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Radio Viseu Cidade Viriato

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Liberdade deve ser valorizada...


“É urgente melhorar a qualidade da democracia”, defendeu ontem Francisco Sarsfield Cabral na comemoração do 36.º aniversário da Revolução dos Cravos, data que se assinalou na sede da Junta de Freguesia de Ranhados, em Viseu.

Na sua opinião, os portugueses devem ser “mais independentes como sociedade civil” e não se devem “encostar” ao Estado. “Nós não gostamos do Estado, porque pagamos impostos, mas depois quando há algum problema, recorremos ao Estado”, afirmou durante a sua intervenção.
Sarsfield Cabral disse que “devemos valorizar a liberdade que temos”, mesmo considerando que houve “desilusão depois da revolução liberal”, pois mudaram-se muitas leis “de uma forma radical”. “Confiamos demais na mudança das leis. Somos um país que acredita que a mudança das leis resolve tudo, depois, se se cumprem ou não, não interessa”, acrescentou.

O jornalista lembrou que viveu 35 anos debaixo da censura do Estado Novo e, após a revolução do 25 de Abril, o sentimento que ficou foi de “desilusão”: “Houve esperanças que não foram cumpridas, houve mudanças e uma certa decepção”.

A regularização das contas públicas só foi conseguida à custa da ditadura, quando Salazar entrou para o Governo, “e ele conseguiu uma coisa que não conseguimos na democracia”.
Sarsfield Cabral acredita que esta não é a mais grave crise portuguesa, mas sublinha que é preciso “mudar o perfil exportador” para “pôr as contas públicas em ordem em democracia”.
“Infelizmente, o desemprego não vai baixar tão cedo. Estão a fechar muitas fábricas e a abrir poucas e a maior parte das que abrem têm pouca mão-de-obra, porque utilizam cada vez mais tecnologia”, lamentou, referindo que a “fraca qualificação dos portugueses é outro obstáculo”.
Na cerimónia, que pretendeu assinalar o dia da conquista da liberdade, estiveram representadas várias entidades e discursaram os representantes dos partidos políticos com assento na Assembleia Municipal, assim como o presidente deste órgão, Almeida Henriques, e o presidente da Junta de Ranhados, António Mateus

DV

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