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Radio Viseu Cidade Viriato
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Escolas secundárias de Viseu não tiveram más notas a Matemática
Quase 50% dos alunos do 9.º ano tiveram nota negativa no exame nacional de matemática, na primeira fase. Mas se a nível nacional, os resultados não foram satisfatórios, em Viseu, o cenário bem melhor.
A Escola Secundária Emídio Navarro (ESEN) foi um dos estabelecimentos de ensino que parece ter sido a excepção que confirma a regra. "É a primeira vez que temos exames nacionais do 9.º ano e o resultado foi francamente positivo", revelou ao Diário de Viseu Carlos Monteiro, director da escola, acrescentando que das duas turmas do 9.º ano "apenas três ou quatro alunos chumbaram".
Depois de considerar péssimos os resultados a nível nacional, Carlos Monteiro diz que o exame não tinha um elevado grau de dificuldade, associando as más notas talvez à falta de prática dos alunos.
"Talvez os alunos ainda não estejam habituados a exames nacionais", frisa, avançando também a hipótese da preparação para a prova não ter sido a mais correcta. "Às vezes, perguntamos se correu bem e respondem que não, mas que também não estudaram", adianta.
Contudo, a diminuição do grau de exigência, não lhe parece a resposta mais adequada ao problema: "depois, acaba por se reflectir no Secundário em alunos que ficam mal preparados e até acabam por fazer escolhas erradas".
Outro factor apresentado pelo director da ESEN para o insucesso prende-se com o ano de escolaridade frequentado. "Se fosse um 12.º ano, em que os exames são completamente decisivos para entrada em universidades, provavelmente existiria maior preocupação por parte dos alunos, aliado a um maior empenho".
Também na Escola Secundária Alves Martins (ESAM), este foi o primeiro ano em que se realizaram exames nacionais do 9.º ano - e os resultados foram muito positivos.
"Temos duas turmas, são 47 alunos no total e relativamente à Matemática houve apenas 20% de negativas", revelou ao Diário de Viseu fonte da ESAM.
"Acho que não podemos falar de desinteresse. A maioria dos alunos anda cá para estudar. É verdade que continua a haver alunos que andam a passear os livros, mas a maioria é empenhada e continuamos a ter alunos muito interessados", diz, por outro lado, José Manuel Rodrigues, adjunto da direcção da Escola Secundária de Viriato.
O responsável admite ter havido dificuldade moderada no exame da 1.ª fase, característica que não se verificou no da 2.ª fase. "O exame da 2.ª fase era muito mais fácil", constata. Contudo, se esta opção de facilidade, para obter sucesso, for adoptada no futuro, José Rodrigues não concorda. "Acho que não se pode abdicar do grau de exigência. Não acredito que no próximo ano lectivo, os exames possuam um grau de exigência mais baixo só para não existirem maus resultados", diz, acrescentando que "quem realiza os exames sabe o que está a fazer".
Faz ainda referência a um programa que está a ser desenvolvido pela escola, aplicado na Matemática e que, acredita, está a dar resultados. "O plano específico de Matemática permite mais horas de trabalho na disciplina, o que acaba por ajudar numa melhor preparação", enfatiza. Termina com a ideia que os alunos ainda continuam a encarar a Matemática como o 'monstro' das disciplinas mas, na sua opinião, "Matemática não é uma coisa que tenha que se gostar, é uma coisa que tem que se saber", explicando que "a escola não é uma preparação para a vida, é a vida. E na vida há muitas coisas que não gostamos, mas com as quais temos que lidar".
DV
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