Centenas de crianças visitaram ontem o Museu Grão Vasco

Os museus da cidade estiveram ontem de portas abertas no âmbito das comemorações do Dia Internacional dos Museus. No Grão Vasco, em Viseu, a grande adesão dos visitantes mereceu elogios por parte da direcção que se mostrou contente com o número de visitantes que passou ontem pelo museu.
Ao todo, aproximadamente, 1.200 pessoas visitaram o museu, incluindo vários grupos de crianças de jardins-de-infância e escolas do concelho. De manhã e à tarde, o movimento não parou dentro do Museu Grão Vasco e a algazarra das crianças fez-se sentir em cada sala que paravam para ouvir a explicação do que estavam a observar.
Mas antes de conhecerem as obras de arte, os alunos do Jardim Infantil das Obras de Santa Rita, da Escola Básica 2,3 de Abraveses e das Actividades de Enriquecimento Curricular da Prebenda foram convidados a conhecer os claustros e a participar no atelier hora do conto 'O Museu do Tempo, Métrica das Palavras'.
Nesta actividade, os mais pequenos viram alguns objectos dispostos no recinto dos claustros que, depois, puderam também encontrar nas obras no interior do Museu, como por exemplo, um livro que fazia alusão à leitura ou um baú com as recordações da infância. O objectivo era destacar alguns objectos que iriam estar novamente representados nas obras patentes no Grão Vasco.
Estes grupos da tarde, constituídos por cerca de 300 crianças, passaram por todas as salas, onde foram respondendo às perguntas da guia, que não os deixou desmotivar. Alunos e professores puderam fazer uma visita guiada às 'Seis mais do Museu Grão Vasco', ou seja, seis obras que foram escolhidas de entre as colecções para terem passagem e explicação obrigatórias.
Além das crianças, muitas pessoas não quiseram deixar passar a oportunidade de visitar, não só o Museu Grão Vasco, como os outros museus da cidade. A Casa Museu Almeida Moreira foi igualmente um local escolhido por viseenses e turistas para conhecerem um pouco da história de Viseu e das suas personalidades ilustres.
O capitão Almeida Moreira deixou diversos registos escritos e materiais da sua vida militar, pessoal e artística. Era um homem que apreciava todas as artes e tinha um vasto espólio de pintura e escultura. Estas e outras explicações foram dadas ontem na Casa Museu Almeida Moreira, onde os visitantes também puderam descobrir a biblioteca, as condecorações, a correspondência pessoal e muitos outros pertences do capitão.
Após a visita guiada, foi possível visualizar um filme com imagens de Viseu em 1930, recolhidas por Almeida Moreira, e saborear biscoitos iguais aos que a empregada Gracinda fazia para o capitão.

DV