Serão poupados mais de mil milhões de libras (1,15 mil milhões de euros) em consultoria e viagens e perto de dois mil milhões de libras (2,3 mil milhões de euros) em informática, material e imobiliário.
O governo espera ainda economizar 700 milhões de libras (810 milhões de euros) na limitação de contratações e eliminação de institutos e organizações públicas e mais meio milhão de libras (579 milhões de euros) em despesas secundárias.
O Ministério da Administração Local britânico terá o orçamento reduzido em 780 milhões de libras (903 milhões de euros) e o Ministério da Economia em 836 milhões de libras (968 milhões de euros).
Os Ministérios dos Transportes, Educação, Trabalho e Pensões e o próprio Ministério das Finanças serão também afectados com cortes entre 451 milhões de libras (522 milhões de euros) e 683 milhões de libras (790 milhões de euros).
Ao todo, afirmou o ministro das Finanças, George Osborne, serão poupados 6,5 mil milhões de libras (7,5 mil milhões de euros) em "despesas inúteis" no sector público mas meio milhão de libras (579 milhões de euros) será "reciclado" e usado noutras áreas.
Numa referência ao facto de o governo de coligação entre conservadores e democratas liberais estar em funções há menos de duas semanas, Osborne congratulou-se por ter feito a "mais rápida e abrangente revisão de despesas na história recente".
Uma das promessas do partido Conservador durante a campanha foi apresentar um orçamento rectificativo no espaço de 50 dias após as eleições, o que será feito oficialmente a 22 de Junho, e implementar cortes no orçamento no valor de seis mil milhões de libros (sete mil milhões de euros).
Reconhecendo que haverá consequências por causa destas medidas, o ministro das Finanças, George Osborne, garantiu que estas foram ponderadas.
"Já tinha garantido que as despesas feitas em Saúde, Defesa e Cooperação serão reinvestidas nos próprios serviços" (...) "hoje estou em condições de proteger também escolas, financiamento aos infantários e despesas na educação entre os 16-19 [anos]", vincou.
Osborne justificou a urgência em implementar estas "medidas difíceis" com a necessidade de "aumentar confiança na economia e proteger empregos".
O governo não confirmou a previsão de 300 mil postos de trabalho eliminados nos próximos anos, adiantada pela imprensa durante o fim de semana, mas afirmou que os empregos serão sobretudo afectados pelos congelamentos nas contratações.
"Estes são apenas os primeiros passos no sentido de criar melhores serviços públicos, uma economia mais forte e uma sociedade mais justa", reivindicou Osborne, em conferência de imprensa.
Advertiu também para decisões duras nos próximos anos.
"Herdámos uma economia em desordem mas nós vamos conseguir sair dela mais fortes", prometeu.
O défice orçamental britânico, revisto recentemente em baixa, atingiu no ano fiscal 2009/2010 um recorde de 145,4 mil milhões de libras (167 mil milhões de euros), o que corresponde a 10,37 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).
DN
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