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Radio Viseu Cidade Viriato

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Marcas deixam China e voltam a Portugal


As grandes marcas internacionais estão a reforçar a produção de calçado em Portugal, em detrimento da China. Problemas de qualidade e de incumprimento dos prazos de entrega estão na base desta mudança que está a potenciar a produção para "private label".

"O que se sente é que as empresas que foram para a China estão a voltar. Há cerca de um ano começámos a sentir isso e este ano foi mais forte", adianta André Fernandes, da Fábrica de Calçado Evereste. Nesta empresa, as marcas próprias Cohibas, Evereste, Fugato e Chibs são o principal motor das vendas, mas, explica André Fernandes, "estamos a ser muito solicitados tanto em linhas desportivas como de estilo por marcas europeias para a produção de pequenas séries".


O optimismo é sentido também na Netos - Fábrica de Calçado que produz sobretudo para outras marcas. "Os grandes grossistas holandeses que importavam muito da China estão a regressar, porque querem mais qualidade", refere Domingos Neto, acrescentando que o investimento em equipamentos de ponta foi essencial para dar resposta "aos grossistas que querem grandes quantidades e a outros clientes de pequenas séries".


Nike e Adiddas regressam


São insígnias como a Nike, Adiddas, Le Coq Sportif, Armani, Prada ou Versace que olham de novo para a indústria portuguesa de calçado porque na Ásia nem tudo corre bem.


"Decisões de colecções a longo prazo com os riscos consequentes de erro em produtos moda, maior dificuldade de acesso ao crédito, despesas financeiras com a manutenção de stocks, problemas de qualidade e fiabilidade nas entregas nos prazos correctos", são para Américo Pinto, da Jefar - Indústria de Calçado, as razões que estão a trazer as grandes marcas de novo para o nosso país. Na Jefar, que tem a marca Pratik, 90% da produção é para "private label" (subcontratação) e, adianta Américo Pinto, este ano, "têm sido muito sondados para produções orientadas para o preço".


É que também neste caso há mudanças. Cerca de 85% do que a indústria de calçado portuguesa exporta é calçado em couro e é neste segmento que a China faz mais concorrência às nossas empresas. No entanto, o preço praticado nos dois países tem vindo a aproximar-se cada vez mais.
"No final de 2009, o preço médio do calçado exportado da China era de três euros, mas no couro, a diferença, neste momento, deve ser de 17 euros (na China) para 21 euros (em Portugal)", salienta Paulo Gonçalves, da associação do sector, APICCAPS. Lembra, ainda, que na China os salários e os custos de transporte estão mais altos, o que tem afastado os compradores europeus.


"A necessidade de encontrarem soluções, geograficamente próximas, e com um nível competitivo quer qualitativo quer quantitativo (ao nível dos preços), que permitam manter as marcas, sem alterarem as margens de lucro, alavancou esta procura", defende Luís Sá, da Jóia-Calçado. A empresa, que lançou recentemente a marca Y.E.S., tem visto as vendas para outras marcas aumentar, o que levou a Jóia a travar a expansão da marca para cumprir "os compromissos assumidos com o aumento da carteira de encomendas de private label", refere Luís Sá.
































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