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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Quatro ondas de calor desde Maio

Quatro ondas de calor desde Maio

Organização Meteorológica Mundial diz que 17 países registaram este ano as temperaturas mais altas de sempre

Portugal já foi afectado este ano por quatro ondas de calor, só desde Maio. Ou seja, períodos de pelo menos seis dias com temperaturas cinco graus superiores à média. Extremos que contribuíram para tornar o mês passado no Julho mais quente desde 1931. E os primeiros 12 dias de Agosto registaram também uma máxima cinco graus acima da média. Mas não é só Portugal que vive um Verão quente, a tendência é mundial: segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), as temperaturas bateram recordes em 17 países.

As ondas de calor registadas em Portugal afectaram regiões diferentes: a primeira ocorreu em Maio e afectou muitos locais do litoral e parte do Alentejo. Julho ficou marcado por dois períodos muito quentes: uma onda de calor no início do mês no Ribatejo e Alentejo, e outra no fim que afectou a região de Lisboa, Setúbal e Alentejo e Minho.

No início de Agosto, outro período excepcionalmente quente foi registado em estações dispersas por todo o País, incluindo novamente o litoral alentejano, onde estes fenómenos são menos comuns devido ao efeito moderador causado pela proximidade do mar.

Este ano fica assim muito próximo de 2006, que se distinguiu pela "ocorrência de cinco ondas de calor" entre Maio e Setembro, lembra o Instituto de Meteorologia (IM). No Verão passado foram três. Já em 2007, pelo contrário, não houve nenhuma, o que não acontecia há dez anos, e 2008 apenas uma, mas em Abril.

O IM salienta que as ondas de calor acabam por ter mais impacto no Verão, em que as temperaturas médias já são altas - é também quando provocam maiores subidas na mortalidade. O meteorologista Costa Neves lembra que estes fenómenos são "a catástrofe natural que mais mortalidade provoca em Portugal".

Fenómenos extremos que são cada vez mais frequentes desde os anos 90 do século passado, diz o IM. E segundo a OMM, o mundo vive uma "sequência sem precedentes de eventos meteorológicos extremos": 17 países registaram as temperaturas mais altas de sempre, relata o jornal britânico Guardian. Bielorrússia, Ucrânia, Rússia viveram uma onde de calor que durou mais de três semanas; Iraque, Arábia Saudita, Níger, Sudão atingiram temperaturas superiores a 47 graus; 53,5 no Paquistão, agora afectado pelas maiores cheias do século. Chipre, Finlândia, Qatar, Chade, Koweit, Burma, ilha da Ascensão, ilhas Salomão e Colômbia também bateram recordes.

Eventos que levam a OMM, que geralmente não se aventura na interpretação dos dados, a considerar que estes eventos superam "em intensidade, duração e extensão geográfica" os maiores registados na história. Por isso, questiona se estas catástrofes estão de alguma forma a cumprir a previsão do Painel para Alterações Climáticas das Nações Unidas, que antecipou que com o aquecimento global vão aumentar as catástrofes provocadas pelo clima.

DN

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