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sábado, 29 de maio de 2010

Muitas mulheres que acham "normal apanhar do marido"

Muitas mulheres que acham "normal apanhar do marido"

Há muitas mulheres que continuam a achar "normal apanhar dos maridos", como se encara como normal crianças apanhar dos pais, afirma Teresa Magalhães, responsável da Delegação Norte do Instituto Nacional de Medicina Legal.

"É incrível dizer isto, mas pode parecer quase inacreditável aos ouvidos de alguns, mas é um facto que no nosso país, no século XXI, existem mulheres jovens, até aqui na zona litoral, nas grande cidades, que estão convencidas de que é normal e que têm de se submeter a esse tipo de comportamento", declarou. Para esta professora da Universidade do Porto "foi assim que viram os pais fazer às mães, os vizinhos a fazer às vizinhas, e acham que é assim que se tratam as mulheres", que "é assim a vida", a "cruz do casamento".

Teresa Magalhães falava a propósito do lançamento, na quinta- -feira, de "Violência e Abuso - Respostas simples para questões complexas", uma obra para ajudar as pessoas a identificar o que é abuso e vítimas e, assim, contribuir para a sinalização de casos.

"Na obra diz que se debruça mais sobre o abuso intrafamiliar, por ser aquele que mais preocupa em Portugal, por ser muito prevalente e, por acontecer dentro de casa, ter pouca visibilidade.

"Não só porque não é visível objectivamente, porque é dentro das quatro paredes, mas porque as próprias vítimas tendem a ocultá-lo. Quem está em causa não é um vulgar agressor ou um desconhecido que na rua nos aborda para nos roubar, nos agride e de que não temos dificuldade em fazer uma denúncia", referiu.

O agressor - acentua - "é alguém que nos é muito querido e relativamente ao qual vamos tentar o mais possível protegê-lo e proteger-nos para conseguir de alguma forma manter o relacionamento. Além do vínculo de afectos existem muitas vezes dependências até económicas, de mulheres, de idosos, em relação ao marido, aos seus cuidadores, e nas crianças também". A responsável diz que as vítimas ficam tão fragilizadas que são incapazes de denunciar.

DN

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