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Radio Viseu Cidade Viriato

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Uso humano de células estaminais de embrião

Doente com lesão grave da espinal-medula recebe terapia experimental. Para já,  o objectivo é testar segurança do tratamento.

Um doente com uma lesão na espinal-medula, que se encontra num centro hospitalar especializado nesta área, em Atlanta, nos Estados Unidos, é o primeiro a receber um tratamento experimental com células estaminais embrionárias humanas. Estas células são as que dão origem a todas as outras dos vários tecidos do corpo humano.

O doente faz parte de um grupo que vai participar numa terapia experimental e sofreu a lesão há menos de 14 dias, o que é uma das condições para integrar o programa. O início do ensaio clínico, o primeiro tanto quanto se sabe que utiliza esta terapêutica tão promissora quanto polémica, foi ontem divulgado pela empresa de biotecnologia Geron Corporation, que obteve, em Janeiro de 2009, luz verde para isso da FDA, a autoridade dos Estados Unidos para os medicamentos.

O objectivo deste ensaio clínico é verificar se a terapia é segura e avaliar a tolerância a estas células, derivadas das células embrionárias, que foram desenvolvidas pela Geron e designadas GRNOPC1.
Os participantes, que deverão ter sofrido as lesões nos 14 dias anteriores ao tratamento, e têm paralisia completa, são injectados com a GRNOPC1. A ideia é perceber se estas células poderão regenerar os tecidos danificados na espinal-medula, permitindo à pessoa recuperar a sensibilidade e a mobilidade, e se isso não tem quaisquer efeitos negativos.

Ensaios anteriores realizados pela Geron em ratinhos mostraram que os animais, que tinham lesões na espinal-medula, recuperaram a locomoção, explica a empresa num comunicado, no seu site. Na observação ao microscópio, os investigadores da Geron verificaram que tinha havido "um crescimento de células nervosas na zona da lesão", nesses ratinhos, após o tratamento com as células GRNOPC1.

"O início desta etapa é importante para as terapias humanas baseadas em células embrionárias humanas", afirmou o responsável da Geron, Thomas Okarma, lembrando que há dez anos "se previa que a aprovação de ensaios deste tipo levaria decénios".

DN

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