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terça-feira, 18 de maio de 2010

Rock in Rio cada vez mais universal

Rock in Rio cada vez mais universal

O Rock in Rio tem vindo, em anos recentes, a ganhar um cariz cada vez mais internacional, tendo, em 2008, sido organizada a primeira edição espanhola do evento, em Madrid. Desde o fenómeno de massas no Brasil à preocupação ambiental em Portugal, o Rock in Rio é, certamente, um festival em mudança.

Elton John, Shakira e Miley Cyrus são, indiscutivelmente, os nomes mais sonantes da 4.ª edição do Rock in Rio Lisboa, que começa já na próxima sexta-feira e conta, para além destes três grandes destaques, com a participação de músicos como Mariza, John Mayer Muse, Motorhead e Megadeth, num cartaz que pretende, nas palavras da organização, "agradar a gregos e troianos".

No fundo, o Rock in Rio está a tornar--se cada vez mais um evento de acção social, associado a diversas iniciativas na área do ambiente e da filantropia.
Se "por um mundo melhor" é o slogan do evento, o Rock in Rio passa das palavras aos actos através de acções como a instalação de painéis fotovoltaicos em 20 escolas do 1.º e 2.º ciclos e a plantação de árvores como parte do projecto Carbono Zero, realizado com o intuito de apagar a "pegada carbónica" deixada pelo festival.

Mas nem só de boas intenções vive o Rock in Rio. Existe agora, para além da vertente social, uma progressiva concepção do festival enquanto um evento de entretenimento, em termos gerais, para além de um evento exclusivamente dedicado à música. Ao que parece, o espaço do Parque da Bela Vista favorece a caracterização da "Cidade do Rock" enquanto um espaço de lazer destinado a atrair, segundo Nuno Sousa Pinto, director de produção do festival, "atrair grandes franjas do público", ou, trocando por miúdos, agradar não só ao público menos exigente em termos musicais, como também a espectadores cujos gostos se insiram em áreas mais "nicho".

No entanto, esta concepção do evento, aliada à preocupação ambiental, é uma evolução recente, sendo que, também devido às circunstâncias da época em que foram realizadas, as primeiras edições do Rock in Rio, organizadas no Rio de Janeiro (Brasil) por Roberto Medina (pai de Roberta Medina), eram principalmente dirigidas à oferta musical. Isto não significa, no entanto, que a música tenha, no Rock in Rio 2010, passado para segundo plano, apenas que a intenção que orientou a elaboração do cartaz é, agora, de uma índole distinta.

Esta distinção prende-se também com assuntos de escala, já que o facto de o Brasil ser um país populoso facilita a adesão em massa a eventos públicos. Foram, na verdade, as três edições brasileiras do Rock in Rio (1985, 1991 e 2001) que o tornaram o maior festival de música do mundo e associaram bandas como os Guns N' Roses ou os Queen à história do Rock in Rio. Na verdade, quando o vocalista Axl Rose reformou o grupo (que entraria em hiato em 1994), passou, inevitavelmente, pelo Palco Mundo do Rock in Rio Lisboa 2008.

Por mera coincidência, foi também em 2008 que o Rock in Rio se expandiu a Madrid (Espanha), demonstrativo da vertente cada vez mais internacionalizada do evento, que transcendeu já os países de língua oficial portuguesa.

DN

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