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Radio Viseu Cidade Viriato

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

População do Bairro do Vale exige solução para passadeiras perigosas


A população do Bairro
do Vale, em Abraveses, exige medidas para tornar mais seguras as duas
passadeiras que existem na Avenida Tenente-Coronel Silva Simões, onde, segundo os moradores ocorrem quase todos os dias acidentes. Na semana passada, um morador local acabou
por falecer depois de ser atropelado, levando
as pessoas a iniciar
um abaixo-assinado
a pedir uma solução

Susana Ribeiro ainda se arrepia quando pensa no momento em que viu o homem, de 54 anos, ser atropelado na passadeira frente ao Minipreço, em Abraveses. "Foi um embate muito forte e o corpo voou cerca de 20 metros", conta a empresária ao nosso Jornal.
Ela e o marido, Alberto Ribeiro, são os proprietários da Tincoche, empresa de tintas para automóveis, localizada junto à passadeira fatal na Avenida Tenente-Coronel Silva Simões, no Bairro do Vale, em Abraveses.
"Infelizmente" estão habituados a assistir a cenas arrepiantes. "Não passa um dia em que não haja travagens fortes, carros batidos ou atropelamentos", referem. Trata-se de uma situação que se verifica desde a requalificação da estrada e a abertura do Minipreço, do outro lado da via, o que originou muito mais movimento pedestre.
No que diz respeito ao acidente mortal, Susana Ribeiro explica que a vítima atravessava a estrada diariamente. No dia fatídico, o homem esperou que os carros parassem. "Um camião parou na faixa mais próxima do passeio e ele começou a andar, o condutor do carro que ia na segunda faixa não o viu e atingiu-o com grande violência", conta Alberto Ribeiro, acrescentando que "pelo barulho", nunca pensou que se tratasse de um atropelamento.
A vítima acabou por falecer e a revolta dos moradores aumentou contra uma passadeira que, do ponto de vista deles, é um perigo para todos que a utilizam. "Os automobilistas passam quase todos em excesso de velocidade por aqui e são poucos aqueles que param para deixarem as pessoas atravessar a estrada. Normalmente esperam até que não venham carros", critica Alberto Ribeiro.
A solução para o problema poderá ser a colocação de semáforos ou a elevação das passadeiras como já acontece na Rua da Escola Preparatório que dá acesso à Póvoa de Abraveses. "É preciso que os condutores sejam obrigados a abrandar", finaliza, anunciando que vai ser iniciado um abaixo-assinado no bairro nesse sentido, que depois será entregue na Junta de Freguesia e na Câmara de Viseu.

Junta alertou Câmara
Contactado pelo nosso Jornal, o presidente da Junta de Abraveses, Jorge Mota, esclarece que a Câmara já tinha sido alertada para o problema e que, depois do acidente mortal, voltou a enviar um ofício a pedir uma solução. "As passadeiras estão bem sinalizadas. Não se justifica que os condutores passem naquela avenida àquelas velocidades", admite o autarca, para quem qualquer medida serve para acabar com o problema.
Sobre o assunto, o presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, disse, para já, que as passadeiras - tanto a que se encontra em frente ao Minipreço, como aquela junto à escola - estão bem sinalizadas, lamentando a morte do morador. 


DV

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