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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Rins: 1º transplante cruzado avança com 12 'casais'

Rins: 1º transplante cruzado avança com 12 'casais'
Par de dadores-receptores incompatíveis podem trocar órgãos com outros pares 
De dez a doze pares de pessoas vão participar em breve no primeiro transplante cruzado de rins, que pode envolver até seis hospitais do SNS. O programa de doação cruzada irá permitir a troca de órgãos entre pares que eram incompatíveis, encurtando as ainda longas listas de espera por um rim.
O primeiro cruzamento "deve ocorrer em Dezembro ou Janeiro", calcula Maria João Aguiar, coordenadora nacional das unidades de colheita da Autoridade para os Serviços de Sangue e da Transplantação (ASST). Ontem, foi publicada em Diário da República a portaria que cria o programa.
A dádiva em vida já é possível desde 1993, ano em que a lei abriu essa possibilidade a pessoas da mesma família. Em 2007, a lei alargou a dádiva em vida a cônjuges, unidos de facto ou amigos, tendo havido 65 colheitas em 2009.

O Programa Nacional de Dádiva Renal Cruzada que agora se inicia "vai permitir criar mais um conjunto de respostas para aumentar a doação em vida", conta Maria João Aguiar. Neste momento, "haverá dez pares interessados em participar. Admitindo que ainda não tiveram resposta, é possível que consigamos atingir 12 pares no primeiro cruzamento".

A incompatibilidade acontece com frequência, nomeadamente porque dador e receptor têm diferentes grupos sanguíneos. O problema pode ser resolvido com a inscrição de vários pares nos centros de transplante da rede. Um dador do Porto pode dar um rim a alguém de Lisboa e a pessoa que quis doar a esta pode fazê-lo a um receptor de Évora, por exemplo.

De acordo com a portaria e com a circular normativa ontem publicadas, só podem entrar na rede os hospitais que tenham uma experiência de dois anos na transplantação de rim com dador vivo, neste caso, os Hospitais de São João, Santo António, Hospitais da Universidade de Coimbra, Santa Maria, Curry Cabral e Santa Cruz.

Mas, ao contrário do que acontece noutros países, como em Espanha, o processo aqui será mais benéfico para o dador de órgãos. "Aqui são os órgãos que viajam e não os dadores", explica Maria João Aguiar. "O objectivo é não desenraizar as pessoas, para que tenham o acompanhamento da família ou de amigos. Ao mesmo tempo, queremos garantir que haja anonimato e que dadores e receptores não se conheçam."

Em 12 pares, a probabilidade de a compatibilidade abranger a maior parte dos casos é grande. "A maioria dos problemas são ultrapassáveis com a imunossupressão [medicação anti-rejeição] que é feita actualmente. Só casos como os de grupos sanguíneos raros, como o A/B são mais complexos."
Um grupo de peritos a nomear ficará responsável por, duas vezes por ano, analisar as inscrições dos pares de dadores-receptores, compatibilidades e riscos, bem como prioridades, em caso de haver mais do que um receptor compatível com o mesmo dador.

Em ano de crise na colheita europeia de órgãos, as unidades portuguesas continuam a transplantar mais. "Subimos 2% nos primeiros seis meses em relação aos de 2009. Talvez consigamos atingir os 32 dadores por milhão de habitantes. Em Itália, a colheita desceu 10% neste período de crise." Em três anos, a lista para transplante renal caiu, mas já há mais de 2100 pessoas inscritas.

DN

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