Os portugueses residentes no Luxemburgo obtiveram do Governo de Jean Claude Junker o compromisso de que um inquérito irá tentar deslindar como pôde surgir na Direcção-geral da Polícia do Grão-ducado o email que ridiculariza a comunidade lusa e Portugal.
Pode até resultar em nada, mas a investigação anunciada pelo Governo do Grão-ducado, sobre o que terá levado elementos da Polícia de Trânsito do Luxemburgo a difundir um texto xenófobo, para portugueses e islâmicos, está a tranquilizar a comunidade lusa naquele Estado.
Uma garantia do Ministério do Interior luxemburguês obtida após as reacções negativas em catadupa de políticos locais, mas também de associações e partidos portugueses. Ainda assim, à excepção de alguma imprensa de expressão francófona – no Luxemburgo além do Francês, existem ainda o Alemão e o Luxemburguês como línguas oficiais –, o mal-estar provocado aos portugueses não tem merecido grande destaque nos órgão de Comunicação Social daquele país.
“Somos (portugueses) bem vistos e este email foi de um extremo mau gosto. Estamos serenos porque acreditamos que se irá perceber qual a origem desta história desagradável para o Estado luxemburguês”, disse, ao JN, Acácio Pinheiro, vice-presidente do Comité de Ligação das Associações de Estrangeiros, a primeira entidade a denunciar o email.
“Há que ter calma porque já estamos habituados a este tipo de episódios pontuais”, alerta, por outro lado, Manuel Bento, da Câmara dos Assalariados do Luxemburgo.
O caso levou o grupo parlamentar do PSD a enviar ao embaixador do Grão-ducado, na sexta-feira, uma carta lamentando o episódio contra a comunidade lusa que, actualmente, representa 50% dos estrangeiros no país.
JN
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