A Universidade de Vila Real coordena uma investigação sobre a floresta mista em Portugal, que defende que várias espécies de árvores juntas possuem maior capacidade de reagir num contexto de alterações climáticas e de sobreviver aos incêndios florestais.
Estas são algumas das conclusões que serão apresentadas num congresso internacional sobre florestas, que decorre até sexta-feira e vai juntar cientistas de 23 países na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).
De acordo com o inventário nacional, a floresta em Portugal é essencialmente constituída por pinheiros (norte interior), eucaliptos (litoral norte) e sobreiros (sul). Os investigadores foram para o terreno estudar florestas já existentes e acompanhar povoamentos jovens para ver como é que as espécies vão reagindo num contexto de alterações climáticas.
"Fizemos análise de tronco para perceber ritmos de crescimento e de fixação de carbono nesses povoamentos, tentado comparar as potencialidades das árvores em monocultura ou conjugadas com outras espécies, e chegámos à conclusão de que quando estão em povoamento misto a sua capacidade de fixar carbono é superior", referiu Domingos Lopes, do Departamento de Ciências Florestais e Arquitectura Paisagista.
"As florestas, as árvores, são a maior máquina de fotossíntese que conhecemos, e portanto é o processo natural que nós temos para tentar contrariar um dos principais motivos que justifica que o clima esteja a mudar e que é o aumento exponencial de concentração de CO2", sublinhou. Portanto, "pelo facto de, com a fotossíntese retirarem CO2, as florestas estão a diminuir, a atenuar esse ritmo das alterações".
É também necessário apostar cada vez mais nos povoamentos mistos, porque, salientou, são mais resistentes aos incêndios florestais. Este projecto, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, envolve quatro estabelecimentos de ensino superior e o Instituto de Recursos Biológicos.
DN
Estas são algumas das conclusões que serão apresentadas num congresso internacional sobre florestas, que decorre até sexta-feira e vai juntar cientistas de 23 países na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).
De acordo com o inventário nacional, a floresta em Portugal é essencialmente constituída por pinheiros (norte interior), eucaliptos (litoral norte) e sobreiros (sul). Os investigadores foram para o terreno estudar florestas já existentes e acompanhar povoamentos jovens para ver como é que as espécies vão reagindo num contexto de alterações climáticas.
"Fizemos análise de tronco para perceber ritmos de crescimento e de fixação de carbono nesses povoamentos, tentado comparar as potencialidades das árvores em monocultura ou conjugadas com outras espécies, e chegámos à conclusão de que quando estão em povoamento misto a sua capacidade de fixar carbono é superior", referiu Domingos Lopes, do Departamento de Ciências Florestais e Arquitectura Paisagista.
"As florestas, as árvores, são a maior máquina de fotossíntese que conhecemos, e portanto é o processo natural que nós temos para tentar contrariar um dos principais motivos que justifica que o clima esteja a mudar e que é o aumento exponencial de concentração de CO2", sublinhou. Portanto, "pelo facto de, com a fotossíntese retirarem CO2, as florestas estão a diminuir, a atenuar esse ritmo das alterações".
É também necessário apostar cada vez mais nos povoamentos mistos, porque, salientou, são mais resistentes aos incêndios florestais. Este projecto, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, envolve quatro estabelecimentos de ensino superior e o Instituto de Recursos Biológicos.
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