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Radio Viseu Cidade Viriato

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Chuva ou ausência dela vai determinar qualidade do vinho


"Precisamos que chova bem durante os próximos dois ou três dias. Se ficar para mais tarde, é melhor que isso não aconteça", desejou ontem ao nosso Jornal o responsável pelo Departamento do Comércio da CVRD.
Calisto Mouta justifica que "é preciso dar tranquilidade à planta, para que faça a sua maturação de forma harmoniosa", isso só se verificará se chover nos próximos dias. "Caso contrário, começa a ser tarde para que a maturação se faça de uma maneira correcta", esclarece.
Sendo mais preciso, refere que nesta altura "a planta (videira) começa a ter stress hídrico". Se não chover, "a parte crucial do seu desenvolvimento começará a realizar- -se sem todos os requisitos necessários para uma maturação harmoniosa".
O responsável pelo Departamento do Comércio da CVRD explica que "a uva começa a ficar muito seca, muito passada", adiantando que "a própria fermentação se tornará difícil de fazer", com repercussões negativas, para a qualidade do produto.
É por essa razão que Calisto Mouta aponta ser preciso que "chova bem durante dois ou três dias daqueles que ainda restam de Agosto, para que tudo corra da melhor forma". E adianta: "Se isso acontecer, teremos uma produção de excelente qualidade, embora a quantidade seja inferior à do ano passado."
Convidado a fazer uma previsão para o começo das vindimas, responde que "estão ligeiramente atrasadas". Mas todo "esse atraso seria recuperável se começasse a chover bem a partir de agora... e durante dois ou três dias", reforça. "Se for para vir mais tarde, é melhor que não venha chuva", frisa Calisto Mouta, pois "irá estragar a colheita (a vindima). Daí que se mantenha a expectativa sobre se a produção deste ano poderá ser de excelente ou apenas de boa qualidade.
Embora não nos tivesse feito referência a isso, a verdade é que se tudo correr mal, a produção poderá ser má, excepção feita a algumas empresas que têm regadio próprio para estas situações.
Esta é a situação no que toca à produção de Vinho do Dão deste ano. Como se pode verificar, o homem pouco poderá fazer para alterar a situação, dependendo tudo da Natureza, ou seja, daquilo que as condições climatéricas ditarem.
O Inverno rigoroso, frio e chuvoso, indicava que o Verão iria ser muito quente, o que afinal veio a acontecer, para desespero dos viticultores, a braços com uma questão melindrosa, que é a de perderem a maior parte da sua produção.  

DV

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