Investigador que procura vida extraterrestre defende que se deve concentrar a atenção em sinais de inteligência artificial e não em seres biológicos, pois estes já foram 'substituídos'
Procurar extraterrestres tem sido um obsessão da sociedade actual. Porém, um investigador norte-americano defende que tem de se mudar a forma como se faz essa busca. Afinal, a vida noutros planetas poderá não ser como o "querido" ET, de Steven Spielberg, ou o assustador Alien, de Ridley Scott, mas sim mais próxima da inteligência artificial.
O astrónomo Seth Shostak defende - num artigo publicado na revista Acta Astronautica - que será mais provável detectar sinais de inteligência artificial do que vida biológica. Justifica esta sua tese com a ideia de que o tempo que os extraterrestres demoram a desenvolver uma tecnologia como a rádio e a inteligência artificial deverá ser muito curto. Ou seja, para Shostak, estes seres já evoluíram para algo mais próximo de máquinas, o que significa que a questão não se coloca apenas por não serem parecidos com o homem, mas por nem sequer serem seres biológicos.
Shostak trabalha na Search for Extraterrestrial Intelligence (Seti) - procura de inteligência extraterrestre, em português (instituto com sede na Califórnia, EUA) - e, apesar de admitir que a busca continua a ser feita maioritariamente com o objectivo de encontrar seres como os que se espera (isto é, biológicos), o astrónomo pretende que se comece a diversificar a abordagem.
"Umas centenas de anos depois de se inventar a rádio - isto se nós servirmos de exemplo -, inventam-se máquinas com capacidade de pensamento, algo que provavelmente vamos fazer este século. Portanto, se se inventa o nosso sucessor, dentro de umas centenas de anos somos uma 'inteligência biológica'", afirmou Shostak à BBC. Deste ponto de vista, se as tais máquinas pensantes evoluíram, então faz mais sentido procurar-se pelos seus sinais do que pelos seres biológicos que inventaram as máquinas.
Esta teoria não é pacífica. Porém, ao olhar-se para a evolução tecnológica na Terra, os investigadores começam a pensar na possibilidade de o mesmo ter acontecido noutros locais do universo. "Olhando para 50 anos de recolha de sinais, o Seti está no meio de um processo que vê a nossa tecnologia a avançar e que isso pode ser um indicador de como outras civilizações, se elas existem, também progrediram", salientou à BBC John Elliott, um investigador deste instituto.
Elliott concorda com Shostak no ponto em que se deve começar a utilizar uma percentagem de tempo de investigação sobre vida extraterrestre à procura de sinais de inteligência artificial.
Ao apostar nesta tese, aos poucos começa a cair a ideia dos extraterrestres que a ficção criou durante décadas de livros, filmes e séries de televisão. ET e Alien preenchem o imaginário, mas, do ponto de vista da teoria de Shostak, será Jodie Foster - que curiosamente representou a personagem de uma investigadora do Seti no filme Contacto - que tinha razão em procurar sinais de inteligência e que encontrou através de misteriosos números primos.
DN
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Shostak trabalha na Search for Extraterrestrial Intelligence (Seti) - procura de inteligência extraterrestre, em português (instituto com sede na Califórnia, EUA) - e, apesar de admitir que a busca continua a ser feita maioritariamente com o objectivo de encontrar seres como os que se espera (isto é, biológicos), o astrónomo pretende que se comece a diversificar a abordagem.
"Umas centenas de anos depois de se inventar a rádio - isto se nós servirmos de exemplo -, inventam-se máquinas com capacidade de pensamento, algo que provavelmente vamos fazer este século. Portanto, se se inventa o nosso sucessor, dentro de umas centenas de anos somos uma 'inteligência biológica'", afirmou Shostak à BBC. Deste ponto de vista, se as tais máquinas pensantes evoluíram, então faz mais sentido procurar-se pelos seus sinais do que pelos seres biológicos que inventaram as máquinas.
Esta teoria não é pacífica. Porém, ao olhar-se para a evolução tecnológica na Terra, os investigadores começam a pensar na possibilidade de o mesmo ter acontecido noutros locais do universo. "Olhando para 50 anos de recolha de sinais, o Seti está no meio de um processo que vê a nossa tecnologia a avançar e que isso pode ser um indicador de como outras civilizações, se elas existem, também progrediram", salientou à BBC John Elliott, um investigador deste instituto.
Elliott concorda com Shostak no ponto em que se deve começar a utilizar uma percentagem de tempo de investigação sobre vida extraterrestre à procura de sinais de inteligência artificial.
Ao apostar nesta tese, aos poucos começa a cair a ideia dos extraterrestres que a ficção criou durante décadas de livros, filmes e séries de televisão. ET e Alien preenchem o imaginário, mas, do ponto de vista da teoria de Shostak, será Jodie Foster - que curiosamente representou a personagem de uma investigadora do Seti no filme Contacto - que tinha razão em procurar sinais de inteligência e que encontrou através de misteriosos números primos.
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