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quarta-feira, 14 de julho de 2010

Fidel Castro reaparece em público

Fidel Castro reaparece em público

Histórico líder comunista, prestes a completar 84 anos, não saía de casa ou do hospital desde Julho de 2006

Fidel Castro pôs fim a quatro anos de reclusão reaparecendo em público na passada quarta-feira, durante uma visita ao Centro Nacional de Investigação Científica, em Havana, a pretexto do 45.º aniversário desta instituição. E para que não restassem dúvidas o seu filho Alex Castro divulgou cinco fotografias comprovativas, uma das quais publicamos nesta página. Curiosamente, a notícia não foi impressa em primeira mão pelo jornal oficial do regime comunista implantado por Castro em 1959, o Granma, mas num blogue de uma jornalista cubana, Norelys Morales Aguilera.

Foi um Fidel "sorridente e saudável" que compareceu nas instalações do Centro Nacional de Investigação Científica, escreveu a jornalista no seu blogue, Islamía [ilha minha], lembrando que esta foi a primeira presença do histórico líder cubano num local público desde que foi internado de urgência, a 31 de Julho de 2006, devido a uma doença nunca até hoje especificada por constituir "segredo de Estado" em Cuba. Desde então, recebeu vários dirigentes estrangeiros mas não havia notícia de que tivesse saído de casa ou do hospital - até agora. Fidel, que completará 84 anos a 13 de Agosto, vestia uma roupa desportiva branca e parecia relaxado enquanto conversava com responsáveis daquele instituto

Terá sido coincidência? Talvez não. Nessa mesma quarta-feira, o Governo cubano - liderado por Raúl Castro, irmão mais novo de Fidel - anunciou a libertação de 52 presos políticos, aproveitando a visita a Havana do ministro espanhol dos Negócios Estrangeiros, Miguel Moratinos. Estes opositores - muitos dos quais tinham sido detidos na "Primavera negra" de 2003, ponto alto da repressão castrista - deverão obter asilo político em Espanha, nos termos de um acordo que foi intermediado pela Igreja Católica cubana, cada vez mais influente nesta fase de transição do regime.

Raúl Castro - que foi braço direito de Fidel desde a revolução de 1959, que pôs fim à ditadura de Fulgencio Batista - tem prometido "renovar" o país, em termos políticos e económicos. Mas Fidel, que abdicou do cargo de presidente do Conselho de Estado [equivalente a Presidente da República] a favor do irmão em Fevereiro de 2008 mantém-se como dirigente supremo do Partido Comunista, o único autorizado em Cuba. E políticos que poderiam protagonizar uma nova geração de dirigentes em Havana, como o vice-presidente Carlos Lage e o ministro dos Negócios Estrangeiros Felipe Pérez Roque, foram afastados por Raúl, que tem a patente de general e é o comandante supremo das forças armadas.

O anúncio da libertação dos presos políticos - para o qual muito contribuiu o arcebispo de Havana, cardeal Jaime Ortega - pôs fim à greve de fome do opositor Guillermo Fariñas, iniciada quatro meses antes. O regime castrista evitou assim um novo mártir. A morte de outro opositor, Orlando Zapata, após mais de 80 dias em greve de fome na prisão, provocou uma condenação sem precedentes do regime cubano na comunidade internacional. Da Casa Brancaa ao Parlamento Europeu, sucederam-se as críticas ao regime comunista, cada vez mais isolado.

DN

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