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quinta-feira, 20 de maio de 2010

Outros vulcões islandeses poderão acordar

Outros vulcões islandeses poderão acordar

A história mostra que sempre que o Eyjafjallajoekul entrou em erupção, o vulcão Katla, que fica perto e é maior, foi atrás.

O vulcão islandês continua aos soluços e a deixar aviões em terra na Europa. Ontem, cerca de mil voos foram cancelados devido à passagem de mais uma nuvem de cinzas, desta vez em trânsito sobre o Reino Unido. Esta última nuvem ficou a dever-se a um terceiro pico de intensidade na erupção - ocorrido na última sexta-feira - desde que o Eyjafjallajoekul voltou a acordar, a 14 de Abril. Mas há cientistas que acreditam que o pior ainda pode estar para vir, se os vulcões vizinhos, como o Katla, também entrarem em erupção por influência do Eyjafjallajoekul.

Nesta altura, a única certeza é a de que Eyjafjallajoekul não dá mostras de acalmar e, portanto, ninguém consegue prever quando esta erupção poderá chegar ao fim.

Da última vez que este vulcão esteve em erupção, em 1821, o fenómeno manteve-se durante 15 meses ininterruptamente. O mesmo pode acontecer desta vez.

"Não há nenhuma forma de prever quando isto acabará", afirmou à AFP o geofísico islandês Magnus Tumi Gudmundsson, sublinhando que "tem havido uma certa actividade sísmica sob o glaciar [onde está o vulcão], o que significa que o magma continua a subir à superfície".

Neste terceiro pico de intensidade da erupção, registado na última sexta-feira, a concentração de cinzas elevou-se de novo a oito mil metros de altitude, superando em dois mil metros a altitude alcançada pelas cinzas nos dias precedentes, como revelaram os vulcanólogos islandeses.

"Trata-se de uma grande erupção", afirmou Magnus Gudmundsson, sublinhando que é a mais forte na Islândia desde 1918, ano em que o Katla, um vulcão bem maior do que o Eyjafjallajoekul, entrou em erupção.

A possibilidade de o Katla voltar agora a acordar está aliás na mente de todos os vulcanólogos, já que na história das erupções na Islândia, sempre que Eyjafjallajoekul entrou em erupção, o Katla, que dista apenas 30 quilómetros, não tardou em seguir-lhe o exemplo.

A possibilidade de isso acontecer, e de as viagens aéreas na Europa entrarem num longo período verdadeiramente sombrio, é levantada, nomeadamente, pelo vulcanólogo Thor Thordarson, da Universidade de Edimburgo, na Escócia. "A frequência da erupções na Islândia variam entre máximos e mínimos em períodos de 140 anos", afirmou ao The Sunday Times, sublinhando que depois de uma temporada em mínimos "há agora sinais de podermos estar a chegar um pico". Os sinais no terreno parecem dar-lhe razão.

DN

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