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quarta-feira, 26 de maio de 2010

Ourivesarias instalam campaínhas durante horário de funcionamento


Ourivesarias viseenses tentam escapar aos assaltos e, para tal, instalam novos sistemas de segurança. O mais recorrente parece ser o de manter as portas fechados durante o período de funcionamento

De acordo com dados do Ministério da Administração Interna, 2009 registou, a nível nacional, uma redução de 1,6% na criminalidade geral. Mas o relatório anual de Segurança Interna diz também que o distrito de Viseu fugiu a essa tendência, tendo sido registados mais 1.280 casos do que em 2008. Com a cidade de Viseu a revelar-se cada vez mais perigosa, alguns estabelecimentos comerciais tornam-se mais susceptíveis aos assaltos, tendo em conta o valor dos produtos que vendem. Perante esta situação, os comerciantes começaram a tomar medidas para garantir a sua segurança e protecção.
O caso mais paradigmático é o das ourivesarias. Nalgumas já foram instalados novos sistemas de segurança. O mais frequente consiste na instalação de campainhas, permanecendo as portas fechadas durante o período de abertura ao público.
O cliente toca à campainha que, posteriormente, é aberta pelos funcionários. A maioria dos assaltos a ourivesarias ocorre durante a semana, entre as 9h00 e as 20h00, precisamente o período de funcionamento dos estabelecimentos. Assim, este sistema de segurança visa, sobretudo, a protecção diurna.

Proteger e ser protegido
As ourivesarias Aparício e Terci Gold são dois exemplos de adesão a este sistema, com os estabelecimentos a permanecerem de 'porta fechada'. De acordo com Emílio Aparício, da Ourivesaria Aparício, "este sistema é, de certa forma, mais seguro para o cliente, pois está a ser atendido e dificilmente corre o risco de entrar alguém e o assaltar", explica.
Sobre o critério que utiliza para decidir quem entra no estabelecimento, esclarece que, apesar de ser hábito deixar entrar toda a gente que toca à campainha, continua a existir vantagem, uma vez que "isto é uma avenida, é muito fácil passar um carro, parar aqui à frente, saírem de lá quatro indivíduos encapuçados, entrarem e assaltarem. Este sistema é um entrave a este género de ataque", continua. Este método, apesar de visar a protecção do cliente, serve também para os proprietários se sentirem mais seguros, não permitindo a entrada a pessoas que aparentem más intenções.
A Ourivesaria Terci Gold, de acordo com o assessor da gerência, António Araújo, foi a primeira a implementar o sistema, há cerca de ano e meio. A medida surgiu após uma tentativa de assalto. "Entrou um grupo de rapazes e o seu modo de agir e o aspecto deixaram-nos alerta. Na loja encontravam-se as funcionárias, um vendedor e dois clientes. Os indivíduos deram a volta à loja e acabaram por sair. Nós fornecemos as imagens à polícia e mais tarde soubemos que já eram procurados pela polícia", refere.

Mais regalias
e melhor ambiente

Esta solução não só oferece mais segurança aos funcionários e clientes como permite outras vantagens. "Este sistema de porta fechada permite-nos também ligar o ar condicionado, dando um bom ambiente ao estabelecimento. Além disso, também oferece ao cliente um atendimento personalizado, uma vez que logo que entra, encontra ao seu dispor uma pessoa que deu pela sua chegada e está pronta para o atender", esclarece o assessor. Face à onda de assaltos a ourivesarias, e mesmo com o sistema da campainha, há sempre aspectos a ter em conta - e que, automaticamente, deixam os funcionários em estado de alerta. "Se parar uma carrinha de grandes dimensões aqui à porta da ourivesaria é lógico que ficamos logo em estado de alerta vermelho, pois tapa a visibilidade à loja e pode ser indício de assalto" diz António Araújo. Frisa também que apesar de não usar critérios relativamente às pessoas a quem abre a porta, se suscitarem algum comportamento estranho e duvidoso, uma das funcionárias procede ao atendimento enquanto a outra se mantém perto do alarme. Para qualquer eventualidade.

DV

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