Um estudo americano revela que tempestades, bastante violentas, que assolaram a floresta amazónica em 2005, podem ter destruído, mais de 500 milhões de árvores, avança a BBC.
Estudos anteriores atribuíam o aumento da mortalidade das árvores a uma seca prolongada, que afectou partes da floresta. No entanto, o estudo feito por especialistas de Nova Orleães em parceria com cientistas brasileiros, identificou a área de Manaus que não foi atingida pela seca e perdeu bastantes árvores.
De acordo com os especialistas, uma linha de instabilidade causou tempestades com ventos a 145 quilómetros por hora e chuvas abundantes, que arrancaram e partiram as árvores. Em vários casos, ao cair, as árvores derrubavam outras ao redor.
Para calcular o número de árvores mortas, os investigadores usaram uma combinação de imagens de satélite, contagens feitas por especialistas em áreas pré-selecionadas da floresta e modelos matemáticos.
O uso associado de imagens de satélite e observações feitas no campo permitiu que os cientistas incluíssem quedas de grupos menores de árvores (menos de dez unidades) que não podem ser detectadas pelo satélite.
Os cientistas concluíram que entre 441 e 663 milhões de árvores foram destruídas em toda a floresta. Nas regiões mais atingidas, cerca de 80 por cento das árvores foram danificadas.
«Com as mudanças climáticas, há previsões de que as tempestades aumentem em intensidade. Se começarmos a observar aumentos na mortalidade das árvores, precisamos de ser capazes de estabelecer o que está a matar as árvores», afirmou um dos investigadores.
TVi24
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