Célula do Centro de Informações e Segurança Militares parte já no Outono.
O ministro da Defesa anunciou ontem que as Forças Armadas vão enviar uma célula de informações para o Afeganistão, quando se fizer a rotação do actual contingente militar destacado em Cabul.
Augusto Santos Silva falava durante a visita à Academia Militar do Exército, na Amadora, onde inaugurou novos alojamentos para os cadetes daquele ramo militar e da GNR.
O envio da meia dezena de militares do Centro de Informações e Segurança Militares (CISMIL) do Estado-Maior General das Forças Armadas vai ocorrer em Setembro ou Outubro, quando a companhia de comandos for substituída em Cabul por um terceiro grupo de formadores (reduzindo-se o contingente em cerca de 20% dos efectivos, para apenas 191 soldados).
Recorde-se que, em Maio, o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas qualificou a área das informações como vivendo "[n]um estado de exiguidade absoluta".
"Não temos tido, para vos dar uma ideia de um estado de menos consistência com que as informações militares foram vivendo, células de informações em nenhum dos teatros em que temos forças. Isto é sério", adiantou então o general Valença Pinto.
A célula do CISMIL vai integrar o módulo de apoio aos grupos de instrutores e formadores portugueses que ajudam a reforçar as capacidades das forças militares afegãs. Segundo a lei, compete a esse centro "a produção de informações necessárias ao cumprimento das missões específicas das Forças Armadas e à garantia da segurança militar".
Questionado sobre se teria sido possível suspender o envio da companhia de comandos na Primavera, quando já se sabia que a NATO não queria tropas de combate no Afeganistão e privilegiava a área da formação, Augusto Santos Silva respondeu: "Estas coisas, nas Forças Armadas, não se fazem com base no improviso, fazem-se com o tempo, a preparação técnica, o estudo militar e a decisão política adequadas. Nós interviemos, quando foi necessário intervir, com o reforço da componente de combate e vamos intervir, quando é necessário intervir, na componente de formação."
Sobre a Academia Militar, o ministro da Defesa realçou a excelência da formação ali ministrada, qualificando ainda "o [seu] trabalho conjunto" com o ensino superior público como "uma das linhas inspiradoras mais bem conseguidas da reforma do ensino militar".
DN
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