Estrutura foi encontrada por equipa internacional que integra cientistas portugueses e pode ajudar a resolver um mistério.
Chamaram-lhe Bubbylon, nome inspirado na sonda acústica de nova geração que permitiu perceber que havia ali algo, nas plumas e bolhas de gás que emergiam do fundo, em águas açorianas, ao largo do Pico. Um mergulho com um robô submarino, há uma semana, confirmou as suspeitas. A descoberta do novo campo hidrotermal, que tem várias fontes e está a 500 quilómetros a sudoeste dos Açores, foi anunciada ontem.
É o resultado da missão Menezmar, liderada por alemães do Instituto Max Planck e do Marum Center for Marine Environmental Sciences, e que conta com a participação de portugueses do Departamento de Oceanografia e Pescas (DOP) da Universidade dos Açores.
Com chaminés que têm até um metro de altura e fluidos cuja temperatura excede os 300 graus Celsius, o Bubbylon tem oito pontos quentes, que "fervem" de vida.
Ali "abundam tapetes brancos de bactérias filamentosas, camarões e caranguejos hidrotermais e áreas completamente revestidas de pequenos mexilhões da espécie Bathymodiolus azoricus", descreve a equipa que fez a descoberta.
Mas o Bubbylon não é apenas mais um campo de fontes hidrotermais. A sua descoberta poderá ajudar a resolver um mistério de longa data. Confirmada a sua descoberta, a sonda acústica que está a ser utilizada pela missão a bordo do navio Meteor , e que permite detectar sinais que as outras sondas não captam, já encontrou pelo menos mais cinco locais com plumas de gás naquela zona. Tudo indica, assim, que existirão muitos mais destes pequenos locais activos na zona Média Atlântica.
"A descoberta deste pequenos locais activos que parecem existir ao longo de toda a Crosta Média Atlântica na região a sul dos Açores, levanta o véu para um dos maiores mistérios acerca dos animais hidrotermais", contou ao DN Sílvia Lino, uma das investigadoras do DOP a participar na missão.
O mistério é este: como é que estes seres se deslocam entre campos hidrotermais que se encontram muitas vezes separados por centenas de quilómetros?
Até agora não havia explicação, mas "a hipótese que agora se levanta", explica Sílvia Lino, "é que talvez mexilhões como o Bathymodiolus azoricus", e outras espécies destes ecossistemas "usem estes pequenos locais [activos] como stepping stones [pontos de ligação] para a sua dispersão".
Quanto à Bubbylon, diz Sílvia Lino, "uma das suas estruturas mais interessantes" foi baptizada de Piquinho, "em homenagem ao idílico topo da montanha do Pico". Algo "inédito, pois não existia até hoje nenhuma estrutura alusiva à região dos Açores".
DN
É o resultado da missão Menezmar, liderada por alemães do Instituto Max Planck e do Marum Center for Marine Environmental Sciences, e que conta com a participação de portugueses do Departamento de Oceanografia e Pescas (DOP) da Universidade dos Açores.
Com chaminés que têm até um metro de altura e fluidos cuja temperatura excede os 300 graus Celsius, o Bubbylon tem oito pontos quentes, que "fervem" de vida.
Ali "abundam tapetes brancos de bactérias filamentosas, camarões e caranguejos hidrotermais e áreas completamente revestidas de pequenos mexilhões da espécie Bathymodiolus azoricus", descreve a equipa que fez a descoberta.
Mas o Bubbylon não é apenas mais um campo de fontes hidrotermais. A sua descoberta poderá ajudar a resolver um mistério de longa data. Confirmada a sua descoberta, a sonda acústica que está a ser utilizada pela missão a bordo do navio Meteor , e que permite detectar sinais que as outras sondas não captam, já encontrou pelo menos mais cinco locais com plumas de gás naquela zona. Tudo indica, assim, que existirão muitos mais destes pequenos locais activos na zona Média Atlântica.
"A descoberta deste pequenos locais activos que parecem existir ao longo de toda a Crosta Média Atlântica na região a sul dos Açores, levanta o véu para um dos maiores mistérios acerca dos animais hidrotermais", contou ao DN Sílvia Lino, uma das investigadoras do DOP a participar na missão.
O mistério é este: como é que estes seres se deslocam entre campos hidrotermais que se encontram muitas vezes separados por centenas de quilómetros?
Até agora não havia explicação, mas "a hipótese que agora se levanta", explica Sílvia Lino, "é que talvez mexilhões como o Bathymodiolus azoricus", e outras espécies destes ecossistemas "usem estes pequenos locais [activos] como stepping stones [pontos de ligação] para a sua dispersão".
Quanto à Bubbylon, diz Sílvia Lino, "uma das suas estruturas mais interessantes" foi baptizada de Piquinho, "em homenagem ao idílico topo da montanha do Pico". Algo "inédito, pois não existia até hoje nenhuma estrutura alusiva à região dos Açores".
DN
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