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Radio Viseu Cidade Viriato

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Matemática com novas regras no próximo ano...

Programa visa melhorar a articulação entre ciclos; pais aplaudem, mas o presidente da SPM acha-o "pouco estruturado e pouco exigente"

O coordenador do programa de Matemática para o Básico reconhece que "pode não ser o programa ideal, mas é uma muito boa evolução". Já Nuno Crato considera que "não é grande avanço". Os novos manuais vão durar, pelo menos, para os próximos seis anos.

A partir do próximo ano lectivo, o novo programa da Matemática para o Ensino Básico vai entrar em vigor em todas as escolas. Segundo o coordenador do Programa de Matemática A/B, após a experimentação em algumas escolas nos anos anteriores com manuais antigos, em 2010/2011, "tudo começará como deve ser com manuais produzidos para o efeito; o programa entrará em vigor em todas as escolas e a situação será normalizada".

Para Jaime Carvalho e Silva, uma das principais alterações é a articulação entre os diferentes programas para cada um dos três ciclos do Ensino Básico. "Uma das coisas que os professores mais se queixavam", diz. Há também alterações no que diz respeito ao ensino da Geometria que estava "um pouco perdido no meio do resto da Matemática".

De acordo com o professor, a construção em bloco traz um programa "mais equilibrado", salvaguardando que isso não significa necessariamente que este seja mais fácil de aplicar. Carvalho e Silva defendeu, ainda, que este programa vai exigir "muito esforço de todas as partes" e adiantou que a classe docente está à espera do aumento do espaço horário da Matemática. Por último, o coordenador considerou que a opinião generalizada entre os docentes é que "este pode não ser o programa ideal, mas é uma muito boa evolução em relação ao que existe actualmente".

Todavia, o presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática não partilha da mesma opinião e crê que o novo programa "não é um grande avanço". "É um programa cheio de recomendações pedagógicas antiquadas, é pouco estruturado e pouco exigente", advertiu, em declarações ao JN, Nuno Crato.

Apesar de admitir que corrigiu alguns erros do anterior programa, o professor considera que, por outro lado, o novo programa de Matemática "manteve outros e acentuou erros novos", por exemplo, "aumentando as recomendações pedagógicas vagas e difusas e com actividades pouco estruturadas".

Os pais olham com agrado para a mudança até porque reconhecem que nem tudo ia bem na Matemática. "O país perdeu muito porque milhares de jovens afastaram-se da sua vocação por causa do temor à Matemática. Temos a mais alta expectativa com as mudanças que estão a ser introduzidas", afirmou ao JN o presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), Albino Almeida.

Acrescentou que a Confap tem vindo a acompanhar a implementação do programa há dois anos e que acredita que "foram dados passos no bom sentido para a melhoria do ensino". Albino Almeida lembrou ainda a luta pela generalização do ensino Pré-Escolar: "É muito importante para melhorar os desempenhos da literacia matemática".

Jornal de Noticias

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