O Comité Caravaggio, constituído por cientistas italianos, anunciou a descoberta de restos mortais do pintor, identificados através de análises, informa a agência AFP.
Em comunicado, a equipa revelou que «os restos mortais encontrados pertencem a Michelangelo Merisi - verdadeiro nome do pintor - com uma probabilidade de 85 por cento», após um ano de pesquisas.
Caravaggio morreu alegadamente de malária na região de Maremma, no sul da Toscana, e foi enterrado num cemitério de Porto Ercole, de onde o corpo foi retirado em 1956 para ser sepultado na cripta da igreja.
Quatro universidades italianas juntaram-se para esclarecer a morte, envolta em mistério, do pintor que revolucionou a história da arte. A investigação foi liderada pelo professor de antropologia óssea, Giorgio Grupponi, da Universidade de Bolonha.
Em Dezembro, os cientistas retiraram grandes quantidades de restos mortais para transportar até Ravena, onde fica localizado o departamento de antropologia da universidade.
Os investigadores examinaram restos mortais de cerca de 200 pessoas. Os ossos identificados como pertencentes a Caravaggio datavam de um período que abrangia o ano da sua morte (1610) e eram de um homem com idades entre os 38 e os 40.
Outro indício que comprovou a tese foi o facto de Caravaggio sofrer de saturnismo, intoxicação por chumbo, e os ossos apresentarem uma elevada taxa do componente.
«Durante as pesquisas, o comité deduziu que o pintor sofria de intoxicação por chumbo e sífilis (...) Sobre as causas da morte (...) nós consideramos credível a hipótese de infecção generalizada», refere o comunicado.
TVi24
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