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quinta-feira, 17 de junho de 2010

Morreu após receber pulmão de fumador

Lynsey Scott, uma jovem britânica de 28 anos, faleceu de pneumonia meses após ter recebido um transplante de um pulmão, cujo dador se comprovou ter sido fumador durante cerca de trinta anos.

Lynsey, que nasceu com fibrose cística, uma doença hereditária que causa deficiências progressivas no organismo, foi operada em Fevereiro de 2009, após o agravamento da sua condição clínica. Faleceu em Julho passado, tendo sido dada como causa da morte uma pneumonia.

No Reino Unido, este caso tem sido usado para pedir uma maior transparência sobre as origens dos órgãos doados.

O pai de Lynsey, Allan Scott, referiu que a sua filha ficaria “horrorizada” se descobrisse a origem do pulmão que recebeu.

"Posso dizer com toda sinceridade que ela ficaria horrorizada ao saber que aqueles pulmões eram de um fumador e com certeza teria recusado seguir em frente com a operação", disse o pai da jovem.

O órgão tinha sido classificado pelo hospital com sendo “marginal”, ou seja, de certo risco para o paciente, mas ainda assim considerado suficientemente seguro para se levar avante o transplante. No entanto, os pais de Lynsey defendem que os pacientes deveriam ser avisados das condições dos órgãos que recebem.

O University Hospital of South Manchester, responsável pelo hospital onde Lynsey foi operada, afirma que foram seguidas as directrizes da National Blood and Transplant Service, a entidade responsável por operações e transplantes no país.

O mesmo organismo revelou ainda que o número de pulmões considerados seguros para transplante aumentou graças à ampliação dos critérios feita pelo hospital. Esta ampliação foi despoletada pela falta de órgãos que se verifica no caso de transplante do pulmão.

"Caso existam factores ou questões envolvendo o doador que transformem a doação num procedimento de mais alto risco, nós vamos discutir estas preocupações directamente com o receptor, por exemplo abuso de drogas ou um episódio particular na vida do dador", acrescentou ainda o porta-voz do hospital.

Um porta-voz do departamento de saúde britânico afirmou que esta é uma questão em que "existem directrizes que determinam os riscos e os benefícios de quando um órgão deve ser usado."

O numero de órgãos considerados “marginais”, segundo a BBC, era de 13% em 1998, aumentando, passados dez anos, para o dobro.

JN

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