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segunda-feira, 20 de julho de 2009

Ex-companheiro tinha antecedentes de maus-tratos e veio do Brasil para assassinar Liliana...

Um homem, de 36 anos matou a companheira, de 26, a tiro de caçadeira, anteontem à noite, em Donelo, Sabrosa. A mulher estava em casa dos pais fugida ao agressor. Uma filha, de oito meses, ficou ferida e assistiu a tudo.


O crime ocorreu cerca das 22.20 horas de sábado. A vítima, Liliana Santos, regressava de carro a casa dos pais vinda de uma excursão ao Minho. No automóvel, seguiam, para além de Liliana, duas filhas, de oito meses e oito anos, o padrasto, a mãe e o irmão.


"O gajo já estava cá, escondido atrás do portão. Assim que saí do carro disse-me logo: 'ninguém se mexe, tudo para fora do carro!'", começou por contar,o padrasto, Valentim Graça, 55 anos. Só que Liliana não saiu logo da viatura, o que fez com que José M., disparasse um tiro que atingiu a mulher ao de leve. Esta arranjou forma de sair do carro e fugir, mas foi novamente alvejada pouco abaixo, vindo a cair mais à frente. "Depois ainda foi lá desfazer-lhe a cabeça com a coronha da arma!", prosseguiu Valentim.


Consumado o crime, o agressor fugiu "pelo monte abaixo" e despareceu, segundo o padrasto da vítima. Ao final da manhã de ontem, entregou-se no posto da GNR de Sabrosa. Durante esta segunda-feira, deverá ser ouvido em primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação. Entretanto a Polícia Judiciária prossegue a investigação dos contornos em que o crime ocorreu.


Liliana deixou órfãs quatro crianças - três do agressor (duas meninas, de oito meses e cinco anos, e um rapaz de dois)e uma filha de oito anos, de um casamento anterior. Os de dois e de seis anos estão em casa dos pais de José M., em Provesende, também no concelho de Sabrosa. Os restantes estão em casa de Valentim.


José M. vivia com outra mulher, em Provesende, quando, há cerca de sete anos, decidiu também fazer vida com Liliana, que morava com os pais, depois de um casamento anterior que durara pouco. "As duas mulheres viviam num clima de medo, até de terror", atesta fonte conhecedora da situação que pediu anonimato.


A dado momento, o homem emigrou para o Brasil. Liliana foi ter com ele, há cerca de oito meses, levando a menina mais nova. Segundo a fonte, também lá a mulher "era vítima de violência continuada". As autoridades brasileiras receberam uma denúncia, prenderam-no e, há três semanas, repatriaram Lilianaque quis ir para casa dos pais. Estava tranquila. Até anteontem à noite.


"Ela tinha muito medo, mas mesmo assim recusou ser escondida noutro sítio, não queria fugir mais", explica o padrasto. Enquanto LIliana viveu em Portugal, a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima chegou até a conseguir-lhe uma residência que deveria ter perman ecido secreta."Ele teve algum informador que lhe disse onde ela estava e foi buscá-la", diz Valentim.


Em Donelo há revolta. "Estou completamente chocado. Algo nunca visto aqui na aldeia, um horror. Só um monstro comete um acto daqueles!", confessa Mário R. "Estamos muito tristes, foi uma tragédia muito grande", acrescentou Arlindo Dinis, 70 anos.


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