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quinta-feira, 22 de abril de 2010

Brasília ainda moderna ao fazer 50 anos...

Brasília ainda moderna ao fazer 50 anos

Os brasileiros assinalam amanhã meio século da sua capital, onde sobressai a arquitectura de Oscar Niemeyer. Uma arquitectura moderna para uma cidade que queria estar na vanguarda de um país. Hoje, 50 anos depois, o Brasil está entre as dez potências económicas mundiais. O presidente Juscelino Kubitschek, se fosse vivo, continuaria a ver desigualdades, mas estaria satisfeito com a sua obra

"Deste Planalto Central, desta solidão que em breve se transformará em cérebro das altas decisões nacionais, lanço os olhos mais uma vez sobre o amanhã do meu país e antevejo esta alvorada com fé inquebrantável e uma confiança sem limites no seu grande destino", dizia o presidente brasileiro Juscelino Kubitschek a 2 Outubro de 1956. Era a primeira vez que visitava o local vazio onde menos de quatro anos depois estaria construída Brasília.

Kubitschek, eleito com o lema "50 anos em 5", queria uma cidade que "simbolizasse ao mesmo tempo uma sociedade jovem, ousada, dinâmica e democrática". O Plano--Piloto projectado por Lúcio Costa conseguia tudo isso. No papel, ganhava a forma de um avião: ao longo da cabina ficava a esplanada dos ministérios; nas asas, a área residencial e de serviços. As suas largas avenidas eram a tela perfeita para a arquitectura moderna das curvas de Oscar Niemeyer (que ainda trabalha, aos 102 anos).

A capital que amanhã faz 50 anos queria também ser a rampa de lançamento para a modernização do país. Meio século depois, o Brasil continua a ser um país de desigualdades entre o litoral e o interior (um dos aspectos que Kubitschek pretendia mudar) e entre ricos e pobres, mas é também um gigante que está entre as dez maiores economias do mundo. O Brasil tem uma voz, que não se esgota no carisma do seu Presidente, Lula da Silva.

Quatro anos depois da inauguração de Brasília, chegou o golpe militar e a democracia só regressaria em 1985. As políticas económicas do regime, que nos primeiros anos tinham ajudado a combater a dívida deixada pela construção da capital, acabaram por deixar o país com hiperinflação e ainda mais desigual. Seguiram-se mais anos negros para Brasília, com o impeachment de Fernando Collor de Mello. Eleito em 1994, Fernando Henrique Cardoso iria liderar a recuperação económica com uma política que Lula da Silva seguiria oito anos depois.

Nos 50 anos de Brasília, o país tem motivos para comemorar - até o Rio de Janeiro (a antiga capital) se pode juntar aos festejos, após ter ganho no ano passado a organização dos Jogos Olímpicos de 2016. Mas pelo menos uma pessoa estará ausente dos festejos programados para amanhã no Distrito Federal: o ex-governador José Roberto Arruda, que esteve preso por corrupção e perdeu o seu mandato. Desde ontem que o seu antigo aliado, Rogério Rosso, assumiu o cargo, que deverá manter até ao final do ano.

Brasília pode ser um símbolo de modernidade, mas não perdeu os vícios do passado.

VÍDEO: Brasília consolida-se como pólo de poder e de alto rendimento per capita

DN

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