Forças policiais da região sem elementos que ajudem nas buscas. PJ investiga desentendimento anterior a desaparecimento.
O paradeiro de Carina Ferreira, a jovem de Lamego que desapareceu sem deixar rasto quando se deslocava para a Régua, continua desconhecido. Apesar da atenção que o caso tem tido, nem a fotografia nem a matrícula do carro que conduzia foram distribuídas pelos postos da GNR na região. A investigação da PJ procura localizar o indivíduo que, segundo diz a família e os amigos, terá tido um desentendimento com Carina Ferreira no clube onde trabalhava.
Vários postos da GNR no interior duriense não dispõem da fotografia de Carina Ferreira. Tão- -pouco conhecem os dados da viatura que conduzia quando desapareceu, no dia 1. "Conheço o caso dos jornais, mas não tenho dados oficiais", disse o comandante de um posto da GNR num concelho limítrofe de Lamego. Em toda a linha do rio Douro, e noutros postos da GNR dos distritos de Viseu e Vila Real, a situação é idêntica. Fonte policial explicou ao DN: "Esses dados ficam apenas no processo-base, elaborado pela esquadra da PSP onde foi feita a queixa, e são enviados unicamente à PJ." Já a PJ "faz a difusão pela PSP, GNR, SEF, se entender que não possa vir a prejudicar as investigações, que depois dão conhecimento aos seus departamentos".
Fontes da PJ confirmaram que a fotografia de Carina foi distribuída a todas as forças de segurança, mas justificam as cautelas na distribuição generalizada com o facto de se poder estar perante "um desaparecimento voluntário. Uma hipótese que, apesar da investigação em curso, não pode ser ignorada e que obsta a que a fotografia seja colocada, para já, na lista das pessoas desaparecidas".
Segundo esta fonte, "a hipótese de a jovem ter tido um desentendimento no dia do desaparecimento também está a ser averiguada". Familiares e amigos contaram que, antes de desaparecer, Carina Ferreira terá dado uma bofetada num indivíduo que a interpelou, quando saía de um café. A hipótese "está a ser considerada como uma pista e estamos a tentar localizar o indivíduo, de origem não branca e com quem terá tido esse desentendimento".
A dificuldade em localizar o indivíduo deve-se à existência, na zona do Douro Sul, de "alguns acampamentos de imigrantes e indivíduos de etnia cigana que por vezes cometem pequenos crimes e que por isso se protegem uns aos outros". Esta fonte insistiu na necessidade de "encontrar o veículo Peugeot, a única pista capaz de dar indícios concretos sobre o sucedido", concluiu.
DN
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