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Radio Viseu Cidade Viriato

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Jerónimo de Sousa vs Francisco Louçã


Jerónimo de Sousa e Francisco Louçã protagonizaram esta quinta-feira um debate morno com mais pontos em comum do que divergências e um ataque conjunto às políticas do Governo de José Sócrates. O primeiro tema foi a economia, com os dois candidatos a defender um imposto para taxar grandes fortunas.


Veja o debate link externo


Tanto Louçã como Jerónimo são a favor das grandes obras públicas, embora não concordem com o modelo. «Algumas grandes obras públicas são necessárias», disse Louçã, defendendo «uma ligação internacional de ferrovia e um novo aeroporto», contudo, o líder do Bloco ressalva que estas obras não resolvem o problema do desemprego no imediato.


Para Jerónimo de Sousa, é importante que estas obras tenham com base empresas nacionais e «não sejam mais um negócio para a banca».


Coligação com o PS


«Sócrates disse na noite das Europeias, a sua maior derrota, que não mudará de rumo. Como é que podemos a troco de um acordo ou de uns lugares, renegar aquilo que andamos a dizer aos portugueses?», questiona Jerónimo de Sousa, sobre uma possível coligação com o PS.


Louçã diz que é necessário «que haja governação à esquerda. É preciso uma política que responda às necessidades, mas essa não é com um Governo do PS». «Sócrates e Ferreira Leite são parte do problema e não merecem governar», disse ainda.


Reformular a avaliação de professores


Ambos os candidatos criticaram a forma como o processo de avaliação de professores foi conduzido pelo Governo de Sócrates. «Mais de 100 mil professores manifestaram-se e rejeitaram todas as concepções retrógradas em relação ao ensino e à escola pública», disse Jerónimo.


«Nenhuma reforma destas pode ser feita contra os professores e muita da luta que os professores travaram foi para defender a própria dignidade», adiantou, dizendo também que as políticas da Educação foram tomadas por «uma ministra irredutível com base na ideia de Sócrates de que era preciso pôr os professores a ordem».



Jerónimo de Sousa disse ainda que o partido insiste na suspensão do estatuto da carreira docente e da avaliação, que deverá ser «substituída com base nas propostas dos professores».


Também Louçã destacou a importância da participação dos docentes no processo e realçou que o BE «apresentou uma proposta sobre avaliação que tem um grande consenso entre os professores».


«Os professores defenderam-se e muito bem. Tenho muito orgulho nos professores», disse o líder do Bloco, criticando as medidas de «um conjunto de burocratas no Ministério que acha que é a preencher papeis ou com estatísticas atamancadas que se resolvem os problemas».


Entre as propostas do Bloco para a Educação, Louçã referiu a criação de uma «bolsa de empréstimos de manuais escolares». «O Governo pouparia mais com essa medida do que com a política social injusta que temos», disse.


Louçã não deixou também de elogiar Alegre e os outros deputados do PS «que votaram ao lado dos professores. Foi uma lição extraordinária a José Sócrates». «Ele tem andado muito com Maria de Lurdes Rodrigues e devia dizer se a quer como ministra caso vença», disse ainda.


Diferenças entre os dois partidos


Mesmo quando questionados directamente, nem Jerónimo nem Louçã se preocuparam em sublinhar as diferenças entre os dois partidos. «O PCP e BE têm histórias diferentes, tem havido convergências significativas em grandes combates nas questões em que o Governo foi mais absolutista», afirmou Louçã, apontando o Código do trabalho como exemplo.


Também Jerónimo de Sousa preferiu apontar o BE apenas como «concorrente», sublinhando que o adversário do PCP é «a política de direita e os seus executantes».


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