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quinta-feira, 22 de julho de 2010

ADN revela rãs extintas

ADN revela rãs extintas

Genética permitiu descobrir novas espécies de rãs dizimadas pela doença.

A bióloga Karen Lips, da Universidade de Maryland, identificou 63 novas espécies de rãs no Parque Nacional de Omar Torrijos, uma zona de floresta tropical into-cada no Panamá de 1998 a 2004. Mas a par dessa descoberta, a bióloga e a sua equipa, do Smithonian Tropical Research Institute, no Panamá, começaram a aperceber-se de um outro fenómeno de sinal de contrário: uma parte dessas espécies estava a desaparecer a um ritmo alarmante. Usando técnicas da genética, os investigadores descobriram agora que entre as rãs já desaparecidas estavam cinco espécies novas, que ainda não tinham sequer sido descritas. E que agora também já não serão. O estudo é publicado hoje na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

A bióloga da universidade de Maryland decidiu lançar um programa de monitorização no Panamá depois de uma espécie emblemática da Costa Rica, o sapo-dourado (Bufo periglenes), ter desaparecido sem deixar rasto. Aparentemente, foi por causa de um fungo chamado chytridiomycosis, ou fungo cítrico, que é devastador para os anfíbios, que o sapo dourado se extinguiu. E observações feitas pelos cientistas no terreno confirmaram os piores receios: o fungo está na América Central e avança à velocidade de 30 quilómetros ao ano.

Das 63 espécies de rãs identificadas pelos biólogos no Panamá, 25 já desapareceram devido ao fungo cítrico. Apesar dos esforços feitos nesse sentido, nenhuma dessas 25 espécies é avistada desde 2008. Mas a essas 25 é preciso acrescentar, afinal, outras cinco, que só por técnicas genéticas a equipa conseguiu identificar.

"É tristemente irónico que estejamos a descobrir novas espécies a uma velocidade quase idêntica àquele a que elas estão a desaparecer", afirmou Andrew Crawford, co-autor do estudo, sublinhando que "os nossos dados revelam novas espécies neste local, apesar de ele estar bem estudado, mas as observações também mostram que muitas das novas espécies para ciência já desapareceram".

DN

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