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Radio Viseu Cidade Viriato

sábado, 24 de julho de 2010

Vinho de Lafões é produto regional com características especiais


A Adega Cooperativa
de Lafões vai realizar no primeiro fim-de-semana de Agosto uma mostra
de vinhos da região
em cooperação com
vários produtores-
engarrafadores.
O objectivo é mostrar
que o vinho de Lafões existe e recomenda-se,
ao contrário do que
muitas pessoas pensam

Foi a segunda adega cooperativa a abrir as portas no país e é actualmente a mais antiga ainda em actividade.
Os 63 anos de existência e a falta de obras de modernização notam-se no edifício que alberga a Adega Cooperativa de Lafões, no entanto, o que falta em obras, a actual direcção compensa com trabalho e dedicação.
"Apesar daquilo que muitas pessoas pensam, a adega não está fechada, aliás as portas estão abertas todos os dias, inclusivamente aos domingos à tarde", garante a presidente Maria Leonor Corte Real, que há cinco anos está à frente dos destinos da instituição, com o objectivo de promover um vinho com "características muito especiais", que, graças ao micro-
-clima de Lafões, se aproxima dos vinhos verdes, embora apresente uma maior graduação alcoólica.
É nesse sentido que a Adega vai promover, em cooperação com todos os produtores-engarrafadores lafonenses, uma mostra para dar a conhecer aquilo que de melhor se produz e que prova uma cada vez maior preocupação com a qualidade, depois de muitos anos em que o interesse dos agricultores estava mais virado para a quantidade.
"Actualmente temos excelentes vinhos", sublinha a responsável, lembrando que até ao início da década de 1980, a adega era muitas vezes galardoada e considerada "a menina dos olhos da região". No entanto, do prestígio de outros tempos já só restam certificados que cobrem as paredes.
"Estamos sozinhos na promoção, quando o que a adega necessitava era do apoio das instituições de Lafões", lamenta Maria Leonor Corte Real, dando o exemplo dos restaurantes, onde, segundo a dirigente, inúmeros pratos típicos são acompanhados com vinhos do Douro e do Dão e os proprietários nem querem ouvir falar no vinho da terra.

Dificuldades
financeiras
Quando Maria Leonor Corte Real tomou conta da adega esta encontrava-se em falência técnica. As dívidas às entidades bancárias - que se devem a algumas más decisões tomadas por direcções anteriores - e aos sócios são "asfixiantes" e a solução poderia ser a venda do património.
"São 15 mil metros quadrados localizados dentro do perímetro urbano da cidade de S. Pedro do Sul. O valor do terreno e da casa é muito superior às dívidas, mas é preciso aguardar pelo negócio justo, que deixe ambas as partes satisfeitas", assegura a presidente, que consegue imaginar usos alternativos para a adega. "Dava um bom museu, um Centro Interpretativo da Região de Lafões, ou então um hotel de qualidade com um restaurante de requinte", adianta.
O fim da adega não seria o fim do vinho de Lafões. "Com o dinheiro da venda poderia ser criado um pequeno posto de recepção de uvas na zona industrial, para a vinificação e o engarrafamento. A comercialização seria feita em diversos locais do país e não apenas na adega como acontece actualmente", refere.
Apesar dos problemas graves existentes, a presidente da Adega Cooperativa de Lafões acredita que se trata apenas de uma fase menos boa da instituição, como acontece por todo o país.
"Melhores dias virão", diz, antes de se despedir e regressar aos seus negócios.

DV

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