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Radio Viseu Cidade Viriato

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Associação de ex-combatentes lamenta falta de "solidariedade geracional"


O presidente da Associação de Ex-Combatentes Beirões, Artur Vicente, lamentou ontem que os antigos militares da guerra do ultramar não tenham ainda recebido a "solidariedade geracional" que consideram merecer

"A sociedade portuguesa não conseguiu ainda dar-nos a solidariedade geracional que merecemos. Os nossos melhores foram aqueles que sempre tiveram a coragem de partir e nós apenas desejamos o reconhecimento do dever cumprido, nada mais", afirmou.
Artur Vicente falava em Mangualde, durante a cerimónia de inauguração de um monumento de homenagem aos ex-combatentes, em particular aos 18 do concelho que morreram na guerra colonial.
Presente na cerimónia esteve o secretário de Estado da Defesa, Marcos Perestrello, que destacou o trabalho das associações de antigos combatentes, que "tem sido fundamental não só para preservar a memória daqueles que caíram, mas também para ajudar aqueles que voltaram em muitos casos com problemas físicos e psíquicos".
"Independentemente das convicções de cada um, Portugal não deve esquecer os que vestiram as fardas das suas Forças Armadas e deram o melhor de si pela sua pátria", afirmou, congratulando-se por as associações, juntamente com o Ministério da Defesa Nacional, "colocarem aqueles que voltaram no centro das suas preocupações". Marcos Perestrello, frisou que a rede nacional de apoio aos ex-combatentes só foi possível de constituir com o envolvimento das várias associações.
"Os ex-combatentes que têm deficiências reconhecidas gozam hoje já de um estatuto especial em diferentes domínios: da assistência médica, hospitalar, medicamentosa e ao nível fiscal", afirmou, considerando que têm já "um nível aceitável de protecção".
No entanto, o secretário de Estado admitiu que, "para aqueles que são vítimas de stress pós-traumático, esse nível de reconhecimento não tem a mesma dimensão".
"A identificação desses casos é um trabalho muito difícil, que hoje só é possível graças ao empenhamento das associações de ex-combatentes, com o Ministério da Defesa, nesse trabalho. Por isso é que eu classifico o trabalho deles de indispensável", acrescentou.
Marcos Perestrello reconheceu que se trata de "processos complexos de natureza médica e técnica", mas disse não lhe competir pronunciar-se "sobre a maior ou menor celeridade que os médicos e os técnicos necessitam para apreciar um ou outro caso".
Confrontado pela manchete do Correio da Manhã, que titula "Buraco de 80 milhões na Defesa", o secretário de Estado escusou-se a falar de qualquer outro assunto além da cerimónia em que participou.

DV

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