O lago Diamante, na Argentina, pode conter pistas de como a vida começou na Terra. Uma equipa de investigadores argentinos descobriu milhões de superbactérias que proliferam apesar da escassez de oxigénio existente no lago, que fica no centro de uma enorme cratera vulcânica, a 4700 metros acima do nível do mar. O habitat dessas bactérias é semelhante ao ambiente primitivo da Terra, muito alcalino, com altos níveis de arsénico e pode também ajudar a revelar como seria possível sobreviver noutros planetas.
«Estas lagoas e as bactérias que sobrevivem nelas guardam o segredo de mecanismos de resistência a condições extremas que podem ter muitas aplicações biotecnológicas», disse à BBC Mundo a microbióloga María Eugenia Farías, do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (CONICET, na sigla em espanhol).
Se as bactérias são capazes de sobreviver neste ambiente inóspito, sugerem os pesquisadores, talvez pudessem também sobreviver num habitat como o do planeta Marte.
A pesquisa insere-se na ciência da astrobiologia, que investiga possíveis formas de vida extraterrestre.
O lago Diamante, na província de Catamarca, no noroeste da Argentina é um espelho de água no meio de uma cratera vulcânica que, de acordo com os especialistas, é o mais próximo do ambiente primitivo da Terra que existia há 3,4 bilhões de anos.TVi24
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