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sábado, 19 de junho de 2010

Lua tem mais água interior do que se pensava até hoje

Lua tem mais água interior do que se pensava até hoje

Nova análise das rochas lunares trazidas pelos astronautas das missões 'Apollo' permitiu fazer a descoberta

Os 12 homens que caminharam sobre a sua superfície encontraram um mundo árido e durante mais de 40 anos pensou-se que a Lua não tinha pinga de água. Era isso que mostrava também o estudo das amostras de rochas trazidas pelos astronautas das missões Apollo. Mas, afinal, não é assim. Há mesmo água nas rochas lunares e talvez também no próprio interior do satélite natural da Terra. O estudo que o indica foi publicado ontem na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

Durante anos, diferentes grupos de cientistas estudaram as amostras trazidas da Lua pelos astronautas americanos de 1969 a 1972, mas as técnicas de análise de que dispunham não permitiram detectar indícios de água. O primeiro sinal positivo só chegou em 2008, quando um grupo de investigadores utilizou uma nova técnica de espectrometria de massa e detectou água em rochas vítreas que estavam entre as amostras.

Agora uma outra equipa, esta do laboratório do Carnegie Institution's Geophysical Laboratory, foi mais longe e vem dizer que há cem vezes mais água naquelas rochas lunares do que se pensava.

A água foi identificada em amostras de apatite e isso pode indicar que haverá também água no interior da Lua.

"É gratificante ver esta prova da existência de água", sublinhou o cientista lunar Bradley Jolliff, citado pela Science Daily. "As concentrações são muito baixas e portanto eram indetectáveis até há pouco, mas a partir de agora podemos começar a pensar nas implicações [desta descoberta] e na origem da água no interior da Lua", adiantou.

A equipa coordenada pelo investigador Francis McCubbin estudou um tipo de amostras lunares ricas em potássio, fósforo, urânio e elementos raros na Terra. Para o fazer, combinou a técnica de espectrometria de massa aplicada em 2008 com um modelo para simular o arrefecimento da Lua durante o qual aqueles materiais cristalizaram. A conclusão é que há ali mais água do que se supunha. Isso indica também que a água já estava presente no magma da Lua quando esta se formou há 4,5 mil milhões de anos e, portanto, deve permanecer alguma lá dentro.

DN

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