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Radio Viseu Cidade Viriato

sábado, 22 de maio de 2010

Mulher morreu após três dias ao lado do cadáver do marido

Um reformado da GNR que cuidava da mulher e da cunhada, ambas doentes, morreu e ficou três dias em casa sem ninguém saber. Sem remédios nem comida, a esposa acabou também por falecer. Como se não bastasse, o carro do casal desapareceu sem deixar rasto.


Mulher morreu após  três dias ao lado do cadáver do marido
Funcionárias da Confraria de Santa Eulália que encontraram o idoso morto

Os moradores do bairro de Santa Eulália, em Repeses, não se conformam que a mulher e a cunhada do ex-militar da GNR José Oliveira Magalhães, de 70 anos, tenham ficado três dias em casa sem comer, beber ou tomar remédios, julgando que ele estava na cama com gripe, quando afinal já estava morto.

"Na segunda-feira, dia 17, batemos à porta para dar banho à senhora Irene Marques, cunhada do casal. Ela resistiu. Só a muito custo conseguimos entrar. Foi então que vimos a irmã, Adília Marques, mulher do militar, muito debilitada e tombada no chão", relatam Cristina Santos e Sandra Almeida, funcionárias da Confraria de Santa Eulália.

Mulher morreu no hospital

À hora do almoço, quando voltaram ao apartamento para levar alguma comida aos três moradores, esperava-as o pior cenário. "Quando abrimos a porta do quarto para ver se o homem precisava de ajuda, vimos que estava morto em cima da cama", relatam as auxiliares.

O corpo de José Oliveira Magalhães foi levado para autópsia no Instituto de Medicina Legal do Hospital de S. Teotónio, em Viseu. No mesmo dia, Adília das Dores Marques, de 71 anos, a esposa, que sofria de Alzheimer, dava entrada por precaução na mesma unidade hospitalar. Morreu na manhã de terça-feira.

"Tudo indica que o GNR tenha falecido na sexta-feira anterior, uma vez que nesse dia, 14 de Maio, já não foi à Junta de Freguesia de Repeses, como fazia todos os dias úteis, levantar a refeição para a família", disse, ao JN, José Pais Ferrão, presidente daquela autarquia.

Embora presumam tratar-se de mortes naturais, as autoridades policiais estão a investigar as suas causas. E o presumível furto do Ford Focus azul escuro que o casal costumava ter na garagem.

"Só na terça-feira de manhã é que dei conta que a garagem do prédio estava aberta e vazia. O carro até poderia ter sido estacionado noutro local da cidade. Mas, nesse caso, o meu pai teria as chaves consigo", explicou ao JN, o filho José Manuel Magalhães, que vive em Lisboa e já apresentou queixa na PSP de Viseu por furto.

Os corpos de José Magalhães e Adília Marques foram ontem a enterrar em Travanca de Bodiosa, de onde eram ambos naturais.

JN

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