Nuvem de cinzas levada pelo vento interrompeu viagens por seis horas na Irlanda
Um soluço mais forte do vulcão islandês Eyjafjallajokull, no domingo, e um vento persistente nestes dias estiveram na origem de mais uma nuvem de cinzas vulcânicas que se aproximou da Irlanda e que durante a manhã de ontem levou a uma nova interrupção de voos, desta vez no espaço aéreo irlandês.
Interrompido às 07.00, o tráfego aéreo foi retomado às 13.00, depois de a nuvem de cinzas se ter afastado.
O vulcão Eyjafjallajokull continua em actividade, e com o vento a soprar de noroeste durante os próximos quatro ou cinco dias, é possível que a situação ocorrida ontem no espaço aéreo da Irlanda volte a verificar-se, segundo alertou a própria autoridade irlandesa da aviação civil.
"A nuvem de cinzas aumentou temporariamente um pouco mais no domingo, mas agora já decresceu", afirmou ontem à AFP o vulcanólogo islandês Bryndis Brandsdottir, sublinhando que apesar daquele ligeiro aumento, a nuvem de cinzas manteve-se "muito mais pequena do já foi", durante o pico da erupção.
Na segunda-feira, os meteorologistas islandeses registaram que a altitude máxima da nuvem de cinzas provocada pelo Eyjafjallajokull atingiu os 5200 metros. Na altura em que o fenómeno foi mais intenso, em meados de Abril, a nuvem de cinzas vulcânicas chegou a atingir os 9 mil metros de altitude.
A interrupção ontem, durante seis horas, do tráfego aéreo na Irlanda ocorreu no mesmo dia em que os ministros europeus do transportes se reuniram para discutir medidas que possam prevenir futuras rupturas nas viagens aéreas no espaço europeu, como a que ocorreu no mês passado, durante seis dias, devido justamente à nuvem de cinzas produzida pelo vulcão islandês.
"Vou apresentar hoje [ontem] aos meus homólogos propostas para melhor coordenar e reforçar a reacção da União Europeia face aos fenómenos deste tipo", anunciou o ministro dos Transportes espanhol, José Blanco, quando chegou a Bruxelas para a reunião com os seus homólogos europeus.
Os ministros foram convocados para estudar as possibilidades de reembolsar pelos danos as companhias aéreas afectadas desde 14 de Abril pela erupção vulcânica na Islândia e evitar um novo caos no futuro. A criação de um céu único europeu, com controlo coordenado, era uma das propostas, que é também do agrado da Comissão Europeia .
DN
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