Saltar de uma varanda para outra ou de um terceiro andar para a piscina, em estado de embriaguez ou sob o efeito de drogas, são evidentemente comportamentos de risco e com potenciais consequências mortais.
Mas, para milhares de jovens de férias em Ibiza e Maiorca, estas atitudes irresponsáveis foram elevadas à categoria de desporto com nome e tudo: “balconing”.
O fenómeno não é novo – terá perto de uma década –, mas este ano está a ganhar uma dimensão tal que as autoridades espanholas já fizeram soar o alarme.
Entre Janeiro e Junho, o Centro de Coordenação de Emergências do Governo balear registou sete quedas mortais de varandas e 49 feridos com gravidade. No que já vai do Verão, contam-se mais quatro mortos e 30 feridos graves. Tudo somado, já são 11 mortes e cerca de 80 feridos, em consequência desta perigosa “brincadeira”.
A directora do serviço de urgências do Hospital Son Dureta, em Maiorca, disse à agência EFE que a entrada nas urgências “aumentou bastante” e que “33% dos internados na Unidade de Cuidados Intensivos com prognóstico grave ou muito grave são feridos em resultado de quedas”.
“Isto já se via há algum tempo, mas este ano parece uma praga”, confirmou um recepcionista de um hotel em Alcudia ao jornal “El País”. “À noite os jovens chegam bêbados ou drogados e decidem continuar a festa. Se os confrontas, dizem que perderam a chave, mas a verdade é que na maior parte das vezes estão a tentar saltar para quartos de raparigas ou pensam que podem chegar até à piscina”, acrescentou.
No passado dia 5 de Agosto, o azar bateu à porta de um português de 18 anos. Segundo a EFE, o jovem foi admitido no Son Dureta com um traumatismo craniano grave em consequência de uma queda do primeiro andar de um hotel em Cala Mayor, em Palma de Maiorca.
O JN tentou saber junto do hospital a evolução do estado clínico do português, mas tal não foi possível. Tudo indica que o grupo de jovens lusos estaria, em estado de embriaguez, a saltar de varanda em varanda quando um falhou o salto, caindo de costas no chão.
Todavia, na maior parte dos casos, os jovens que praticam o “balconing” são ingleses e alemães, entre os 18 e os 20 anos, que viajam em grupo para as Ilhas Baleares com claras intenções hedonistas.
Cerca de 35% dos 6000 turistas estrangeiros inquiridos numa sondagem admitiram que se embebedaram pelo menos dia-sim, dia-não enquanto estiveram nas ilhas. Um outro estudo revelou que um quarto dos turistas que viajaram sem parceiro tiveram sexo, sendo que um terço destes não utilizou preservativo.
YouTube com culpa?
Segundo vários especialistas, o fenómeno do “balconing” terá aumentado de popularidade este ano por causa dos vídeos que cada vez mais jovens colocam na Internet para mostrar as suas “façanhas” e para recordar o que fizeram nas férias, originando um factor de competição entre si
No site de vídeos YouTube podem encontrar-se várias dezenas de clips dedicados ao “balconing” e todos os dias são colocados novos clips. Alguns dos vídeos já foram vistos por mais de 300 mil pessoas.
JN
Mas, para milhares de jovens de férias em Ibiza e Maiorca, estas atitudes irresponsáveis foram elevadas à categoria de desporto com nome e tudo: “balconing”.
Entre Janeiro e Junho, o Centro de Coordenação de Emergências do Governo balear registou sete quedas mortais de varandas e 49 feridos com gravidade. No que já vai do Verão, contam-se mais quatro mortos e 30 feridos graves. Tudo somado, já são 11 mortes e cerca de 80 feridos, em consequência desta perigosa “brincadeira”.
A directora do serviço de urgências do Hospital Son Dureta, em Maiorca, disse à agência EFE que a entrada nas urgências “aumentou bastante” e que “33% dos internados na Unidade de Cuidados Intensivos com prognóstico grave ou muito grave são feridos em resultado de quedas”.
“Isto já se via há algum tempo, mas este ano parece uma praga”, confirmou um recepcionista de um hotel em Alcudia ao jornal “El País”. “À noite os jovens chegam bêbados ou drogados e decidem continuar a festa. Se os confrontas, dizem que perderam a chave, mas a verdade é que na maior parte das vezes estão a tentar saltar para quartos de raparigas ou pensam que podem chegar até à piscina”, acrescentou.
No passado dia 5 de Agosto, o azar bateu à porta de um português de 18 anos. Segundo a EFE, o jovem foi admitido no Son Dureta com um traumatismo craniano grave em consequência de uma queda do primeiro andar de um hotel em Cala Mayor, em Palma de Maiorca.
O JN tentou saber junto do hospital a evolução do estado clínico do português, mas tal não foi possível. Tudo indica que o grupo de jovens lusos estaria, em estado de embriaguez, a saltar de varanda em varanda quando um falhou o salto, caindo de costas no chão.
Todavia, na maior parte dos casos, os jovens que praticam o “balconing” são ingleses e alemães, entre os 18 e os 20 anos, que viajam em grupo para as Ilhas Baleares com claras intenções hedonistas.
Cerca de 35% dos 6000 turistas estrangeiros inquiridos numa sondagem admitiram que se embebedaram pelo menos dia-sim, dia-não enquanto estiveram nas ilhas. Um outro estudo revelou que um quarto dos turistas que viajaram sem parceiro tiveram sexo, sendo que um terço destes não utilizou preservativo.
YouTube com culpa?
Segundo vários especialistas, o fenómeno do “balconing” terá aumentado de popularidade este ano por causa dos vídeos que cada vez mais jovens colocam na Internet para mostrar as suas “façanhas” e para recordar o que fizeram nas férias, originando um factor de competição entre si
No site de vídeos YouTube podem encontrar-se várias dezenas de clips dedicados ao “balconing” e todos os dias são colocados novos clips. Alguns dos vídeos já foram vistos por mais de 300 mil pessoas.
JN
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