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domingo, 20 de junho de 2010

Andropausa só afecta 2% dos homens mais idosos

Andropausa só afecta 2% dos homens mais idosos

Investigadores europeus estabeleceram quadro dos sintomas associados à situação.

Chamam-lhe andropausa, ou menopausa masculina, mas nunca se tinha verdadeiramente chegado a um quadro bem definido de sintomas que se associassem inequivocamente à expressão. Agora um grupo de investigadores europeus apresenta pela primeira vez esse quadro de sintomas da andropausa. Ele resulta de uma diminuição da produção de testosterona em homens com mais idade. Mas, ao contrário do que sucede com a menopausa, que atinge todas as mulheres por volta dos 50 anos, este quadro de andropausa, que acarreta diminuição da líbido, só afecta dois por cento dos homens e, em geral, está associado a uma condição de saúde mais débil ou a uma situação de obesidade.

No estudo publicado ontem no New England Journal of Medicine os investigadores indicam que as suas conclusões constituem uma referência para a prática médica nesta área, nomeadamente para a prescrição de tratamentos à base de testosterona para homens mais idosos que apresentem sintomas de enfraquecimento da líbido.

Os autores do estudo, coordenados por Fred Wu, da faculdade de medicina da Universidade de Manchester, mediram os níveis de testosterona de um total de 3369 homens, com idades compreendidas entre os 40 e os 79 anos, em oito países europeus. Os participantes responderam também a um inquérito com perguntas detalhadas sobre a sua saúde física, psicológica e sexual.

Os resultados mostraram que dos 32 sintomas candidatos a integrar o quadro de andropausa, apenas nove mostraram estar associados a níveis baixos de testosterona. E destes nove, os mais importantes eram os de carácter sexual: diminuição de erecção matinal, diminuição do desejo sexual e disfunção eréctil.

Os investigadores concluíram assim que era necessário observar níveis de testosterona reduzidos juntamente com estes três sintomas de carácter sexual para estabelecer um diagnóstico de hipoganodismo masculino tardio (diminuição da função dos testículos). Ou seja, um diagnóstico de andropausa.

Neste quadro, outros sintomas físicos e psicológicos podem também estar presentes, mas a sua correlação com a diminuição de testosterona não é tão forte.

Do ponto de vista físico, os três sintomas identificados pela equipa são a impossibilidade de exercer uma actividade intensa, de caminhar mais de um quilómetro seguido ou ainda dificuldade de executar movimentos como baixar-se ou ajoelhar. A nível psicológico, há outros três sintomas típicos neste quadro: perda de energia, tristeza e fadiga.

Outros sintomas, como perturbações do sono, diminuição da capacidade de concentração, ansiedade, sentimentos de impotência ou nervosismo, que se pensava estarem associados a um quadro de andropausa, afinal não estão, segundo o estudo agora publicado.

"Os nossos resultados conseguem pela primeira vez identificar os sintomas-chave do hipogonadismo masculino tardio e sugerem que os tratamentos com testosterona podem afinal ser úteis apenas num número reduzido de casos em que haja suspeitas de diminuição acentuada dos níveis de testosterona, uma vez que muitos dos sintomas que classicamente se associavam a esta situação não se mostraram correlacionados com ela", explicou Fred Wu.

O investigador sublinhou que "é essencial que os três sintomas de carácter sexual estejam presentes para se poder fazer um diagnóstico correcto e evitar tratamentos inadequados com testosterona em homens mais velhos".

DN

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