Caiu muito bem o almoço aos viseenses que ontem se juntaram no terraço do Palácio do Gelo para assistir ao jogo entre Portugal e a Coreia do Norte.
Se na primeira parte, a dúvida ainda era enorme, com a segunda, o público já só pedia mais um golo. E foi isso o que tiveram. O resultado final: 7 para Portugal e 0 para a Coreia do Norte. "Foi almoço, sobremesa e café", disse um dos presentes, que espera agora uma exibição de igual nível frente ao Brasil.
Pouco antes das 12h30, as ruas da cidade estavam mais calmas que o habitual. Eram menos os carros que circulavam e mais as pessoas que se juntavam nos cafés e restaurantes para almoçar. "Costumo ir almoçar às 13h00, mas hoje (ontem) resolvi vir mais cedo para conseguir ver o jogo", contou Catarina Sousa. Ela e muitos outros viseenses.
Depois do empate frente à Costa do Marfim, a expectativa antes do início do jogo de segunda era grande. "Temos de ganhar e estou confiante de que o vamos fazer por duas bolas a zero", vaticinou a jovem. Depois do primeiro golo de Raúl Meireles, Catarina Sousa disse ter ficado mais calma, mas ainda continuava à espera de um segundo para "consolidar o resultado".
Chegou o intervalo e os 15 minutos de descanso foram aproveitados para "meter qualquer coisa no estômago". Com o início da segunda parte, começou a "festa". Mais pessoas começaram a juntar-se no terraço do Palácio do Gelo e depois do segundo golo, marcado por Simão, já se ouviam os gritos de apoio à selecção nacional. Os cachecóis começaram a ser erguidos e a bandeira nacional, carregada por dois miúdos, que ao início servia para tapar o sol, já estava bem aberta no ar.
Ao terceiro golo, da autoria de Hugo Almeida, os adeptos respiraram fundo e, nessa altura, só queriam ver "bom futebol".
As opções do técnico português, Carlos Queiroz foram pouco comentadas, e nas substituições dos três primeiros marcadores, o público levantou-se bateu palmas. O mesmo aconteceu com a entrada em campo de Miguel Veloso e Liedson.
A hora do almoço já era longa, mas ninguém arredava pé da frente do ecrã gigante. "Bem, quem marca três, marca quatro ou mais", pedia com confiança Catarina Sousa. E o seu desejo foi cumprido por Tiago que marcou o quarto golo. "Pronto, a partir daqui são os que vierem", comentou.
E assim foi. Logo a seguir ao golo de Liedson, o público gritava só mais um, enquanto muitos outros diziam que também Cristiano Ronaldo deveria marcar. Vontade não lhe faltava, e depois de dois remates ao poste, o jogador português marcou um golo para alegria do público que vibrou com a forma como foi marcado. "Deu para tudo, para vencer, para golear e para ver a arte dos jogadores".
A conta fechou-se com mais um golo de Tiago, já quase no final do jogo. "Será que dá para marcar mais um? Já agora o Fábio Coentrão também merecia", pediu com convicção a jovem.
Depois do apito final, o movimento foi imediato e as centenas de viseenses levantaram-se para aplaudir a selecção nacional. "Para quem queria dois, sete é realmente muito bom", disse satisfeita Catarina Sousa no final do jogo. Agora é esperar pelo Brasil e "vingar" o resultado de Novembro de 2008 no último jogo de preparação para o Mundial em que a equipa canarinha bateu Portugal por 6-2.
DV
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