Os Bombeiros Municipais e Voluntários de Viseu foram na quinta-feira chamados a combater um incêndio urbano num edifício localizado na esquina entre as ruas Direita e Nossa Senhora da Piedade, em pleno Centro Histórico da cidade.
O alerta foi dado por volta das 16h15, quando o funcionário de uma sapataria, que funciona no rés-do-chão do prédio em causa, ouviu água a cair e reparou num cheiro estranho, ligando para os bombeiros. José Manuel Figueiredo pretendia que alguém cortasse a água, mas quando as equipas de socorro chegaram ao local já eram visíveis labaredas a aparecerem debaixo do telhado.
De acordo com o comandante dos Bombeiros Voluntários, Horácio Alves, o fogo começou no último andar, onde residia uma jovem e destruiu quase todo o apartamento, além de ter alastrado às águas furtadas do prédio ao lado, provocando alguns danos ligeiros.
As chamas foram combatidas em várias frentes. Devido às dificuldades em levar para a Rua Direita a auto-escada, já que quase todas as ruas do Centro Histórico são demasiado estreitas para aquele tipo de equipamento, os bombeiros levaram uma mangueira para a varanda do edifício ao lado e dali extinguiram rapidamente o incêndio. Questionado sobre as causas do fogo, o comandante explicou que cabe às autoridades investigar a origem das chamas.
No entanto, tendo em conta o testemunho do funcionário da sapataria é possível que uma fuga de água tenha provocado um curto-circuito, tendo em conta que também havia um cheiro a plásticos queimados.
Desalojados
O incêndio deixou sete pessoas sem habitação, porque, apesar do incêndio não ter passado do último andar, a água usada para combater as chamas infiltrou-se no prédio, desconhecendo-se os danos que poderá ter provocado, tornando o prédio, para já, inabitável.
O vice-presidente da autarquia, Américo Nunes, deslocou-se ao local com o vereador responsável pelo pelouro da Habitação Social, Hermínio Magalhães, para se inteirar da situação e verificar se havia necessidade de realojar alguém.
Em declarações aos jornalistas, explicou que há casos em que as pessoas têm residências alternativas, mas que os outros casos terão resposta por parte da Câmara. Além disso, anunciou que os serviços da autarquia vão realizar uma vistoria para verificar o estado do prédio antes de decidir se as pessoas podem ou não regressar aos seus apartamentos.
Bloco "azarado"
O prédio onde se registou o incêndio fica a poucos metros do edifício que no início do ano ruiu, possivelmente devido a infiltrações da muita chuva que caiu na altura, e também deixou várias pessoas sem habitação. Nas imediações existem vários prédios que se encontram devolutos, sendo que a Câmara já reconstruiu um deles para instalar o Espaço Inter-
-Gerações.
DV
Sem comentários:
Enviar um comentário