na Europa, não foi registado até ao momento qualquer caso de morte devido a esta gripe.