Uma das vítimas correu risco de vida, mas acabou por estabilizar. Agressor mantinha boa relação com vizinhos.
Um casal de idosos foi esfaqueado na sexta-feira de manhã, em Leiria, por um vizinho a quem prestava apoio. As vítimas ficaram gravemente feridas - o homem chegou mesmo a correr risco de vida - mas, ao início da tarde, já se encontravam estáveis, segundo contou ao DN um dos filhos do casal. O agressor, um homem de 67 anos, barricou-se e m casa após o crime, mas acabou por ser detido após a PSP forçar a entrada na residência.
Ricardo Rodrigues estava em Fátima quando recebeu a notícia de que os pais tinham sido esfaqueados pelo vizinho da frente. O anúncio deixou-o incrédulo já que, garante, não tem conhecimento de episódios de desentendimento entre os pais e o agressor. Aliás, a mãe, Marianela Rodrigues, ajudava frequentemente o vizinho com a gestão da casa. "Ele vive sozinho, e a minha mãe leva-lhe comida, lavava e passava-lhe a roupa a ferro", relatou ao DN Ricardo Rodrigues.
Não são ainda conhecidas as razões que levaram Guilherme, 67 anos, a agredir os vizinhos. O homem cometeu o crime na via pública, junto à Escola de 1.º Ciclo de Arrabalde. Manuel Rodrigues, 70 anos, e Marianela, 66, foram surpreendidos quando saíam de casa, cerca das 09.30.
As autoridades admitem que o agressor não estivesse bem psicologicamente na altura do crime, uma vez que correm relatos de outros episódios em que Guilherme terá demonstrado desequilíbrio psicológico. Contudo, Ricardo Rodrigues disse ao DN não ter conhecimento de que tivessem sido diagnosticados problemas psicológicos ao vizinho dos pais.
Marianela e Manuel Rodrigues foram transportados para o Hospital de Santo André, em Leiria. O homem foi submetido a uma intervenção cirúrgica, para reparar as lesões que sofreu num rim. Chegou a corres risco de vida mas acabou por ser estabilizado e, à partida, deve recuperar dos ferimentos sofridos, embora seja prematuro garantir que as sequelas não sejam graves.
Já a mulher, que nunca perdeu a consciência durante a agressão, foi transferida para o Hospital dos Covões, em Coimbra, devido às lesões sofridas que obrigam a um outro tipo de intervenção médica. Deverá passar por uma cirurgia de reconstrução facial, adiantou
o filho.
Depois de cometer o crime, Guilherme voltou para casa. A PSP mobilizou para o local uma força de agentes preparados para aboradar uma situação deste génerom, já que era desconhecida a forma como o indivíduo iria reagir à abordagem policial.
Os agentes da PSP foram obrigados a forçar a entrada na residência, através de uma janela, já que o homem não respondeu às "diversas chamadas efectuadas".
Ainda assim, fonte da PSP salienta que o agressor não ofereceu resistência às autoridades, entregando-se sem violência, sendo logo algemado. "Entrámos em casa apenas para precaver a integridade física do indivíduo, que podia atentar contra a própria vida", justificou fonte policial.
O homem foi presente a tribunal, onde foi ouvido em primeiro interrogatório judicial. A medida de coacção aplicada não era ainda conhecida à hora de fecho desta edição.
O caso está a ser investigado pela Polícia Judiciária.
DN
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