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segunda-feira, 26 de abril de 2010

Autoridades já apanharam 110 novas drogas na Europa...

Autoridades já apanharam 110 novas drogas na Europa

Só em 2009 apareceram 24 novas substâncias psicoactivas. Drogas estão a mudar.

Durante o ano passado foram detectadas 24 novas drogas na Europa. De acordo com o Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (OEDT), trata-se do número mais elevado desde a criação, em 1997, do sistema de alerta rápido através do qual as autoridades policiais dos diversos países monitorizam as novas tendências relativamente ao consumo de substâncias psicoactivas.

O número recorde de novas drogas detectadas em 2009 corresponde a mais do dobro do ano anterior, quando foram identificados pela primeira vez 13 produtos estupefacientes. "Todos os novos compostos são sintéticos, incluindo duas substâncias com propriedades medicinais", revela fonte do OEDT.

Desde o seu início, o sistema permitiu notificar mais de 110 novas drogas, muitas delas "aparentadas das anfetaminas", diz o presidente do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT), João Goulão, explicando tratar-se de produtos em que são introduzidas algumas "variantes moleculares para iludir o sistema de proibição". Ou seja, novas substâncias criadas em laboratório para "tentar escapar" à alçada da lei.

Notificadas pela primeira vez à Europol em países como a Alemanha, Finlândia e Dinamarca, estas drogas rapidamente chegam a consumidores nos mais variados países europeus, Portugal incluído. "Vivemos num mundo globalizado em que as drogas circulam com grande intensidade", refere o presidente do IDT, sublinhando que as "maiores preocupações" por parte das autoridades portuguesas continuam a incidir nos consumos de heroína e cocaína.

Ao DN, Ana Gallego, do sistema de alerta rápido e avaliação dos riscos das novas formas de consumo de substâncias psicoactivas, diz que entre os consumidores destes produtos, muitas vezes apresentados como "legais" e sem efeitos secundários para a saúde, se incluem jovens apostados em "experimentar novas experiências" e consumidores sujeitos a análises de rotina para despiste de droga, incluindo a população prisional. "Estas drogas são tão novas que não estão integradas nos protocolos de análise e podem passar facilmente nesse controlo", explica esta responsável.

Também as formas de comercialização mudam com frequência, sendo cada vez mais usual o recurso a lojas virtuais na Internet. Uma das drogas que estão actualmente a ser estudadas pelos peritos do OEDT e pela Europol é a mefedrona, também conhecida como "k-cat", que se suspeita já ter provocado a morte a, pelo menos, dois adolescentes britânicos.

Trata-se de uma substância "vendida como fertilizante de plantas e que depois é utilizada para outros fins", diz João Goulão, acrescentando terem sido encontrados os mais diversos tipos de situações onde se procura dissimular a existência de droga. Um exemplo: derivados da cannabis vendidos "como incenso".

Monitorizada desde 2008, a spice, já considerada como uma das drogas da "moda", começou por escapar ao controlo da polícia pois era vendida através da Internet como se fosse um simples purificador de ar. Mas, entre as diversas ervas aromáticas, inofensivas, encontram-se escondidos "cana- binóides sintéticos". Uma "moca" que "atrofia demasiado", descreve uma consumidora num fórum online sobre drogas.

Uma realidade nova e em constante mudança para as polícias, profissionais e consumidores.

DN

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