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quinta-feira, 29 de abril de 2010

Um terço dos partos em 2008 foi feito por cesariana...

Um  terço dos partos em 2008 foi feito por cesariana

O número de cesarianas continua a crescer em Portugal, tendo representado 32,5 por cento do total de partos em 2008, segundo um relatório da Direcção-geral da Saúde (DGS). As autoridades querem reduzir a taxa para 20 por cento.

O aumento relativamente ao ano de 2007 é de apenas meio ponto percentual, mas em termos brutos significam mais 913 partos por cesariana.

O Plano Nacional de Saúde (PNS) 2004-2010 reconhece a importância da taxa de cesarianas como critério de qualidade e tem como meta a sua redução para 20 por cento até 2010.

Segundo o relatório da DGS concluído este mês, em 2008 houve 86 831 partos, mais 1454 do que no ano anterior.

Do total, pouco mais de metade foi parto considerado normal (sem recurso a quaisquer instrumentos auxiliares), 32,5 por cento foram cesarianas e 13,4 por cento representam partos com recurso a fórceps ou a ventosas.

O projecto "Pelo direito ao normal", apoiado por um vasto grupo de peritos, pretende promover o parto natural "sem qualquer intervenção, mas assistido por profissional de saúde".

Segundo o documento proposto por este grupo, e que está em análise na DGS, a indução do trabalho de parto pode vir a ser excluído do conceito de parto normal.

A indução do trabalho de parto (com recurso a medicamento ou rupturas de membranas), o uso de fórceps, ventosas ou anestesia geral ficam, segundo esta proposta, excluídos da classificação de parto normal, bem como o nascimento por cesariana.

A rotura artificial de membranas só poderá ser incluída caso seja realizada sem o intuito de induzir o trabalho de parto.

O documento, a que a agência Lusa teve acesso, recomenda ainda que se evite a utilização por "rotina" de clisteres, a raspagem dos pelos públicos, a aceleração do trabalho de parto e a restrição de alimentos e água, procedimentos comuns em maternidades portuguesas.

"É um projecto que se propõe construir um consenso sobre conceitos, princípios e práticas promotoras do parto normal, entre os grupos profissionais directamente envolvidos na assistência ao parto, utilizando uma metodologia que inclui a perspectiva do cidadão", refere o documento.

No documento, em que se revê todo o conceito e prática do parto normal, pretende alcançar-se um consenso e neste momento está a ser certificado pela Ordem do Médicos, Ordem dos Enfermeiros e Direcção-Geral da Saúde, segundo fonte ligada ao processo.

Do grupo de peritos que subscreve o documento, encontram-se o presidente da Sociedade Portuguesa de Obstetrícia, Luís Graça, o também ginecologista e presidente do conselho de administração da Maternidade Alfredo da Costa (ANA), Jorge Branco, e Ana Campos, directora do serviço de Obstetrícia da mesma maternidade.

JN

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